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Remodelação do atelier

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Viver num último andar tem algumas desvantagens. uma delas é o risco de infiltrações. Há algum tempo começámos a notar humidade no canto do meu atelier. Essa humidade alastrou e transformou-se numa parede completamente encharcada. Fizemos obras no telhado para alargar a caleira, que não tinha caudal suficiente para suportar as chuvas mais intensas, e o problema parece ter ficado resolvido. O problema é que a parede por dentro ficou uma desgraça. O estuque apodreceu todo e tinha de ser substituà­do.

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Em cima, o estrago causado pela infiltração. Em baixo, o que foi preciso partir.

Assim, em Dezembro, fizemos uma obra para substituir o estuque e pintar a sala. A princà­pio tentei fazer eu, mas quando percebi a verdadeira extensão do estrago achei que era melhor contratar profissionais.

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Foi necessário desmontar e retirar todos os móveis da sala. A casa ficou um caos, com móveis e caixas por todo o lado. Tive de encontrar um cantinho na sala para conseguir trabalhar.

Como foi preciso tirar tudo da sala resolvi que era a altura certa para reorganizar o atelier e por aquilo não só mais funcional como também mais bonito. Criei um quadro de Pinterest com montes de ideias e comecei a planear.

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Em cima, o estuque novo e em baixo, a sala pintadinha.

Comecei por pintar o interior das estantes com o turquesa claro. Primeiro tentei usar vinil mas não gostei do resultado, por isso optei por esmalte aquoso.

Pintei o fundo das estantes na cor escolhida.

Aquilo que mais gostei nos exemplos que vi foi o painel perfurado. Comecei por comprar dois mas acabei com três, para ocupar grande parte da parede por cima das mesas. Ter as ferramentas e alguns dos materiais à  vista e à  mão torna o processo de criação muito mais eficiente e a limpeza muito mais rápida. Pintá-lo da mesma cor das estantes era inevitável.

Por cima do painel coloquei uma prateleira a todo o comprimento da sala que é excelente para expor as minhas jóias.

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Depois pensei no que queria colocar em cada caixa e qual a melhor colocação. Aquilo que uso com mais frequência está mesmo atrás da cadeira e as caixas que são apenas de arrumação de materiais menos usados ou de peças prontas ficam mais para cima. A prateleira de baixo é onde arrumei os livros e outros materiais de referência.

Algumas das caixas que estão sempre abertas porque ando sempre a tirar ou por coisas lá dentro, como as das canetas ou dos cortadores da sizzix, ficaram mesmo sem tampa para evitar ter um elemento inútil que só atrapalha.

Alguns materiais mais coloridos, como os marcadores, botões ou washi tape, resolvi por à  vista.

Gostei tanto de pintar com spray que nem a bigorna se safou.
Gostei tanto de pintar com spray que nem a bigorna se safou.

Tentei escolher o tamanho das caixas de acordo com o que precisava de por lá dentro. Assim sendo, a caixa dos materiais de embalagem e onde guardo as máquinas fotográficas e acessórios para fotos são grandes, enquanto as caixas para almofadas de carimbo e carimbos de madeira são baixinhas. Ajustar as caixas aos materiais é muito importante para uma arrumação eficiente. Coloquei etiquetas em todas as caixas para saber o que está lá dentro.

Em dois pequenos elementos de gavetas guardei as colas, ecolines, gouaches, réguas, etc. Num módulo de gavetas com rodas que sempre tive ao pé do computador tenho o equipamento de escritório na primeira gaveta – clips, agrafador, post-its, elásticos, calculadoras, carregadores. Usei caixas de cereais cortadas para agrupar os objectos semelhantes em vez de ter tudo ao molho.

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Na gaveta do meio guardo a papelada que vai chegando para mais tarde arquivar – contas, cartas do banco, etc. na gaveta de baixo tenho os blocos A3 de papel vegetal e milimétrico assim como os projectos de peças que já fiz ou que estou a desenvolver.

Os papéis e cartolinas de tamanho A4 ficaram em suportes de revistas, organizados por cores. As folhas maiores ainda não têm uma arrumação definitiva. Por enquanto estão numa prateleira, no móvel onde tenho o forno do Fimo, o tumbler e a máquina de ultra-sons. Tenho outra caixa para papel de formato A5 ou mais pequeno. Geralmente são papéis já trabalhados, para usar como fundos em projectos – pintados, com textura, embossed, etc.

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O que deu mais trabalho foi pintar as caixas. Escolhi um turquesa claro como cor para a sala e achei que as caixas todas pretas ficavam mal nesse contexto. O problema é que não podia pintar no terraço porque de vez em quando chove sem aviso e na sala só tinha superfà­cie para pintar três caixas de cada vez.

Pintei as caixas de plástico e metal com spray e as de cartão com rolo. Acho que valeu o esforço. O Chewie estava sempre lá para ajudar.
Pintei as caixas de plástico e metal com spray e as de cartão com rolo. Acho que valeu o esforço. O Chewie estava sempre lá para ajudar.

