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Febre misteriosa e sirenes

Ontem à  noite reparámos que o Tiago estava com febre. O facto de dizer que estava cansado e querer ir para a cama foi a grande pista. Geralmente tem a bateria no máximo à  hora de dormir.

Hoje tinha febre de manhã outra vez. Ficou em casa, como é óbvio. Como anda há uns dias a correr para a casa de banho para fazer xixi com muito mais frequência do que o normal resolvemos fazer-lhe uma urocultura. Como a Joana acordou à s 7 da manhã consegui chegar ao laboratório antes da enchente matinal.

Durante o dia o Tiago esteve bem disposto, a brincar, e não voltou a ter febre nem a queixar-se de se sentir mal. O único sintoma anormal continua a ser a frequência dos xixis mas temos de esperar para ver.

Depois de um dia passado só com o meu filho é que percebo quanto a Joana é cansativa. Eu e o Tiago montámos bonecos Hero Factory, fizemos uma história com autocolantes, ele pintou enquanto eu fazia um cartão e fomos conversando sem grande stress.

Com a Joana é mais andar constantemente da cozinha para a sala, da sala para a casa de banho ou fraldário, de voltar para a cozinha, comida, água, fraldas, bacio, procurar bonecos, mãe senta aqui, choradeira constante, colo, não conseguir ir à  casa de banho sozinha, Joana larga isso, Joana não se bate no Tiago, Joana não se atira os brinquedos à  televisão, Joana tira isso da boca… é uma lista infindável.

E não é só a idade, é a personalidade. O Tiago é sério e cumpridor. Contava até três e ele fazia o que eu tinha dito ou pelo menos amuava mas ficava quieto. Com a Joana conto até dois e ela sai disparada a fugir de mim e a rir-se. Se lhe digo que estar em cima de um banco ao lado da fritadeira é perigoso e para sair dali ela responde-me ‘não’ com o ar mais insolente que já vi. Agarro nela e ponho-a no chão e ela liga a sirene anti-aérea. Não é preciso gritar, ralhar ou seja o que for. Basta contrariar a menina. Já percebi que me vai fazer a vida negra e não é só porque tem dois anos.

Bacio e manhas

O treino do bacio da Joana está a correr muito bem. Na escola já passa o dia sem fralda e corre bem, apesar do acidente ocasional.

Em casa, sinceramente, não lhe tiro a fralda durante muito tempo porque ela costuma fazer xixi enquanto está a comer à  mesa e não diz nada e, pior que isso, não quero ter de comprar um sofá novo. No entanto veste normalmente uma daquelas fraldas de subir e descer e já pede muitas vezes para ir ao bacio, mantendo a fralda seca durante largas horas.

O problema é que já percebeu que quando pede xixi nós largamos imediatamente tudo o que estamos a fazer para a levar e começou a usar isso como truque para atrasar a hora da cama. Esta noite levei-a três vezes em que não fez nada mas esteve alegremente a listar os sons de animais que já sabe fazer entre outras grandes conversas. Basta dizer hora de cama para ela dizer “xixi!” e como não quero arriscar o treino, lá vou eu.

E depois nem posso ralhar muito com ela por me estar a enganar para não fazer associações negativas com o bacio portanto tenho mesmo que aguentar até que a fase passe. Os dois anos são mesmo lixados…

Embalar

O tempo que passo com a minha filha ao final do dia, a ler-lhe uma história, cantar para ela e a embalá-la antes de a deitar na cama dão-me uma felicidade e calma indescrità­veis. Apesar do cansaço do dia, quando a vejo deitadinha nos meus braços, com aquele cheirinho a bebé acabadinho de sair do banho, com aquela confiança absoluta em mim e no facto de que ali está segura, como só uma criança pequena consegue ter, sei que vão ser estes pequenos momentos de que vou sentir saudades mais tarde.

Consulta de rotina

Na sexta feira levámos as crianças à  pediatra para as respectivas consultas de rotina – a dos 5 anos para o Tiago e a dos 2 para a Joana.

O Tiago continua no topo da escala de altura, com 118 cm e a Joana continua no percentil 50, com 87 cm. No peso estão sempre mais abaixo, ele com 18 kg e ela com11 mas são saudáveis e a desenvolver-se bem por isso nunca me preocupei com essa parte.

O Tiago tinha feito as suas vacinas na semana anterior e portou-se muito bem, coitado. A segunda doeu um bocado mas nem o ouvi berrar por isso aguentou-se bem (eu fiquei na sala de espera com a Joana para ela não ficar preocupada com a reação do irmão).

