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die fuckers die

Estou em estado de fúria permanente desde ontem e o dia que tive hoje não ajudou em nada a mood actual.

Ontem tivemos que ir novamente ao vet com o House para ver como estavam os ouvidos. Ele recusou-se a entrar para a caixa e teve um ataque tal que me mordeu pela primeira vez desde que o apanhei da rua. Rasgou-me o indicador esquerdo e fiquei a sangrar o resto do dia. Como já estava bem disposta, nada melhor do que passar duas horas na sala de espera do veterinário à  espera de uma consulta de 5 minutos. Antes de nós estava uma familia com uma cadela de dois meses com a pata partida. A dona só dizia coisas estupidas como ‘vamos lá ver se ela não fica deficiente’ e pouco depois de entrar para a consulta já estava a falar de eutanásia, mesmo depois da veterinária lhe dizer que os bichos naquela idade recuperam muito depressa. Dá para ver bem onde está a deficiencia naquela familia.

Depois as coisas melhoraram um bocadinho quando fui lanchar com a Carla, apesar do café estar quente, cheio, barulhento e com montes de fumo. Mas num dia frio como este não é de espantar.

O pior foi quando voltei para casa. O Pedro estava a ver o Aliens 3, testanto o som das suas novas colunas e alguém tocou à  campainha. Fui espreitar e dei com a cara de sapo da vizinha de baixo. Voltei para a sala e disse ao Pedro que era a vizinha a queixar-se do barulho e como ele não reagiu nem se ofereceu para resolver o problema, fui abrir a porta à  mulher, que continuava a tocar insistentemente à  campainha. Fez um grande sorriso e começou a explicar que não percebia o que se passava mas que tinha os candeeiros todos a abanar e não podia ser nada. Eu respondi que estavamos simplesmente a ver um filme mas ela insistiu, dizendo que já tinha mudado duas lampadas e tudo. Não percebi oque relação tinha o som do filme com as lampadas dela mas tam,bém não estava com paciência para perguntar porque, entre outras coisas, o Jones aproveitou a oportunidade para se pirar para a escada.

Voltei a explicar que estavamos só a ver um filme e que ainda nem eram oito da noite pelo que não tinha grande razão para se queixar do barulho. Começou com uma convesa que ignorei em grande parte mas que continua frases como ‘ah pois mas eu também não posso ficar prejudicada’ e fui sorrindo até surgir a oportunidade de lhe fechar a porta com um ar de ‘temos pena’.

Mas como não podia bastar, a puta da velha, para além de achar que o prédio é todo dela e ninguém tem o direito de fazer o que lhe apetece dentro da sua propria casa, ainda teve a lata de me dizer para não pegar no gato ao colo por estar grávida. Também não explicou porque é que isso lhe fazia tanta confusão mas foi a gota de água.

Do meu ponto de vista este foi o strike two, sendo que o primeiro foi quando se foi queixar que a água que pingava do ar condicionado lhe estava a causar uma infiltração na parede. Ainda gostava de saber a quem é que a velha se queixa da chuva.

Passeo a noite a rever a conversa e a tentar decidir se valia a pena levar a guerra até ela ou se me limito a esperar pelo strike three para desancar a gaja. Sim, porque acabaram-se os sorrisos e a atitude de não chatear os vizinhos. A partir de agora é guerra.

Até parece que não vem musica super alto da casa delas todas as tardes. Provavelmente ela nem sabe porque deve ser um neto que põe musica a tocar quando chega da escola e quando ela não está em casa, mas para alguém que passa a vida a queixar-se de ser incomodada pelos outros, acho isso altamente divertido.

Ainda considerei voltar a por o filme na cena em que estava e ir a casa dela dizer ‘então mostre-me lá essas lampadas a rebentar’ mas como em todas as guerras, a vantagem do terreno é muito importante, e como tal arrumei essa opção para uma altura em que tenha mais a ganhar com isso.

Aquilo que não consigo ultrapassar é o facto de ter interrompido o meu domingo à  tarde para aturar uma vaca mumificada sem ter aproveitado para a degolar. E o que me irrita mais é que a próxima vez vai ser daqui a muito tempo, quando já não tiver isto atravessado. Mas acho que assim que vir aquela cara novamente agarro no taco de baseball antes de abrir a porta.

Com isto tudo tive uma noite horrivel e sonhos altamente violentos. Num deles estava a dar pontapés na cara de um tipo. E sim, até tinha boas razões para o fazer, mas não deixa de ser perturbante. Perturbante porque me apercebia, no proprio sonho, que espancar o tipo não apagava o que ele tinha feito e acabava por não ser tão satisfatório como esperado. Mas à s vezes vale a pena tentar. Se a violência não fosse um instinto tão forte não havia filmes de acção e eu sempre tive muita testosterona para uma mulher.
Com isto tudo acordei à s cinco da manhã e fartei-me de dar voltas para conseguir voltar a adormecer. As dores de costas também não ajudaram muito nesse sentido.