As mesas são as mesmas que já tinha. São umas secretárias que sobraram do antigo escritório da Nitro e que tenho usado desde então. Em frente à  porta fica uma mais pequena onde coloquei o computador e as impressoras. Isso permitiu-me ter uma mesa comprida livre para trabalhar nos diversos projectos. Com 1,80m de comprimento, consigo ter dois ou três projectos a decorrer ao mesmo tempo sem precisar de estar sempre a arrumar as coisas. Isso dá particular jeito quando são projectos com tintas que necessitam de tempo para secar. Assim posso continuar a trabalhar noutra coisa enquanto aquilo seca.

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Como as mesas são fundas, e apesar de não querer encher o tampo de tralha, coloquei a sizzix, a máquina de costura e o ferro de engomar na mesa para estarem sempre à  mão. Isto para evitar aqueles momentos em que a preguiça é tanta que prefiro arranjar outra solução do que estar a perder montes de tempo a montar coisas.

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Ao fundo da sala tenho uma mesa mais pequena onde coloquei o laminador e serve de apoio à  minha cómoda transformada em bancada de joalheiro. Ainda preciso de cortar a chapa de aço à  medida para forrar a mesa mas de resto já está tudo funcional.

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Por trás dessa zona ficam as caixinhas com as pedras e contas. Basta virar-me e está lá tudo.

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Fiquei assim com 4 ou áreas de seguida ao longo da sala: computador, trabalho em papel, costura e joalharia. Por trás de cada zona da mesa estão as caixas com os materiais correspondentes.

Já fiz alguns projectos depois de ter o atelier montado e devo dizer que estou muito feliz com o resultado. É fantástico ter lugar para tudo e conseguir arrumar tudo de volta no sí­tio quando acabo sem grande sofrimento. Na maior parte dos casos nem tenho de me levantar da cadeira.

Ando aos poucos a tentar estender a arrumação lógica ao resto da casa e já fiz algumas pequenas melhorias, como criar uma gaveta para o papel de desenho e livros de actividades dos miúdos, colocar cabides para os panos de cozinha que andavam sempre pendurados nos puxadores das gavetas, etc mas é algo que leva tempo.

No atelier ainda falta construir uma plataforma para elevar as impressoras de forma a poder arrumar o portátil por baixo, de forma a criar mais uma área de trabalho livre para o Tiago poder fazer os TPCs quando eu estou a trabalhar em algo. E falta pendurar coisas na parede – um quadro de cortiça e algumas molduras. Enfim, pequenos detalhes finais. Mas entretanto já se pode trabalhar aqui dentro, e isso é que importa.

Home studio remodel

Living on the top floor has some disadvantages. One of them is the danger of water damage. Some time ago we began noticing some water stains in a corner of my home studio. The stains spread and soon enough the whole wall was completely soaked. We got some work done on the roof and the problem seemed to be resolved. Unfortunately, the inside damage remained. The plaster had rotted and had to be replaced.

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Above, the initial damage. Below, all the plaster that had to be removed.

So, last December, we got some workers to come replace the plaster and paint the room. I tried doing it myself at first, but I soon realised the job required a professional.

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I had to move all the furniture out of the room and pack up everything else. The house was in complete chaos, with desks, bookshelves and boxes everywhere. I had to set up my work desk in a tiny section of the living room so I could get any work done, since I had orders for Christmas.

Since I had to put everything back, I figured it was time to do it right. I decided to make it, not just tidier, but prettier as well. I made a Pinterest board with a ton of ideas and started to plan.

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Above, the new plaster. Below, the painted room.

I painted the inside of the bookshelves with a light turquoise paint. At first I tried using vinyl instead of paint but I didn’t like the result so I went with water based enamel paint.

I painted the back of the booksehlf in the selected colour.

My favorite thing in all the studios I had pinned was the pegboard. I bought two of them at first but ended up with three. It takes up most of the wall over the desks. Having my tools and materials right there in front of me makes the creative process much more efficient and cleanup much faster. I painted the metal pegboards the same colour as the shelves.

Above the pegboards there’s a long shelf that is perfect for displaying my jewellery.

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I thought about what I wanted to store in each box and where it would be more practical to store each one. What I use more frequently is right behind my chair and the boxes that serve as storage for less used materials are stored on the top shelves, where I have to get up to reach them. The bottom shelves were reserved for books and other reference materials.

Some of the boxes are used so often that I hardly ever replace their lids, so I chose to leave them open permanently.

Some colouful materials, like markers, buttons or washi tape I put on display, where I can see them. I like being surrounded by colour.

I liked spray painting so much that even the anvil got a makeover.
I liked spray painting so much that even the anvil got a makeover.

I picked out the size of the boxes according to what I needed to keep inside. The camera equipment box is large, the boxes for the stamp ink pads are low and stackable. Adjusting the box size to the content is very important for efficient storage so you don’t waste necessary space. I also labeled all the boxes so I know what is in each one.

Inside two small drawer blocks I keep glue, ecoline, gouache, rulers, etc. In the top drawer of a drawer module on wheels that I keep under my desk I have office equipment. I cut cereal boxes to make containers for the smaller elements like post-its, staples, and so on, instead of tossing it all in the drawer at random.

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In the middle drawer I keep paperwork – bills, letters. On the bottom drawer I have A3 paper and projects of previous work and what I’m working on at the moment.

