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O mito do feminino

Sabemos que as mulheres estão constantemente a ser bombardeadas com imagens dos media que as tentam a toda a força convencer que há qualquer coisa errada com o seu corpo, cara, estilo de vida, etc. Fazem-no para vender produtos – roupa, cosmética, etc – mas alguma vez pensaram na raiz do problema? O que deu origem a esta imagem deturpada do feminino?

É muito simples. Vivemos numa sociedade baseada na ameaça de violência fà­sica. Os homens são, na generalidade, fisicamente mais fortes do que as mulheres por isso eles é que ditam as regras. E as mulheres é bom que obedeçam, senão…

Não quero com isto dizer que a maioria dos homens ande por aà­ a pensar nisto e a tentar fazer as mulheres cair no molde. É mais subtil que isso. É algo que se tornou norma há tanto tempo que já ninguém pensa nisso, especialmente os homens.

As mulheres passam o tempo a tentar encaixar nas noções deturpadas de feminino porque todos queremos que gostem de nós. É uma necessidade humana básica. E quando crescemos com o mundo a dizer-nos que para gostarem de nós temos de ser bonitas e atraentes, não é difà­cil perceber de onde vem tanto empenho para chegar ao “ideal” que nos é imposto.

Essa ameaça fà­sica também funciona entre os próprios homens, que estão sempre em modo competitivo para provar que são mais fortes, viris, ricos, espertos, competentes, do que todos os outros. É o chamado “dick waving”. É a origem da maioria dos conflitos humanos desde sempre, até os da religião. Citando o fabuloso George Carlin, “My god has a bigger dick than your god”.

Como são fisicamente mais fortes, os homens definiram o que é “ser homem”, ou seja, as caracterà­sticas da masculinidade. Não é uma lista realista ou fácil de atingir, que resulta no conflito mencionado anteriormente.

Por contraste, e porque as coisas são mais fáceis de digerir quando encaixam em categorias bem definidas, os homens definiram também o que é o feminino. Mas não se basearam nas mulheres. A ideia de feminino vem apenas do contraste com o masculino. Ou seja:

Os homens são fortes e grandes portanto as mulheres têm de ser fracas e magras

Não interessa que haja mulheres mais fortes do que alguns homens. As mulheres não podem ser musculosas porque isso “não é atraente”. Como as regras são feitas pelos homens, ser atraente deve ser sempre a primeira prioridade da mulher. Portanto as mulheres são encorajadas a manter-se em forma, para não ficarem gordas – a maior ofensa que uma mulher pode oferecer à  sociedade, aparentemente – mas sem nunca desenvolver músculos visà­veis porque isso já não fica bem, é feio etc. É também uma forma de ter a certeza que as mulheres não se tornam uma ameaça ao poder masculino. Por contraste, os homens podem ser gordos à  vontade sem ofender ninguém porque um homens grande, seja com músculo, seja com gordura, é visto como forte e protector.

Até o vestuário e calçado feminino considerado mais atraente tem sido, ao longo da história, feito para manter a mulher controlada. Não se pode fugir de um atacante quando se usam saltos altos, saias até aos pés, espartilhos, etc.

Os homens são altos, por isso as mulheres são baixas

São inúmeras as histórias que já ouvi de mulheres a queixarem-se, com desgosto, que cresceram de repente na adolescência e ficaram mais altas dos que os rapazes todos. Que andavam dobradas para parecer mais baixas. Uma caracterà­stica que nos homens é assumida com orgulho, nas mulheres é razão de ansiedade e vergonha.

Os homens desenvolvem pêlos no corpo e rosto na puberdade, por isso as mulheres devem ter uma ausência total de pêlos

O tempo que uma mulher passa a fazer depilação é escandaloso. Chegou-se a um ponto em que nem a zona púbica se escapa, e se restam alguns pelos nessa área é preciso dar-lhes nomes tipo “landing strip” que fazem questão de sublinhar que só lá estão para chamar a atenção masculina para a zona genital, tipo seta em neon.

