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Transformers

Vi ontem (e hoje de manhã, porque isso de ver um filme de uma só vez já acabou há algum tempo) o filme Transformers. Estava à  espera que fosse uma seca enorme, tipo Robocop 2, mas acabei por gostar do filme.

Não é uma obra prima mas é um filme divertido que é exactamente aquilo que se espera.  O herói é um adolescente esperto mas pouco popular que anda atrás de uma menina muito bonita que não lhe liga nenhuma e toda a primeira parte do filme fez-me sentir que este podia ser um filme tà­pico dos anos 80, tipo Karaté Kid, War Games ou qualquer filme do Spielberg.

Talvez por parecer um filme da minha adolescência tenha sido mais fácil ver um filme que é de facto juvenil. Mas não é só pela familiaridade. É pelo andamento. A história evolui devagarinho, dando tempo para ficarmos a conhecer os personagens, em vez de nos fazer sentir que estão a tentar despachar tudo nos primeiros 15 minutos para passar a próxima hora e meia com porrada entre robots. Toda a gente se queixou do Hulk porque o boneco só aparecia quase a meio do filme mas foi disso mesmo que gostei. Se não queriam um bom filme não deviam ter posto um cineasta daqueles a fazer um filme de pipocas.

Mas é interessante haver um tipo de filme tão caracterà­stico da década de 80. Suponho que é o resultado dos realizadores e escritores de filmes e séries actuais terem a minha idade e terem crescido a ver as mesmas coisas que eu. Já tinha reparado recentemente que muitas das referências que aparecem no Family Guy, por exemplo, são geralmente 80s que provavelmente passam ao lado de pessoas mais novas.

Mas um filme adolescente anos 80 sério seria uma verdadeira catástrofe hoje em dia. E um filme anos 80 sério com Robots pior ainda. Por isso, aquilo que ajuda este filme para além do andamento é o facto de não se levar demasiado a sério. Os personagens são exagerados os robots são altamente show-off mas o humor constante põe as coisas em perspectiva e evita que isto se transforme num Armageddon ou algo semelhante.

Depois de ter visto o Fantastic 4 recentemente não consigo deixar de pensar que se tentassem fazer mais filmes com pormenores humanos interessantes mas sem cair demasiado na lamechice safavam-se melhor.

Mas o cinema é como a música. A qualidade deixou de interessar e o público come o que lhe põe à  frente.

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