A4 cardstock is kept in magazine holders, organised by colour. Larger sheets of paper are currently stored on the top shelf of the bookshelf where I have my polymer clay oven, ultrasound machine and tumbler. Smaller bits of paper go in a box next to the embossing folders. They’re usually for cardmaking.

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Painting the boxes took the longest. I didn’t think the black boxes I had fit the white and turquoise color scheme at all so I had to do something about it. Unfortunately it was rain season, so painting outside was not an option and I had to paint two or three at a time on top of my table. It took ages!

I painted the plastic and metal boxes with acrylic spray paint and the cardboard boxes with a roller. I think it was worth the effort. My cat Chewie was always there to help out.
I painted the plastic and metal boxes with acrylic spray paint and the cardboard boxes with a roller. I think it was worth the effort. My cat Chewie was always there to help out.

The desks were the same from before. New desks weren’t on the budget for now. They’re old office desks that were left over from our defunct company and I’ve been using them ever since. I placed the computer and printers on the smaller desk, right in front of the door. That allows me to have a long table in the middle of the room to work on my projects. I can have several things going at once without the need to put everything away in order to switch to something else. It’s particularly handy when I need to let paint dry and can do something else while I wait.

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The desks are pretty deep so I placed my sizzix, iron and sewing machine at the back, against the wall, and still have plenty of table surface to work on.

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Close to the window I have a smaller desk with a rolling mill followed by an improvised jeweller’s bench. It was a chest of drawers that had the right height. I removed the top drawer to attach the bench pin and use the second drawer to keep my tools as I work and gather metal when filing and sawing. I still need to cut a steel sheet to cover the wood but the rest works pretty well.

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Behind the chair in this area is where I keep my gemstones in little drawers.

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In this way I have four separate craft areas along the room: computer/office, scrapbooking/cardmaking, sewing and jewellery making. Behind each area I store the corresponding materials.

I’ve made a few projects since organising the space in this way and I have to say that I’m very pleased with the result. It’s great to have a place for everything and being able to put everything back in a tidy box when I’m done. Most of the time I don’t even have to get out of my chair.

I’ve been slowly trying to extend this organisation kick to the rest of the apartment and I’ve already done some small changes, like creating a drawer for craft materials for the kids and another for their activity books. I also put up hooks for the kitchen towels that were always hanging from cabinet door knobs. It takes time but little by little we move forward.

I still want to build a platform to lift the printers so I can store the laptop underneath, thus clearing extra table surface where the kids can do their homework while I’m working. And there are a few things to hang on the wall, like the cork board and a few frames. But these are just details and in the meantime I can get to work again. That’s all that matters.

Os primeiros sapatos de ballet da Joana – Joana’s first ballet shoes

A Joana só começou a fazer ballet em Outubro de 2014 mas os primeiros sapatos já não lhe servem. Como não consegui ter coragem de os deitar fora, resolvi transformá-los em parte da decoração do seu quarto.

Comprei uma moldura-caixa, arranjei uma cartolina com um desenho bonito para o fundo e colei as sapatilhas ao fundo com fita de montagem de dupla face. Coloquei também papel amachucado no interior das sapatilhas para a ponta manter a forma e não ficar com um ar espalmado.

Gostava que o formato geral do sapato tivesse ficado mais direitinho mas no geral estou satisfeita com o resultado.

sapatos_ballet – Joana only started ballet classes in October of 2014 but her first ballet shoes no longer fit. Since I didn’t have the courage to throw them out, I decided to make them part of her bedroom’s decoration.

I bought a box-frame, found some pretty cardstock for the background and taped the ballet shoes to it with double-sided foam mounting tape. I also placed some crinkled paper on the inside of each shoe to prevent the tip from looked deflated or squished.

I’d like for the overall shape of the shoe to look a bit tidier, but on the whole I was pleased with the result.

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Tempestade lá fora, reparações cá dentro.

Está um tempo horroroso. Chuva, uma ventania insuportável e só apetece ficar no quentinho. Em vez disso tenho estado ocupada com reparações domésticas.

Uma das decisões mais absurdas do empreiteiro que fez as obras da nossa casa foi por rodapés de madeira na marquise onde dormem os gatos. Começou tudo a apodrecer logo no primeiro inverno, como seria de esperar. Eu podia por-me para aqui a dizer mal do homem, que claramente tomou decisões imbecis pelo simples facto de achar que assim ficava mais bonito, em vez de se preocupar com questões práticas, mas a verdade é que a culpa é minha por ter deixado o homem avançar com tamanha absurdidade sabendo perfeitamente que não ia correr bem.

A parte de verdadeira incompetência que me irrita foi algo que só descobri quando finalmente arranquei os rodapés: a antiga saà­da de escoamento de água, de quando o terraço era aberto, não foi tapada. Ou seja, quando chove, entrava água por ali que era imediatamente absorvida pela madeira dos rodapés.

3 anos depois, fartei-me de limpar o bolor e optei por arrancar aquilo tudo e colocar eu rodapés em cerâmica. Tenho estado a fazer isso esta semana, apesar da chuva e humidade não ajudar. Neste momento falta apenas colocar dois azulejos inteiros e cortar 4 para os cantos. Comprei uma roda diamantada para a dremel mas tenho muitas dúvidas que consiga cortar os 4 com aquilo, só que na altura parecia absurdo comprar uma serra de azulejo só por isto. Se não funcionar levo os azulejos ao sí­tio onde os comprei e peço para cortar.