Os homens são inteligentes por isso as mulheres são parvinhas e ingénuas

Já ouviram piadas de loiras? Pois. E não há homens loiros no mundo? Claro que sim, mas aparentemente só as mulheres são atacadas pelo gene da estupidez. Porquê? Porque o cabelo loiro é considerado atraente mas uma mulher com opiniões e vontade própria não é, portanto as mulheres “desejáveis” têm de ser reduzidas a bonecas insufláveis para não serem intimidantes.

As mulheres, quando falam, raramente são levadas a sério e têm de estar sempre a desculpar-se por ter opiniões. Quando dizem algo claramente inteligente que não agrada aos homens são criticadas pelo aspecto fà­sico, como se uma coisa estivesse ligada à  outra. São inclusivamente criticadas por outras mulheres por terem a audácia de se chegar à  frente, como se a sua opinião de “mera” mulher contasse para alguma coisa. A nà­vel profissional este tipo de pressão para calar a opinião feminina é extraordinariamente claro e visà­vel. É a forma de controlo e rebaixamento mais frustrante com que uma mulher se depara.

Há muitos mais exemplos, mas acho que já chega para dar a ideia. Como espécie relativamente evoluà­da que somos ou acreditamos ser, acho que está na altura de acabar com estas noções arcaicas e construir um futuro de maior igualdade.

Organizar o roupeiro

Depois de andar a ler umas coisas sobre “Capsule Wardrobes”, e porque, como tantas mulheres, tenho constantemente a sensação de não ter nada para vestir, apesar das gavetas cheias, senti-me inspirada a dar volta ao meu roupeiro, de forma organizada.

Um “capsule wardrobe” é uma tentativa de simplificar o roupeiro, limitando o número de peças a usar em cada estação do ano. A ideia é ter, por exemplo, um total de 37 peças, incluindo sapatos, para cada 3 meses. A ideia é definir o estilo que gostamos, as cores base para a estação e criar um conjunto de peças que se possam usar todas em conjunto umas com as outras para criar vários conjuntos diferentes. Depois só se usam essas peças durante 3 meses. Quando muda a estação cria-se uma versão adaptada à s condições atmosféricas da estação seguinte.

O objectivo é ter só roupa que se quer usar e simplificar a escolha do que vestir de manhã. Pareceu-me uma ideia interessante, apesar de poder parecer limitada, e até imprimi o PDF de planificação para me ajudar a tomar algumas decisões.

Não me meti na maluqueira de tirar tudo e depois logo se vê, porque isto não é coisa para se fazer num dia, e ter o quarto num caos não é algo que me agrade. O quarto é o meu refúgio cá em casa – quando está muito barulho, quando quero ficar sozinha um bocado, quando estou cansada – e preciso que seja um espaço onde quero estar.

Comecei aos poucos a tirar a roupa, experimentar, separar o que não serve e fotografar o resto, peça a peça. Tenho uma grande tendência para tirar a primeira coisa que vejo na gaveta, que coincidentalmente é a última coisa que foi lavada, e assim estou sempre a usar as mesmas peças. O resto fica esquecido lá para o fundo, ao ponto de já nem me lembrar que tenho certas coisas. A organização vertical da roupa, que fiz há uns tempos, melhora isso bastante, mas mesmo assim, a repetição é constante. Ao fotografar as peças consigo vê-las em conjunto e perceber mais facilmente o que tenho, o que gosto, porque é que uso umas mais vezes, etc.

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Organização vertical nas gavetas

Basicamente fotografei as calças, saias, casacos e alguns tops e tive de parar. Mas foi o suficiente para tirar algumas conclusões. Como por exemplo: tenho imensa roupa que adoro mas nunca uso porque me sinto “overdressed” ou como se estivesse mascarada e não me atrevo a vestir aquilo no dia a dia. Ou seja, estou sempre à  espera de uma ocasião especial para usar aquilo, que nunca chega, e as coisas lá vão ficando a ocupar espaço, sem nunca serem usadas.

