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Dia de descanso

A noite passada foi um tormento. O Tiago continua a acordar todas as noites, a chorar. Umas vezes vai para a nossa cama outras vamos nós para a dele até adormecer.

Esta noite acordou à s três e meia a chamar a mamã. Voltei a deitá-lo e fiquei com ele até adormecer mas quando ia a sair do quarto ele acordou outra vez e tive que repetir tudo. Quando consegui finalmente voltar para a minha própria cama eram cinco da manhã e eu estava toda partida de passar hora e meia meio deitada em cima da trave lateral da cama do Tiago, de pernas encolhidas porque a cama só tem um metro e sessenta. Pode ser muito gira mas estou arrependida de não ter comprado uma com dois metros onde desse para me deitar mais confortávelmente quando é preciso ficar com ele.

Acordei já à s nove da manhã sem ter dado pelo despertador e o Tiago só chegou à  escola já depois das dez, quando os colegas já tinham terminado as actividades todas. Levei um leve raspanete da educadora e o Tiago ficou a chorar porque não queria que me fosse embora.

Resolvi que não ia fazer nada hoje porque precisava de descansar. Não tenho férias desde que o Tiago nasceu e até o dia em que os meus sogros levam o Tiago por umas horas passou a coincidir com o dia em vem a mulher a dias e por isso passo o tempo a ser corrida de sala para sala e a arrumar a casa em vez de ter um bocadinho para descansar.

Sabia que não valia a pena voltar para a cama, porque por mais cansada que esteja, assim que aterro no colchão o meu cérebro começa logo a fazer a lista de todas as coisas que eu podia ou devia estar a fazer nesse momento até encontrar uma que aparentemente considera irresistà­vel e lá estou eu a levantar-me outra vez.

Planeei então tomar um banho de espuma e tentar relaxar e ouvir música. Mas como sou eu, antes disso ainda consegui comprar pão, limpar o caixote dos gatos, marcar um workshop e responder a uns emails de trabalho. Mas pronto, depois disso lá fui arranjar um copo de martini com coca cola, agarrei no mp3 player com um disco de Glenn Miller e passei uma hora a tentar não pensar em mais nada.

Quando saà­ do banho almocei e depois fui para a massagem que tinha marcado ontem. Eu tenho dores de costas mais ou menos constantes mas vou ignorando, só que com estas noites as dores começaram a chegar ao limite do suportável e resolvi marcar uma massagem para ver se ajuda.

Nesta história das massagens, quando os músculos estão mesmo doridos, aquilo que apetece é carregar, apertar e torturar o músculo e os tendões até estes se renderem, pelo que, quando a massagem é suave e aparentemente superficial, é fácil ficar com a sensação que não faz nada. Não há súvida que é muito agradável e no momento ajuda bastante, mas depois da massagem fui buscar o Tiago e com o ter de lhe pegar ao colo e empurtrar o carrinho, o ombro pior começou logo a doer outra vez. Fiquei convencida que assim não valia muito a pena, mas quando cheguei a casa e deixei passar mais uma horinha ou duas sem ter de fazer grandes esforços, notei que de facto estava melhor. Sou capaz de experimentar fazer isto uma vez por semana durante uns tempos para ver se ajuda.

A massagista disse-me que a cervical estava uma desgraça, que tinha tudo contraà­do e inflamado e provavelmente devia mesmo tomar um anti-inflamatório durante uns tempos para a coisa não piorar. Ou seja, aparentemente não sou só eu a ser mariquinhas e tenho de facto alguma razão para me sentir desconfortável. Oh well. Não sei se isso é bom ou mau, já que não me parece que seja um problema com resolução.

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