Como estava em modo de reparações, aproveitei também para alisar o estuque de um furo da parede que já tinha sido tapado há que tempos mas nunca pintado. Basicamente lixar o estuque faz uma poeirada desgraçada e custa-me sujar a casa toda. Como esta semana a mulher a dias não veio e vou ter que limpar tudo de qualquer forma, achei que era de aproveitar para fazer o lixo todo de uma vez.

Depois de um intervalo para almoçar e ver mais um episódio do Breaking Bad (que felizmente não foi tão deprimente como o anterior), vou agora ganhar coragem para começar a pintar as paredes. Oh boy…

O tecto está a cair!

Ontem à  noite estava aqui sentada ao computador a actualizar a minha wishlist ao som da bruta chuvada que começou ao fim do dia quando comecei a ouvir pingar. Fui espreitar e vi rapidamente que estava água a cair pelo buraco do tecto de onde saem os fios eléctricos para o candeeiro. Fui buscar um balde e foi mesmo a tempo porque o que começou com uns pingos rapidamente se transformou numa corrente incessante. Avisei o Pedro e lá andámos os dois a tentar perceber o que se teria passado. A conclusão mais obvia, mas também aquela que gostariamos de evitar, é que o algeroz deve ter entupido durante o verão e rebentou. Foi o resultado da luta do ano passado com o condomà­nio. Nós queriamos por um algeroz exterior pela fachada em vez de o ter a correr ao longo de toda a placa de uma ponta à  outra do prédio para escoar toda a água nas traseiras mas o condomà­nio não concordou. Agora apetece-me dar-lhes a conta da reparação.

Ainda é possível que tenha sido só uma telha partida, mas espreitando pela janela do sotão não se vê nada fora de sí­tio e a quantidade de água foi tão grande que me parece pouco provavel. Em meia hora enchemos um balde da água que pingava da zona do candeeiro e no tecto ao lado formou-se uma bolha tão grande por cima do estuque que aquilo partiu tudo. Foi preciso evacuar a minha casa de bonecas para não levar um duch, arrastar móveis e encher o chão de baldes e alguidares.

Entretanto já passava da meia noite e nós com receio de ir dormir não fosse darmos com a casa toda inundada de manhã. Felizmente a chuva parece ter abrandado ou a água acumulada na placa já tinha infiltrado toda e a coisa acalmou.

Já liguei ao empreiteiro a pedir para vir cá ver como se pode resolver isto mas não estou muito optimista. Ou se insiste no algeroz externo ou temos que fazer a água escoar para o terraço, o que pode causar infiltração pelas portas se o nà­vel da água subir muito.

Pelo menos já tinhamos coisas a resolver porque os buracos da instalação do ar condicionado ainda não estão pintados, e já agora vem cá um profissional arranjar o canto da parede que o Tiago e o amigo destruiram. Mais vale habituar-me já ao facto de que estar em obras é o estado natural desta casa. De facto o espaço é optimo e tem imensas vantagens – no verão – mas também pagamos bem por isso, raios!

Ao fim da manhã o Sr. Augusto veio cá ver o que se passava e encontrou 3 pombos mortos no telhado, a impedir as saà­das dos algerozes, um deles mesmo enfiado dentro do tubo. Não sei se será só isso mas é uma razão bastante forte para o que sucedeu. Resta saber se o tubo terá mesmo uma ruptura devido à  pressão. Vamos ter de combinar uma limpeza anual antes de começar a chuva, apesar de achar que o condomà­nio é que devia fazer isso, mas se estou à  espera deles…

Acabamentos

Entrámos naquela que espero ser a última semana das obras. Começaram ontem os acabamentos, que era uma lista jeitosa mas que já vai em metade.

Ontem ficou pendurado o varão da cortina do duche e foi aplicado silicone na cozinha e casa de banho. Ainda faltam alguns sí­tios mas vai andando. Hoje esteve cá o carpinteiro e arranjou as portas que ainda fechavam mal. Entretanto estão a pintar e depois falta o canalizador e electricista para fazer as últimas correcções e em princà­pio fica tudo pronto.

Espero que sim porque estou um bocado farta de ter gente cá em casa, de não poder sair porque preciso de estar cá para abrir a porta quando voltam do almoço e quero finalmente limpar a casa a fundo porque estou farta de viver rodeada de pó. As obras correram bem, os homens são todos muito simpáticos e não tenho razões de queixa, ficou tudo muito giro e temos uma casa nova espaçosa mas quero poder finalmente começar a viver nela em vez de me limitar a acampar cá dentro.

Vantagens e desvantagens dos call-centers

As desvantagens dos call centers são bastante óbvias: temos um problema para resolver, telefonamos para um serviço de apoio ao cliente e damos com alguém que percebe menos do assunto do que nós e que, em vez de tentar resolver o nosso problema, só parece estar preocupado em seguir o guião e nós ficamos na mesma.