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Percebi que a roupa que gosto tende para o gótico light. Não vou andar por aà­ com um vestido vitoriano e sombrinha, mas se não me sentisse ridà­cula, se calhar até andava. O meu Pinterest está cheio de coisas dessas. É esse o estilo que gosto, apesar de nunca me ter considerado gótica, propriamente. Só que quando a vida é andar a levar crianças à  escola, ir ao supermercado, ao atelier de joalharia, com os riscos inerentes a trabalhar com fogo, serras, etc, não é muito prático andar assim vestida. Acabo por ir buscar os mesmos jeans e t-shirts de sempre e o resto, olha, lá fica…

Para contrariar essa tendência e começar a vestir mais aquilo que gosto, arranjei um app chamado Stylebook. Tentei primeiro uma grátis chamado Pureple, que não funcionou lá muito bem, por isso comprei a outra. Permite importar as fotos da roupa que tirei, organizá-las por categorias e criar “looks”. Esses looks podem depois ser colocados no calendário, ficando assim com um registo do que usei em cada dia. Aquilo até faz estatà­sticas das peças mais usadas entre outras cromices.

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Look criado no stylebook

No fundo uma app destas é boa para podermos olhar, ao fim de uma estação ou de um ano, e perceber quais foram as peças que não usámos uma única vez e tentar perceber porquê. É desconfortável? Não se enquadra no estilo? Não temos nada que dê com aquela cor? Depois torna-se mais fácil decidir o que fazer com essas peças que só estão lá a ocupar espaço.

Agora ando a fotografar as peças que uso, dia a dia, em vez de fazer tudo de seguida. Ainda não percebi se consigo fazer o capsule wardrobe ou não porque ainda ando a testar o que me apetece vestir, mas a coisa para lá caminha aos poucos. aquilo que mais me custa é livrar-me de tops que adoro mas já estão com um ar gasto. Esses dói mesmo porque sei que não encontro igual. De resto, vou-me fartar de doar roupa este ano.

Expositor de jóias caseiro – DIY home jewellery display

O meu guarda-jóias estava a ficar com muito mau aspecto e precisava de ser substituà­do. Apercebi-me que não uso metade das coisas que tenho porque nem me lembro que existem, de tão bem guardadas que estão. Como faço bijutaria e joalharia, não me dou ao trabalho de procurar um item especà­fico. Se preciso de algo concreto, geralmente faço uma peça nova.

Optei então por expor as peças na parede, para estarem sempre à  mão. Assim, mesmo com mais pressa, pode ser que agarre num colar ou brincos para usar.

Para fazer o expositor, comprei um quadro de cortiça com moldura de madeira e forrei-o com tecido. Prendi o tecido com pregos, nas costas da moldura, mas também deve dar para agrafar.

Depois usei alfinetes para suspender os colares e brincos. Para não ter de usar um alfinete para cada brinco, utilizei botões para os agrupar dois a dois antes de os pendurar. É uma ideia gira mas ao fim de algum tempo deixei de usar os botões nos brincos que uso mais porque era um passo extra que me fazia perder tempo precioso (e as mães vestem-se sempre à  pressa).

Os fios em prata estão fechados em saquinhos para não oxidarem. Com os brincos não me preocupo tanto porque são mais fáceis de limpar, mas as correntes, que nem sequer uso muito, são complicada de limpar quando ficam oxidadas por isso mais vale protegê-las do ar. – My jewellery box was looking a bit tired and had to be replaced. I realised I didn’t use half of my jewellery because I don’t even remember I have it, all tucked away in a box. Since I make jewellery myself, I don’t really waste time looking for specific items. If necessary, I just make one.

I decided to display my personal jewellery on the wall, so that it’s always handy. Like this, even if I’m in a hurry, I’m more likely to pick out a necklace or some earrings to wear that day.

