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Locked out

Com a pressa de levar os miúdos à  escola de manhão, agarrei na mala e nem verifiquei mais nada. Quando voltei é que vi que não tinha chaves… nem telemóvel… nem ipod, nem coisa nehuma que desse jeito naquele momento.

Com telefone ainda podia ligar ao Pedro antes dele ir para lisboa, ou mandar uma mensagem pelo ipod, um email, qualquer coisa, porque à  porta de casa aposto que ainda tinha rede. Nada disso.

Bom, pensei eu, pelo menos a minha mãe tem uma cópia da chave. Fui até lá, à  chuva, claro, e tive sorte de a apanhar em casa. Voltei então para casa armada de chave extra e, já que estava a perder tempo de qualquer forma, resolvi parar no supermercado para comprar uma sopa para o almoço. Notei que o tempo hoje está bastante bipolar porque entrei no Pingo Doce com chuva e vento e saà­ uns minutos depois com sol e céu azul. Go figure.

Cheguei ao prédio, entrei, subi e meti a chave na porta. Rodou a primeira meia volta e parou. Por mais que tentasse não conseguia que a chave desse a restante meia volta. Raios, pensei eu, a Augusta bem que se tinha queixado que não conseguia abrir a porta com a chave nova, mas eu já tinha experimentado a dela, bem como a minha, e funcionam. Custa um bocado a encaixar ao princà­pio mas depois rodam bem. Esta, pelos vistos, não. Ainda considerei ficar por ali, na escada, o resto da manhã à  espera que a Augusta chegasse mas não tinha nada para fazer, nem sequer o Kindle para ler um bocadinho, e só me apetecia era dar cabeçadas na parta ou mandar arrombar a fechadura. Felizmente não tinha o telefone portanto a febre passou-me antes de o conseguir fazer.

Fui à  procura de uma cabine telefónica, encontrei uma moedinha na mala e liguei à  minha mãe para verificar se ainda estava em casa e se não se importava que eu fosse acampar lá em casa o resto da manhã. Quando lá cheguei, liguei ao Pedro para ele não ficar preocupado se me tentasse contactar pelo telemóvel e ele acabou por fazer o sacrifà­cio de voltar o caminho todo para trás desde o escritório em Lisboa para me ir abrir a porta de casa e depois voltar tudo de volta para o trabalho 🙁

Ao fim de mais de três horas já cá estou, finalmente. Já arranjei uma chave que funciona para devolver à  minha mãe e um ganchinho para pendurar uma chave ao pé da entrada para não ter que usar a minha para destrancar quando alguém me vem bater à  porta (como aconteceu ontem).

É claro que se tiver que voltar a acontecer não há nada que eu possa fazer para o evitar, mas durante uns tempos vou ser um bocadinho mais atenta com estas coisas. Uma manhã perdida e muita gente incomodada são razão suficiente para tentar evitar outra dose.

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