Aconteceu-me precisamente isso hoje, quando telefonei para a linha da EDP 5D porque era suposto mandarem cá alguém para substituir o diferencial do contador de trifásico para monofásico e até agora ainda não tinham dito nada. Expliquei a situação, passei meia hora em espera para acabarem por me dizer que tinha de entregar uma declaração que já entreguei no dia em que fizeram o pedido. O homem acabou por me dizer que tinha de ir outra vez à  loja da EDP ver se encontravam a declaração porque não estava no sistema. A minha resposta foi ‘estão a gozar comigo?’. Porque raio é que eu tenho de ir perder o meu tempo, sair à  chuva com a minha bebé de 3 meses por causa da incompetencia de um dos seus empregados?

Para piorar a situação o tipo ainda continuou com o guião e tentar fazer-me aderir à  facturação de valor fixo mensal e mais não sei o quê. Fiquei com vontade de lhe arrancar a cabeça mas não o fiz porque sei que a culpa não é dos pobres coitados que trabalham no call center. Quando perguntou se podia ajudar com mais alguma coisa disse simplesmente que só precisava de ajuda com o assunto que tinhamos estado a discutir e que ficou sem resolução por isso não queria mais nada.

Liguei ao Pedro para ventilar um bocado e no meio da conversa lembrei-me de uma coisa importante: o homem disse que no computador o meu contrato já estava como monofásico. Ou seja, se a alteração já foi feita a nà­vel do sistema então não faz sentido nenhuma ainda andarem a falar na declaração do electricista. Se precisam da declaração para alterar o contrato e este já foi alterado, logicamente eu tive de entregar a declaração necessária.

Em vez de ir apanhar frio resolvi usar o sistema a meu favor. Voltei a ligar, apanhei uma pessoa diferente e comecei por perguntar se no sistema o contrato estava como sendo trifásico ou monofásico. Estava efectivamente monofásico. Limitei-me então a dizer  que o meu problema é que faltava virem cá a casa mudar o diferencial. Tinham dito que ligavam e até agora nada. A senhora deixou-me em espera novamente mas pouco depois estava a dizer que já tinha passado a questão para o departamento técnico e que hoje ou amanhã ligavam a marcar. Ligaram passada meia hora e vêm cá amanhã.

Portanto, em conclusão, a vantagem do call center é que podemos ligar as vezes que quisermos até obtermos a resposta que queremos. Basta mudar a conversa que se dá.

Dia longo

Esta noite acordei à s 2 e à s 5 para amamentar, como todas as noites. à€s 6 o Tiago acordou e foi-se sentar à  porta do nosso quarto. Tentei convencê-lo a voltar para a cama mas nestas situações ele só quer o pai. Lá foi o Pedro mete-lo na cama outra vez. Pouco tempo depois tocou o despertador.

Pouco depois das 8 chegam os homens da obra. Hoje passaram o dia a isolar o telhado, nos sí­tios onde ainda entrava água. Agora temos que aguardar nova chuvada para ver se ficou tudo ou se ainda escapou alguma coisa. Pouco depois chegou o homem que veio afagar os tacos do chão. Foi barulho o dia todo mas menos lixo do que estava à  espera.

De tarde ainda vieram os homens que estão a isolar a junta entre os dois prédios. Passaram a tarde a entrar pela porta e a sair pela janela – na verdade saiam para o terraço, subiam ao telhado e desciam por rapel, mas é quase o mesmo – mas felizmente acabaram o isolamento e em princà­pio já não voltam. Uma coisa terminada.

A meio da tarde chegou a entrega das compras – a primeira nesta casa. Desde que nos mudámos, há 3 semanas, tenho ido ao Pingo Doce fazer pequenas compras quase todos os dias porque não quisemos estar a fazer a compra grande do mês mesmo antes da mudança e depois ainda não tinhamos tido tempo. O homem do Continente queixou-se que era uma rua lixada para estacionar a carrinha mas lá entregou as coisas.

Quando acabei de arrumar as compras foi altura de ir ao correio enviar uma encomenda. Felizmente não estava muita gente e foi bastante rápido. Quando voltei recebi o telefonema do serviço técnico da Siemens a avisar que chegavam daà­ a meia hora para vir arranjar a máquina da roupa que estava a deitar água para o chão desde a mudança. Basicamente a borracha estava rasgada e foi preciso substituir. Espero que fosse só isso porque andar a largar mais de 100 euros todos os meses em arranjos da máquina não compensa.

A minha mãe ajudou imenso porque foi buscar o Tiago e ficou a tomar conta dos dois miúdos enquanto eu lidava com a reparação da máquina, ia levantar dinheiro, etc.

Só à s 6.30, ou seja, quase 12 horas depois de me levantar, é que acabou finalmente a confusão de gente a entrar e sair. Foi altura de arranjar qualquer coisa para o Tiago comer e adormecer a Joana que já estava com um ar muito cansado, coitada.

E amanhã há mais.

Passadas duas semanas

Nunca mais tive tempo para escrever. O tempo vai passando e a casa continua uma confusão. Estou cada vez mais cansada e sem sentir que isto vá acalmar tão cedo.