To make the display I simply bought a cork board with a wooden frame and covered it in fabric. I nailed the fabric to the back of the frame but staples would probably work as well.

I used ball point sewing pins to hang necklaces and earrings. So I wouldn’t need a different pin for each earring I used buttons to pair them up. It’s a cool idea but I’ve since stopped using the buttons for the earrings I wear most because it was an extra step I didn’t need when in a hurry (and when you’re a mum, you always get ready in a hurry).

My silver chains and other items are kept in small ziplock bags to prevent tarnish. I don’t worry so much about the earrings because they’re fairly easy to clean, but chains are a pain to clean so I’d rather keep them shiny for as long as possible.

Apps de beleza ajudam a escolher um look actual

Hoje em dia, temos acesso a consultores e especialistas em beleza altamente actualizados na palma da sua mão. Graças aos smartphones que já não conseguimos largar, podemos aprender truques de maquilhagem, encontrar inspiração no salão de beleza e, principalmente, simplificar a escolha no momento de nos embelezarmos para uma ocasião especial.

maquilhagemMesmo que as apps de moda ainda não estejam desenvolvidas com a máxima tecnologia disponà­vel, naturalmente estão em expansão e são uma grande aposta de várias marcas importantes do mundo da moda, portanto, podemos sempre esperar muitas novidades nesta área. Ainda assim, já é possível saber através de vários apps, qual a tendência actual dos mais famosos desfiles de moda do mundo inteiro e de todas as estações. Temos também a possibilidade de fazer consultas a outras utilizadoras e especialistas para saber se a roupa que vamos usar em determinada ocasião está adequada.

Uma das apps mais diversificadas e com um grande número de utilizadores na área da beleza é a “˜Marie Claire Beauty Genius‘ que tem muitos và­deos de “get the look” de celebridades e desfiles, além de dicas e truques. Conta com um bónus onde pode enviar as suas dúvidas para serem respondidas. Outra aplicação que já tem um número grande de downloads é a My Skin, que avalia sua pele e ainda indica quais os produtos que funcionam bem no seu caso. Para fazer isto, ela analisa dados sobre a sua saúde, alimentação e estilo de vida, preenchidos num longo questionário. E nesta mesma linha, existem inúmeras outras apps.

Estas milhares de apps actuais (inclusive as de moda) surgiram no mercado porque os jogos online, mais precisamente os jogos de casino online, fizeram tanto sucesso que praticamente abriram as portas para o aparecimento de todos os outros. Isto porque passou a ser possível jogar alguns jogos de casino como roleta online, poker ou blackjack, por exemplo, em praticamente qualquer tablet ou smartphone. A partir daà­, a grande maioria das marcas percebeu que este novo mercado oferece uma possibilidade de alcance e personalização que dificilmente outro mercado oferece.

Isto é uma grande demonstração de como as apps, que estão em constante expansão, se tornaram uma ferramenta fundamental para transmitir informação e entretenimento a utilizadores de todo o mundo e já fazem parte do dia a dia de milhares de pessoas.

Maquilhagem básica em 5 minutos

Tenho constantemente pessoas a perguntar como é que tenho paciência para por maquilhagem todos os dias.

Isso fez-me perceber que as pessoas acham que a maquilhagem demora imenso tempo. E enquanto têm cuidado a escolher a roupa, os sapatos, a pentear-se, etc, a maquilhagem parece consumir demasiado do precioso tempo que têm disponà­vel de manhã.

A verdade é que uma maquilhagem básica não demora mais do que 5 minutos. Alguns passos, como o eyeliner, requerem prática, é verdade, mas nada de excepcional.

Para mostrar o que quero dizer, fiz um video. Demoro mais alguns segundos porque perco tempo a mostrar os produtos que estou a usar em vez de estar apenas a aplicar a maquilhagem, mas mesmo assim o video tem apenas 5.17 segundos no total, o que quer dizer que num dia normal ainda teria tempo para aplicar uma segunda cor de sombra nos olhos ou rimel, se estivesse para aà­ virada.