De manhã fui obrigada a levantar-me cedo para ir fazer análises. Passei hora e meia na clà­nica por causa da análise da glicose epouco depois das onze fui meter-me no inforno seguinte – a conservatória comercial de Almada. Queria simplesmente ir buscar um registo, que pedi em Outubro e já estava pronto, pago e tudo. Tirei senha que tinha o número 83. Como ia no 78 e ainda não tinha comido nada por causa das análises, fui ao café tomar o pequeno almoço e voltei pouco depois. Tinha passado para o número 81. Mas aà­ ficou até à  uma da tarde graças ao mau funcionamento do novo sistema informático que foi instalado no passado fim de semana. Fui atendida à  1.30, ou seja, mais de duas horas depois de ter chegado. Demoraram duas horas a tender duas pessoas!

Eu compreendo que a culpa não é das senhoras que lá trabalham, que até foram muito simpáticas, mas no minimo podiam por um papel a informar que esta semana estão a testar o sistema informático novo e aquilo não está a funcionar bem. Assim pelo menos as pessoas que não vão fazer coisas urgentes poderiam optar por voltar outro dia em vez de estarem ali a ganhar cabelos brancos sem perceber bem porquê. Quando me apercebi do problema já estava lá há tanto tempo que resolvi esperar porque por essa altura parecia-me muito pior ter de voltar outro dia para mais uma seca destas.

Com isto tudo já não deu parar tratar das restantes duas tarefas durante a manhã porque os serviços já tinham fechado para almoço. Por isso fui a casa mas voltei a sair pouco depois, sem almoçar, para conseguir ir à s finanças e ainda apanhar o banco aberto.

Depois disso foi a seca da tarde que correu estupidamente mal. Preciso de pedir um cartão de residente para poder estacionar o Smart na rua durante as obras do metro. Ou seja, preciso de autorização da junta de freguesia para poder estacionar em frente à  minha propria casa durante sei lá quanto tempo.

A lista de documentos que eles pedem para este cartão é cmpletamente absurda e inclui 3 documentos diferentes de comprovativo de residencia. Vi logo que ia ter problemas uma vez que nunca alterei a morada da minha carta de condução que continua a ser a da casa dos meus pais. E, mesmo tendo todos os outros documentos em dia e com tudo a bater certo, estes burocratas de merda vão-me obrigar a renovar a carta de condução por causa de uma porcaria de um cartão de estacionamento.

Aliás, estavam a mandar praticamente toda a gente embora por causa de este ou aquele pormenor técnico.  Sinceramente fiquei com vontade de ir estacionar o carro noutro sí­tio e deixá-lo estar até acabarem as obras. Porque com este frio e grávida de 32 semanas a última coisa que me apetece é ter de ir para Lisboa ou, pior um pouco, para Setúbal, renovar a carta de condução. Neste momento quase que me apetece mais comprar uma garagem.

O mais humoristico no meio disto tudo foi o facto de chegar a casa e descobrir que para fazer uma alteração de morada na carta de condução preciso de uma confirmação de residencia passada pela Junta de Freguesia. Isto não é o cúmulo do absurdo? E pior um pouco, depois de ter estado à  espera e de me mandarem renovar a carta não se lembraram de me dizer que eu preciso de um documento que só eles é que podem passar? Apetece-me seriamente ir lá dar um estalo na mulher e dizer-lhe para aprender a usar a massa cinzenta.

Depois disto tudo desisto por hoje e so espero que não aconteça mais nada porque a próxima pessoa que se cruzar no meu caminho com menos do que um grande sorriso e bombons vai ter uma má surpresa.

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4 Comments

  1. É preciso ter a carta com a morada actual pra pedir aquilo? Damn…é o único documento que ainda não alterei a morada..é preciso ter azar! Ainda por cima é preciso um comprovativo da junta, será que o BI não é suficiente?? Grrrr

  2. Olá Dee. Olha eu renovei a minha carta há pouco tempo e a mim não me pediram nada. Fi-lo na Loja do Cidadão de Setúbal, num sábado de manhã e foi super simples, não demorou nada. Secalhar esses incompetentes ainda te informaram mal…haja paciência!

  3. Grinch says:

    Daqui te envio o maior dos meus sorrisos e se quiseres uma caixa de bombons Nestlé, diz-me a tua morada que eu mando-tos. E nem precisas de nenhum documento comprovativo.
    Um beijinho.

  4. Eu actualizei a minha morada na carta de condução há sensivelmente 2 meses e apenas me exigiram a apresentação do BI, fotografia e preenchimento de um formulário.

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