Os dias são passados a tentar arrumar o que posso, a acalmar a Joana que não consegue dormir com o barulho das obras e a fazer listas infindáveis de tudo o que ainda falta – onde é que preciso de alterar a morada, que documentos preciso para cancelar contratos da casa nova, etc. Vou fazendo as coisas aos poucos e fico muito feliz quando consigo riscar algo da lista ou espalmar uma caixa vazia.

Pelo meio a Joana fez 3 meses e nem teve direito a um post celebratório, o que acho uma barbaridade. Felizmente é uma bebé dorminhoca e se conseguisse descansar até me dava bastante tempo livre. Infelizmente só consigo que ela durma ao colo porque salta a cada martelada. A única vantagem de lidar com uma bebé pequena, mudar de casa e estar em obras é que estou farta de perder pesso. Ao fim de 3 meses depois do parto peso menos do que antes de engravidar. Não há duvida que é um grande exercí­cio.

As confusões com os vizinhos mantêm-se. De manhã fui ao banco mudar a morada das contas e seguros e passei o tempo a atender telefonemas sobre o isolamento da junção dos prédios e a questão do algeroz. A tapa-isola dizia que não vinha enquanto o tubo não fosse desmontado e tive de pedir ao Sr. Augusto para falar com eles directamente para resolver o problema. Eu compreendo que eles não queiram fazer um trabalho sem saber quem o paga mas também estão a fazer uma tempestade num copo de água por causa de um tubo de plástico.

Era então suposto desmontarem o algeroz hoje mas apareceu um homem da Tapa-isola à s duas da tarde, falou com o Sr. Augusto sobre aquilo, viu que não conseguia montar o rapel no terraço, foi-se embora e 3 horas depois ainda não tinha voltado. Tenho a impressão que ainda não é hoje.

Lá consegui finalmente acabar de organizar a contabilidade do trimestre passado e ir entregá-la. Agora ainda falta devolver a chave da garagem, cujo aluguer acaba esta semana, por a casa à  venda (sim, eu sei, isso já devia estar feito), e ir lá tirar umas buchas da parede, tapar buracos e eventualmente dar uma pintadela. Isto porque no sábado conseguimos finalmente acabar oficialmente a mudança. Com ajuda do meu pai e do seu jipe lá tirámos o resto das nossas tralhas da casa antiga e deixámos aquilo relativamente limpo e mostrável. Falta só lavar os vidros das marquises e fazer os tais arranjos cosméticos.

Na casa nova decidimos finalmente onde montar as estantes e por isso passei os últimos dois dias a desempacotar livros. Devo ter vazado umas 20 caixas e não parece ter feito diferença nenhuma à  confusão que vai por aqui.

O sotão está quase pronto. Já forraram o telhado, acabaram hoje de forrar o chão e agora é só dar uma pintura. Espero que daqui a umas duas semanas tenham acabado finalmente as obras.

Esta mudança vai andando devagarinho e ainda não me sinto em casa, em grande parte por ter sempre pessoas a entrar e a sair e pó por todo o lado que não desaparece por mais que limpe, mas acredito que daqui a um mês ou dois a coisa começa a ficar mais fácil.

E agora tenho que ir buscar o Tiago à  escola e passar a modo mamã.

O desafio da primeira semana

Passámos a ter que nos levantar mais cedo para estarmos prontos quando chegam os homens das obras à s 8 da manhã. Isso até é bom porque o Tiago estava sempre a chegar atrasado á escola ““ é suposto entrar à s 9 ““ e a educadora já se tinha queixado que isso interferia com as actividades da manhã.

O maior problema, mesmo assim, é com a Joana porque como as obras do sotão continuam a Joana não dorme com o barulho. Só consigo que ela durma sestas deitada no berço quando os homens saem para almoçar e quando finalmente se vão embora ao fim do dia. Mas por essa altura chega o Tiago, que não é propriamente silencioso, e é outra vez o mesmo problema.

Tive também a tarefa de convencer o empreiteiro que o algeroz não podia ficar por fora e que ele tinha de arranjar solução. Depois de muitos argumentos lá o consegui convencer a voltar a colocar o algeroz por cima da placa ““ é pior para nós mas pelo menos acaba com a guerra. O empreiteiro diz que o problema é que o algeroz devia ser mais inclinado do que ele consegue fazer lá em cima, o que pode causar entupimentos mais frequentes. Eu sei que ele tem razão nestas questões técnicas e que vamos voltar a ter problemas de futuro mas vai ser uma questão de sermos nós uns grandes chatos e esperar que o condominio resolva e pague os estragos futuros.

O Pedro ligou à  administradora do nosso prédio a dizer que estavamos a resolver o problema e eu tentei ligar à  administradora do prédio do lado que não atendeu. Voltou a ligar na terça de manhã e lá consegui falar com ela. Ainda vão enviar uma cartinha oficial a expor o problema, só para se protegerem e poderem dizer que nós fomos informados mas em pricà­pio a situação não irá piorar porque o algeroz interno começou a ser montado nesse mesmo dia. Acho que prefiro ter baldes espalhados pela casa do que vizinhos a chatear-me.

Estou extremamente cansada e nem consigo descansar nem consigo avançar o suficiente nas arrumações. Na terça à  tarde vieram montar o roupeiro e já comecei a vazar mais uma caixas, arrumando a roupa no sí­tio, mas sobra muita coisa porque ainda não decidimos onde colocar as estantes e estamos à  espera que o sotão fique pronto para o usar finalmente como arrecadação para todas aquelas coisas que não se usam diariamente.