Como podem ver pelo video, poupo imenso tempo através de alguns truques básicos como misturar o creme hidratante juntamente com a base, algo que também tem o propósito de evitar uma camada de base demasiado grossa e opaca, dando à  cara um aspecto mais natural.

Também se poupa tempo aplicando o máximo de produtos possà­veis com os dedos em vez de estar sempre a mudar de esponja para pincel.

Para quem não sente necessidade de esculpir a cara, a fase do pó de contouring pode ser dispensada, o que torna o processo ainda mais rápido. No meu caso gosto de contornar a linha do queixo para disfarçar a tendência para duplo queixo, agora que os 40 anos estão a começar a pesar, e para afinar a ponta do nariz de batata. É menos doloroso que cirurgia 🙂

O pó de contouring pode ser aplicado com muito mais precisão mas acho que isso deve ser feito apenas em alturas em que vamos ser fotografadas. Para o dia a dia prefiro esbater mais o efeito. A sombra está lá à  mesma mas as linhas definidas dão um ar demasiado falso ao vivo.

Os produtos a usar variam de pessoa para pessoa. Convém sempre escolher algo de acordo com o nosso tipo e tom de pele. Eu tenho uma pele mista, que fica oleosa na zona do nariz, por isso gosto de usar um hidratante com acabamento mate. A minha base e corrector são no tom mais claro possível porque sou muito pálida. É uma questão de experimentar os produtos até se encontrar o certo.

Para referência, aqui está a lista de produtos que uso normalmente:

– Hidratante Mat Fluid,  Kiko

– 3D Lifting Foundation, Kiko

– Double Wear Stay-in-place Concealer, Estée Lauder

– Studio Fix Foundation Pressed Powder, MAC ou Pó compacto da Chanel

– Sombra para os olhos em tons de creme ou rosa. Gosto de embalagens individuais. Os duos são práticos para andar na mala mas uma das cores (geralmente a mais clara) acaba sempre antes da outra. Uso sombras da Chanel, Sephora e Kiko. Qualquer uma é de boa qualidade, apesar da grande diferenças de preços.

– Countouring and blush palete, Sleek (bastava o pó escuro mas não encontrei separado)

– Baton neutro. O ideal é um ou dois tons mais escuros do que a cor dos lábios. Se for claro de mais fica estranho. Parece que temos os lábios congelados. O do video é da Kiko, da linha hidratante, que não seca os lábios. Os da Chanel também são muito bons mas mais caros.

Os pincéis que uso normalmente são 3: um largo com o topo plano da Sephora para aplicar o pó de contouring nas zonas grandes e outro um pouco mais fino com a ponta em bico para as zonas mais pequenas. O que uso é o 165 da Mac que já não se fabrica mas há parecidos. Uso tanto para o contouring como para o blush. Geralmente uso um lado para uma coisa e o outro lado para a outra.

O terceiro pincel que uso não está no video. É um pincel da Sephora chamado “smudge brush” com os pelos muito curtinhos que serve para esbater a sombra. Uso quando aplico uma sombra mais escura na dobra da pálpebra.

Basicamente olho para a maquilhagem da mesma forma como olho para o vestuário ou acessórios. São ferramentas que nos permitem ter o melhor aspecto que conseguimos, para nos sentirmos confiantes a enfrentar o mundo exterior. A maquilhagem permite-me sair à  rua sem ter pessoas constantemente a dizer que tenho um ar cansado ou a perguntar se me sinto doente. Torna-se irritante ao fim de algum tempo e pode afectar a nossa auto-estima. para evitar isso, perder 5 minutos por dia não me parece um sacrifà­cio muito grande.

Maquilhagem

Há uns dias partilharam no Facebook um post com fotos de porn stars antes e depois da maquilhagem. As fotos vieram do instagram da maquilhadora Melissa Murphy, e a diferença nalguns casos é tão incrà­vel que  uma pessoa fica a olhar para as fotos a tentar perceber se é efectivamente a mesma pessoa.

