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Embrace the dark side

Ultimamente ando a sentir-me alegremente agressiva. Já me senti assim antes, principalmente em alturas de grande stress em que desejo ardentemente receber uma chamada de telemarketing para poder gritar com o desgraçado que se dignou a incomodar-me ou – melhor ainda – ter testemunhas de jeová a bater-me à  porta, mas desta vez é diferente.
Sinto-me calmamente malévola, com um certo blood lust que me dá gozo. Não quero descarregar raiva nenhuma porque não estou zangada, É mais perverso que isso. Quero encontrar o gajo que fuma no elevador ou o tipo que estaciona no passeio onde eu quero passar com o carrinho de bebé e torturá-los durante longas horas com cortes de papel e um isqueiro. Sei que provavelmente não teria estomago para isso mas a fantasia é extremamente satisfatória.
Quando tenho vontade de magoar alguém é geralmente no seguimento de uma situação que me irritou e é uma reacção de auto-defesa. Desta vez sinto-me mais o predador do que a presa. É um sentimento muito mais frio.
Normalmente, quando ouvimos falar de pessoas que cometem os crimes mais hediondos, a nossa tentação é pensar que essas pessoas são doentes mentais, não são como nós, mas isso não é verdade. Todos nós temos um lado negro que nos permite fazer as maiores crueldades se a situação certa aparecer.
É óbvio que em circunstancias normais ninguém faz nada disso mas a capacidade, e mais, a vontade, está lá. Mais ou menos reprimida mas está lá. Somos predadores da nossa própria espécie e capazes de matar por algo tão simples como um gajo que nos corta o caminho no transito. Não acontece mais vezes porque apesar de tudo conseguimos pesar as consequencias e normalmente temos a clareza necessária para ver que aquele acto momentaneo, por mais satisfatório que possa parecer não compensa as chatices que daà­ resultam. É para isso que temos leis e polà­cia. Se fossemos tão bonzinhos como gostamos de acreditar a maior parte do tempo tal não seria necessário.
Como não tenciono por em acção nenhuma destas fantasias tão reprováveis, tento canalizar a sede de vingança para o Jack Bauer, torcendo para ele torturar mais umas quantas pessoas por episódio 🙂

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1 Comment

  1. Pois… Os gajos que fumam nos elevadores.
    Eu tenho um sonho. O gajo entra, talvez com o cigarrinho já a bombar, escondido debaixo da palma da mão, com aquele gesto ridículo de esconder, provavelmente aprendido com algum tipo das obras.
    Enfim, o gajo entra, e as suas mãos nojentas carregam no piso de destino. O elevador obedece e coeça a subir. Sobe, sobe, sobe, e quando está prestes a chegar ao seu ponto mais alto… encrava. O gajo, idiota de marca que é, começa a carregar nos botões todos até que carrega no botão da campaínha. Tudo isto com o seu cigarrinho ligado, claro está, pois esta gente nojenta não passa sem o cigarro e está-se nas tintas para os outros. Eis então, que depois de carregar na campaínha várias vezes, o elevador abre um alçapão e prega com o gajo no fundo do poço do elevador. Assim mesmo… sem aviso… e com o cigarrinho a arder poço abaixo.
    É um sonho bom. É um sonho justo. E que nínguem diga o contrário. Porque estes insectos fumantes, andam nos elevadores com pouca ou nenhuma ventilação, e sabem muito bem que no mesmo espaço têm de andar crianças. E não querem saber. Não querem saber que o seu estúpido e egoísta vício provoque problemas aos outros. Aliás, eu acho mesmo que eles querem contaminar o mundo com a sua pestilência. Por eles todo o mundo fumava. Até as criancinhas inocentes. E essas, se morressem de cancro por causa do fumo… era apenas “a vida”….

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