Como exemplo do meu nà­vel de cansaço, na terça de manhã levámos a Joana à  consulta e afinal era só em Novembro. Só liguei ao dia do mês e ignorei o resto. O Pedro diz-me coisas e eu até estou a prestar atenção mas não fica nada registado na memória e o cansaço fà­sico, de passar dias e dias a carregar caixotes, é indiscrità­vel. O mais estranho é que à s 6 da manhã já estou completamente acordada e não consigo dormir mais. Go figure…

A meter água

Hoje é um daqueles dias em que sinto que o universo me odeia.

Primeiro foi a sanita que começou a deitar água para o chão. Já foi reparada sei lá quantas vezes e não dão com o problema. Talvez tenha defeito mas o que raio é que se faz nesse caso? Parece que o empreiteiro não está com pressa e eu em stress por causa disto.

Depois foi a chuva e o algeroz defeituoso que causou infiltrações na sala e que deu guerra não só com a administração do prédio como com o prédio do lado. É algo que está para durar, com reuniões de condomà­nio e provavelmente custos adicionais.

Agora é uma tempestade no maldito fim de semana em que nos queremos mudar. Não só piora a situação da casa – apesar de terem ido lá hoje montar o algeroz exterior, mesmo contra a vontade do prédio, porque era a única solução – mas o telhado tem algumas telhas deformadas ou fora de sí­tio e uma ou duas paredes que não foram ainda isoladas por fora e a água está a entrar. Como os homens não podem subir ao telhado antes daquilo secar, porque é perigoso, vamos ver que estragos adicionais vai esta tempestade causar.

Mais tarde ou mais cedo esta obra tinha de meter água, não é?

Final Push

Queriamos aproveitar o fim de semana seguido do feriado de 5 de Outubro para fazer a mudança com alguma calma, mas como não nos ligaram o gás a tempo tivemos de adiar. Aproveitámos então o fim de semana para embalar o máximo que conseguimos.

A casa está um verdadeiro caos e mal se consegue andar sem bater em caixotes. A cozinha, sala e uma das varandas estão prontas a seguir, o nosso quarto está quase, o escritório também. Falta o quarto do Tiago, que deixámos para o fim para ele continuar a ter um mà­nimo de normalidade enquanto estamos aqui, e a outra varanda pelo simples facto de se ter acabado o espaço para caixas.

Pelo meio vai muita coisa fora. Algumas ficam já cá e outras serão deitadas fora já na outra casa porque para acabarmos de embalar tudo a tempo não deu para vasculhar papel a papel e fica para quando formos arrumar.

Na segunda feira fomos ao IKEA comprar o roupeiro, que só entregam para a semana. Vamos ter de viver de uma mala de viagem durante alguns dias. Dava mais jeito que tivessem entregue o roupeiro antes da mudança porque tinham mais espaço para o montar, mas não se pode ter tudo. Pelo menos vou ter um roupeiro novo, maior que o actual, e vou fazer os possà­veis para me divertir a arrumá-lo. Depois de todo este trabalho preciso de um girly moment 🙂

Na terça não avançámos muito porque tivemos um almoço de famà­lia. Ainda nos escapámos para a casa nova durante uns minutos que me deram tempo para montar o puxador que faltava no movel da cozinha e ver o estado da obra no sótão mas recebemos em pouco tempo um telefonema dos meus sogros a dizer que o Tiago queria ir para casa e tivemos que regressar.

Na quarta foram finalmente montar o contador e ligar o gás. A inspecção correu sem problemas mas ainda tive uma confusão por causa do termo de responsabilidade da alteração da instalação que dizia ‘reparação’ em vez de ‘alteração’ e vai ser preciso um novo. Para além disso hoje em dia pelos vistos eles obrigam não a uma mas a duas inspecções: uma da instalação, ainda sem o gás ligado e outra quando vão ligar o gás. O inspector vai ver precisamente a mesma coisa nas duas vezes mas eles acham boa ideia fazer-nos pagar a dobrar. Há coisas que me dão vontade de encontrar o imbecil que criou tal lei e dar-lhe um par de estalos. Vamos ver se ainda nos arranjam mais problemas por causa disto ou se nos deixam em paz. Senão é o que o Pedro diz: arranjamos um termo-acumulador e acaba-se o gás de vez.

Marquei então a mudança. Das empresas que contactei, só uma é que veio cá e entregou orçamento mas era muito caro. As restantes disseram que ligavam ou apareciam e nada. Liguei de volta a uma delas e perguntei ‘então? Disseram que os dados que dei por telefone não eram suficientes para fazer orçamento e que tinham de vir cá mas afinal não apareceram. Estão interessados ou não?’ A senhora foi ver e disse que os dados que tinham eram suficientes e não via nada sobre uma visita agendada. Disse-lhe que nesse caso precisava que me dessem um valor porque precisava de marcar a mudança nesse dia. A resposta foi 50 euros por hora, 2 homens, carrinha e motorista, dois dias para a mudança. WTF? 2 dias? Isso não pode ser. Lá foi a senhora falar com o colega. Quando voltou já eram 4 homens, uma carrinha grande com motorista, 60 euros por hora. Ficou marcado. As outras empresas que custavam 25 ou 30 euros por hora e eram só dois homens por isso achei que ia dar ao mesmo.