Eu sempre adorei maquilhagem e este é um excelente exemplo da diferença que esta pode fazer na cara de uma pessoa. A estrutura óssea tem uma grande influência no aspecto e certamente naquilo que nós consideramos belo numa cara, mas estas fotos provam que qualquer dona de casa deslavada pode ter um aspecto fabuloso com um pouco de maquilhagem.

Podemos afirmar que em alguns casos a pessoa até tinha melhor aspecto antes da maquilhagem. Afinal de contas, estamos a falar de porn stars, logo a maquilhagem não é das mais subtis. No entanto não se pode negar que a mesma é extraordinariamente eficaz a uniformizar o tom de pele e a retirar sinal de olheiras que dão um ar cansado e doentio. O abuso do eyeliner é puramente opcional.

É este o lado da maquilhagem que sempre me atraiu. Lá porque tenho uma filha que acorda de duas em duas horas durante a noite não quer dizer que queira passar o dia a ouvir comentários sobre como pareço tão cansada. A maquilhagem dá-me uma armadura que me permite enfrentar o mundo exterior com um pouco mais de confiança.

As olheiras, particularmente, são um mal comum entre as portuguesas. Não está necessariamente ligado com dormir mal mas sim com o tom de pele. As portuguesas são morenas, normalmente com uma pele de tom amarelado ou esverdeado (o que os ingleses chamam olive tone) e a pele à  volta dos olhos, por ser mais fina e menos esticada, fica mais escura do que o resto. É mesmo assim mas dá um ar cansado ou até doente e os olhos parecem afundar-se na cara. No entanto, por cá a maior parte das mulheres parece ter receio ou preconceito contra a maquilhagem. Nunca compreendi bem porquê mas é notório. Mesmo senhoras que se vestem à  Carrie Bradshaw, ou seja, que têm um notório cuidado com a sua aparência, se recusam a usar uma coisa tão básica como um corrector nas olheiras.

Compreendo que usar o exemplo de porn stars como forma de desmistificar o uso da maquilhagem não é boa ideia. Se o que suponho está correcto, o preconceito está precisamente ligado à  idade que que a maquilhagem é só para prostitutas e afins, uma noção que deveria ter sido enterrada há mais de um século, certamente.

Para dar a volta a esse problema decidi dar o exemplo. Nada como mostrar o antes e depois de uma pessoa comum para passar a mensagem de que há vantagens no uso de alguns cuidados básicos de maquilhagem. Na primeira foto abaixo podem ver então como eu acordo de manhã (e se sair à  rua assim porque a casa está a arder). A segunda foto é depois de uma maquilhagem básica.

before_after_makeup

 

Como podem ver, não fico com ar de modelo, a maquilhagem não muda o meu nariz nem o facto de ter um olho mais aberto que o outro, não sou maquilhadora profissional, mas mesmo assim faz muita diferença.

Não uso cores berrantes nem grandes truques. Limito-me a misturar base com creme hidratante para uniformizar a pele sem ficar com uma camada demasiado opaca (nem se nota que temos base. Se tiverem dúvidas entre dois tons escolham o mais claro) , espalhar um bocadinho de corrector por baixo dos olhos e um baton neutro nos lábios (recomendo os da Chanel que são super hidratantes ou um lip gloss que é transparente). Por vezes ponho um pouco de pó por cima para tirar o brilho.

Para muita gente isso seria o suficiente e aconselho vivamente a experimentar se sempre tiveram medo da maquilhagem. Para mim,  como tenho os olhos pequenos, gosto de os realçar um pouco porque dá mais equilà­brio à  cara. Uso uma sombra clara na pálpebra e uma mais escura na dobra e contorno o olho um eyeliner preto muito fininho. O eyeliner que uso é em lápis porque é mais fácil de corrigir qualquer erro e espalhar se quiser um ar mais esfumado

O resto é experimentar e ver o que funciona com a cara e tom de pele de cada uma. Acima de tudo, a maquilhagem é divertida. Em vez de pintar um quadro pinto-me a mim e posso experimentar cores, texturas e estilos diferentes sempre que quero.

