Por coincidência vi dois filmes com o Colin Farrell de seguida. Mas o mais estranho é que a história e as personagens dos dois filmes tinham imensos pontos em comum. Os filmes são ‘Cassandra’s Dream’ e ‘In Bruges’.
Este post tem montes de spoilers por isso considerem-se avisados.
Primeiro vi o Cassandra’s Dream do Woody Allen em que o Ewan McGregor e o Colin Farrell são irmãos que aceitam matar um tipo como forma de resolver a sua situação financeira. O personagem do Colin Farrell fica cheio de remorsos, começa a falar em suicàdio e o irmão chega à conclusão que ele precisa de ser eliminado porque se tornou um risco. No segundo filme, In Bruges, temos dois assassinos que depois de despachar a sua vàtima são mandados para a Bélgica pelo tipo que os contratou. Novamente o personagem do Colin Farrell está roàdo de remorsos, pensa em suicidar-se e o companheiro tem a missão de o matar.
São ambos filmes intimistas, que vivem dos dois actores principais e da sua luta moral. O primeiro tem um ambiente mais pesado e opressivo, ajudado também pela música, mas chegando ao fim ficou a sensação de ser um bocado seco.
O segundo filme começa muito lentamente e parece até um bocado chato mas a partir do meio ganha algum interesse e chega a ter uma ou duas cenas mais humoràsticas. A minha cena preferida do filme é quando o Colin Farrell e o Ralph Fiennes estão a discutir o como e quando da cena de tiros que se vai seguir, o perseguido dando instruções ao perseguidor.
O que me pergunto é, o que leva um actor a fazer dois papeis tão semelhantes? Será que já se tinha esquecido do filme anterior?
Talk about being typecast…
Vi o In Bruges a semana passada…e não gostei mesmo nada. Achei aborrecido, extremamente asneirento (epá aquilo era só F words) e à s vezes as cenas eram verdadeiramente patéticas, tipo o gajo cair da torre, não morrer, falar e ainda aguentar uns tiritos! Give me a break!
Aliás, minto, gostei da fotografia e fiquei com mensa vontade de ir a Bruges!
Também achei chato, a linguagem é-me completamente indiferente – são só palavras – mas tem coisas tão ridiculas na segunda metade que me fartei de rir. Às vezes os filmes maus acabam por ser divertidos. Aliás, há uma grande cultura à volta de ver filmes notoriamente maus por isso mesmo.