Entretanto as coisas começaram a correr mal. Os algerozes estam rotos e começaram a infiltrar água na placa e a pingar na nossa sala. A pintura do tecto já está toda estragada e vamos ver se o chão não começa a saltar. Os algerozes recolhem a água de um lado do telhado, correm ao longo de toda a placa e vão sair nas traseiras. Nós já sabiamos que a casa tinha problemas com os algerozes quando a comprámos porque as paredes por baixo dos pontos de entrada e saà­da dos algerozes estavam em muito mau estado. Só que agora começou a chover e a coisa está pior do que o esperado. O empreiteiro tentou resolver rapidamente a situação antes que o estrago piorasse, fazendo o algeroz sair logo pela fachada do prédio mas isso implica andaimes para montar o tubo do telhado até ao chão. E aqui começa a confusão porque é uma obra que mete a administração do prédio ao barulho e, como é óbvio, quando há mais gente envolvida a coisa começa logo a derrapar.

O administrador é um homem com bastante idade e muito doente que não está em condições de administrar coisa nenhuma, por isso é a filha que tem de tratar de tudo. Já tentei ir lá bater à  porta para discutir os assuntos pessoalmente mas apanhava sempre o homem e não era possível ter uma conversa coerente com ele por isso desisti e passámos a comunicar por cartas colocadas na caixa do correio.

Hoje liga-nos a filha a dizer que não pode ser nada, que é preciso uma reunião de condomà­nio para decidir fazer alterações ao algeroz e que um tubo na fachada do prédio ‘não lhe parece bem’. Estamos lixados. Temos uma situação urgente para resolver e a resposta do condomà­nio é que ‘pode tentar marcar uma reunião ainda este ano’. Estão a gozar comigo.

Entretanto o empreiteiro resolveu borrifar-se para tudo isto e desatou a montar andaimes prédio acima para montar o tubo. Já estamos em guerra com o prédio e ainda nem fomos para lá morar. Dissemos que é a única solução de momento e que é uma coisa temporária até se arranjar uma solução melhor. Vamos ver o que dá. O stress até esta questão se resolver vai estar no vermelho.

Entretanto só temos hoje para acabar de empacotar tudo. Oh boy…

Atrasos

Na quarta feira fui passar a manhã na casa nova, à  espera da entrega das janelas para o sotão e que fossem ligar e fazer a inspecção de gás. As janelas chegaram e pouco depois foi a vez do gás. Não, não ficou ligado

Quando foram desligar o gás e levar o contador, pelos vistos levaram também o redutor que é suposto pertencer à  instalação. Agora recusam-se a ligar-me o gás porque falta o redutor e tenho de comprar um novo. Isto parece-me uma grande aldrabice ou mais uma daquelas situações em que os empregados de uma empresa aproveitam o seu trabalho para fazer algo que lhes encha os bolsos. Por azar, o homem que foi ligar o gás não parece pertencer ao clube dos ladrões porque não tinha nenhum redutor para me vender, e como tal foi-se embora sem me deixar o gás ligado. É preciso ter azar – como é já costume, aliás.

Liguei ao nosso empreiteiro que disse que resolvia esta situação mas hoje já é sexta feira e até agora ainda não está lá a peça. Liguei esta manhã e ele disse que vão montar a peça na segunda de manhã, por isso já marquei nova instalação do gás para a semana. Espero que seja desta mas estou a prever que ainda vai haver um problema qualquer com a inspecção. Maldito gás…

Entretanto tenho já a casa cheia de caixas mas ainda falta empacotar muita coisa. Vamos tentar aproveitar o fim de semana para tratar disso. Consegui finalmente contactar uma empresa de mudanças que me ligou de volta e vêm cá fazer orçamento para a semana. Até agora o contacto com empresas de mudanças tem sido assim: uma veio fazer orçamento e dava um valor exorbitanto – qualquer coisa como 1500 euros – com 5 homens, duas carrinhas, um elevador exterior e polà­cias na rua. Eram 80 euros por hora mais não sei quanto para os polà­cias, o material para proteger os móveis era todo à  parte, etc. Lamento mas não temos orçamento para tanto.

Depois contactei mais duas empresas. uma marcou visita e não apareceu e outra disse que voltava a ligar e nunca mais ouvi falar deles.

Esta última empresa foi quem fez a mudança dos avós do Pedro. Fiz a descrição dos móveis por telefone mas acharam que preferiam vir ver em pessoa por isso espero que apareçam. Neste momento já não tenho certezas de nada.

Quanto aos vidros, já deviam estar prontos e montados há duas semanas e até agora nada. o Sr. Augusto diz que vai hoje ver o que se passa porque também quer ver aquilo acabado, e a escada do sotão é suposto estar finalmente pronta a montar – falta o montar, claro.

Para piorar a situação tenho andado constipada, o que não ajuda. felizmente hoje já começo a sentir-me um pouco melhor e espero estar em condições de fazer tudo o que é preciso este fim de semana.