Para quem quiser ir ainda mais além, este tutorial de contouring é muito bom.

Tira verniz

sephora_nail_polish_remover

Foi-me sugerido há algum tempo um produto da Sephora para tirar o verniz das unhas rapidamente. Chama-se Bain dissolvant express. Resolvi experimentar e estou rendida. Em vez de passar 10 minutos a esfregar algodão embebido em acetona nas unhas enquanto tento equilibrar o frasquinho contra a perna para não entornar (porque normalmente faço isto no sofá em vez de me sentar à  mesa como uma pessoa normal), agora basta enfiar a ponta do dedo no frasco, rodar a unha contra a esponja que existe no interior e nuns segundos está limpinha.

Nos vernizes com glitter a coisa é um pouco menos eficaz e por vezes fica uma linha de verniz junto à  cutà­cula, mas é uma questão de lhe dar mais uns segundos ou raspar ao arranjar as cutà­culas.

As únicas desvantagens do produto são o cheiro, que é bastante mais forte do que o do produto que usava antes e o facto de não dar muito jeito para as unhas dos pés 🙂

Anti-rugas para pele oleosa

Eu sempre tive uma excelente pele. Não sofri muito com acne durante a adolescência, não tenho praticamente rugas nenhumas aos 39 anos e a minha pele nunca foi nem muito seca nem muito oleosa.

No entanto, sempre tive imensos cuidados com a hidratação, até porque aquela sensação da pele a repuxar depois de lavar a cara é extremamente incómoda. Desde pelo menos os 15 anos que uso hidratante duas vezes por dia e tenho o cuidado de tirar a maquilhagem todas as noites. E o facto de não ir torrar para a praia assim que fica sol também ajuda a evitar os sinais de envelhecimento.

hidratante_Clinique_Youth_SurgeReparei porém que se usasse um hidratante demasiado gordo ficava rapidamente com a pele mais oleosa e até com borbulhas pelo que optei sempre por hidratantes mais leves para pele normal ou oleosa.

Agora que estou quase nos 40 comecei à  procura de um anti-rugas para substituir o hidratante normal. Nunca pensei que fosse um processo tão complicado. Como as rugas estão geralmente associadas à  secura da pele, que, com a idade, começa a perder a capacidade de reter a água, a maior parte dos anti-rugas são precisamente para pele seca. Ora, isso para mim não dá, pela razão acima referida. Mas então não há anti-rugas para pele oleosa?

Sinceramente, o único que descobri até agora foi o da Clinique. É o Youth Surge SPF15 e existe tanto para pele seca como oleosa. Preferia um frasquinho com aplicador em vez de um boião, porque é mais higiénico, mas o creme é leve, rapidamente absorvido e até agora tem cumprido a sua função. A pele fica confortável e nada de borbulhas ou oleosidade extra na zona do nariz, que costuma ser a pior.

Este anti-rugas existe em boiões de dois tamanhos – 30 ml e 50 ml. O primeiro dura cerca de um mês e o segundo dois. É preciso uma quantidade muito pequena de produto para cobrir todo o rosto porque o creme é fluido e espalha bem. Os preços andam à  volta de € 40 para o boião de 30 ml e € 57 para o de 50 ml. Não é barato, mas em comparação com o preço de outras marcas de perfumaria, que chegam aos € 80 por frasco, não é mau.

NIVEA-All-In-OnePara lavar a cara passei a usar um produto que adoro e que é o All-in-1 da Nivea. É um face-wash exfoliante bastante potente que também pode ser usado como máscara. Aconselham usar uma vez por dia mas eu tenho usado de manhã e à  noite, antes do hidratante, sem problemas. Limpa super bem e deixa a pele lisinha graças ao exfoliante. Não posso dizer que isto acabe com os pontos negros mas pelo menos não piora a situação e com o tempo é capaz de ajudar.

Não aconselho para peles sensà­veis porque a exfoliação é mesmo um bocadinho agressiva, mas para pessoas com a pele grossa e com tendência para oleosidade, é excelente.


 

Só não posso comentar no que diz respeito ao uso como máscara porque, apesar de já usar este produto há alguns meses, nunca mais fiz máscara. Só é necessário deixar na cara durante 3 a 5 minutos mas eu de manhã ando sempre a despachar-me a correr e depois durante o resto do dia esqueço-me.

A embalagem é de 150 ml e dura imenso tempo. Se conseguirem acabar isto em menos de 6 meses é porque estão a usar uma quantidade excessiva.

Como é um produto comprado no supermercado é fácil de encontrar e não é caro – custa cerca de € 6,40.

Corrector Estée Lauder Double Wear

Uso maquilhagem desde que me lembro. Comecei com umas coisas muito velhas que eram da minha mãe e que ela não usava mas ainda andavam lá por casa. Ela tem olhos esverdeados por isso tinha lápis e sombras em azul e verde que me ficavam horrivelmente mal. Depois comecei a comprar produtos baratos, só para experimentar cores e tive uma fase em que só usava batons super escuros que me davam um ar um bocado cadavérico graças ao contraste com o meu tom de pele ultra claro. Enfim, divertia-me 🙂

Hoje em dia uso muito menos coisas, em grande parte por falta de tempo. Dantes tinha um ritual de fim de semana que passava por pintar as unhas, fazer máscara facial, etc. Hoje em dia, com duas crianças, se me lembrar de pentear o cabelo antes de sair de casa é uma sorte.

No entanto, um produto que continuo a usar sempre é o corrector. Pele pálida e olheiras dão um ar doente e sinceramente não me apetece passar o dia a ouvir pessoas a perguntar se estou bem.

Experimentei muitos correctores ao longo dos anos mas tive sempre imensa dificuldade em encontrar a cor certa para mim porque as mulheres portuguesas são geralmente morenas e as cores vendidas cá começavam só no 02 que é demasiado escuro para mim. O único sí­tio onde conseguia encontrar o meu tom era na Body Shop mas pouco tempo depois o corrector là­quido que usava desapareceu e foi substituà­do por outro em stick que formava demasiadas pregas em pouco tempo.

O último que usei, porque mais uma vez não conseguia encontrar um com boa cobertura que fosse do meu tom, foi o da Couvrance, também em stick, que de facto tem uma óptima cobertura mas o mesmo problema de começar a formar pregas ao fim de umas horas.

Double_Wear_ConcealerAgora estou a usar o Double Wear da Estée Lauder. É là­quido, fácil de espalhar e seca rápido. A cobertura não é tão boa com a dos sticks mas também não é má e funde-se muito bem com a pele, o que quer dizer que não se dá por ele. A grande vantagem do produto é que fica no sí­tio durante muito tempo, não sendo necessário estar sempre a retocar (a menos que se esfregue os olhos). Dizem que fica no sí­tio até 15 horas, o que é capaz de ser um bocado de exagero, mas aguenta grande parte do dia.

O tom 01 é perfeito para mim. É claro mas com uma base amarela. No mesmo dia tinha experimentado um de outra marca que era demasiado rosado e não ficava nada bem.

O preço anda à  volta dos 22 euros, o que não é exagerado para este tipo de produto. O frasquinho tem 7ml, o que para mim é suficiente para durar alguns meses, e SPF10, o que dá sempre jeito.

Reparei porém que a tradução para Português do texto da embalagem tem uma falha grave. Em vez de dizer simplesmente “Evitar o contacto com os olhos” ou seja, nada de espetar o aplicador num olho, diz “Evite a zona de contorno dos olhos”, algo que não faz sentido nenhum num corrector de olheiras. Enão vou usar onde? Nas orelhas?