Joana com 2 anos

A examinar a sua boneca com o novo estetoscópio

No sábado a Joana fez dois anos. É estranho como me parece que os dois primeiros anos do Tiago passaram muito mais devagar do que os da Joana. Por outro lado ela também começou a falar muito mais cedo e por isso temos sempre a ideia de que é mais crescida por se explicar tão bem. Há meses que já faz frases completas, pede sem problemas tudo o que quer e faz-se compreender muito bem. Tem muitas palavras que ainda diz há bebé, como ‘tuta’ em vez de fruta, mas um bebé não teria piada nenhuma se não passasse por isso 🙂

O seu nome ainda não sabe dizer bem e começou a referir-se a ela própria como Nana e tenho a impressão que cá por casa está a pegar. Tiago, porém, diz sem problemas mas a adoração do mano é óbvia, apesar de também se desentenderem muitas vezes. Quando o Tiago ralha com ela ela vinga-se com umas palmadas, beliscões, dentadas ou pontapés, mas e mais para ver até onde a deixam ir do que por crueldade. Assim que alguém ralha com ela por se portar mal, desata a chorar como se fosse o fim do mundo.

É também perita em birras com todos os requintes, desde amuar com o lábio de baixo todo para fora e braços cruzados como atirar-se para o chão a espernear (algo que, felizmente, já acontece com menos frequência). Por outro lado as birras também são fáceis de desarmar e passam rápido.

Passou a tomar banho com o irmão o que tornou a hora de banho mais um momento de brincadeira do que de birras. Vão os dois a correr para a casa de banho a gritar “banho! Yay!” e para nós é óptimo porque dá muito menos trabalho do que à  vez.

No inicio do verão a Joana começou a fazer xixi no bacio e na escola já passa a manhã sem fralda. Acho que ainda é um bocado cedo e que ela não tem ainda inteiro controlo da situação mas fica muito feliz quando consegue e batemos todos palminhas. Os cocós é que ainda não. A educadora sugeriu que tentássemos tirar-lhe as fraldas durante as férias mas eu vou sempre seguir-me pela Joana, não a tentando obrigar a fazer algo para o qual ela ainda não tem maturidade suficiente. Como já percebeu a ideia penso que daqui a mais uns meses ela irá naturalmente dar os sinais necessários para o fim das fraldas.

Em termos de afecto, continua a ser muito meiguinha, dando imensos abraços e beijinhos espontaneamente. Ainda fico surpreendida por vezes porque o Tiago não era assim nesta idade. Só no último ano, talvez, é que começou a ter uma maior demonstração de afecto.

A festa de anos foi em famà­lia, com a ausência do meu irmão, cunhada e sobrinho que se mudaram recentemente para Inglaterra e correu bem. O Tiago faz sempre umas birrazitas de ciúmes ao inà­cio, mesmo recebendo umas prendas, mas o tio Filipe consegue dar-lhe a volta 🙂

Acho interessante que quando recebem as prendas muitas vezes não ligam nenhuma mas nos dias seguintes fartam-se de brincar com as coisas novas. Vou ter é de começar a fazer doações ou arranjar caixas para o sótão porque os quartos estão já demasiado cheios de bonecada.

A mãe de todas as gripes

Na semana passada o Tiago esteve doente com amigdalite. Ao fim de uns dias de antibiótico voltou à  escola para não perder a visita de estudo ao teatro e o dia de carnaval da escola, onde foi pelo terceiro ano vestido de Spider-man (pelo menos nos fatos de carnaval sai-nos barato).

No sábado estava com febre outra vez, queixava-se de dores de cabeça, dores de garganta e náuseas. Piorou no domingo e eu também me comecei a sentir mal, principalmente cheia de uma tosse incessante – se há coisa certa é que apanho os và­rus dos miúdos todos. As infecções nem por isso, mas os và­rus não falham. A febre do Tiago esteve altà­ssima durante todo o domingo e foi preciso ir alternando o Benuron com o Brufen. Eu à  noite comecei também com febre e por volta das 6 da manhã acordei a tremer de frio e temperatura acima do 39. Como a minha temperatura normal é 35.5, 37 já é febre, quanto mais 39. Lá tomei qualquer coisa e estive para ali a bater o dente uma eternidade até começar outra vez a sentir-me mais normal. Dormir é que se tornou impossível.

Quando foi hora de levantar estava um zombie. Doà­a-me tudo e só o esforço de me vestir fez com que quisesse voltar para a cama. No such luck. Dia de limpezas implica que pelo menos durante a manhã tenho que estar vertical. OK, vertical era pedir muito, mas fiz os possà­veis.

Com dores de cabeça permanentes, tosse constante e a certeza de que me tinham largado uma casa em cima durante a noite, arrastei-me pelos cantos até poder finalmente enfiar-me na cama. Como não estava sequer em condições de lidar com os miúdos, o Pedro ficou a trabalhar em casa para estar de olho neles e a minha mãe apareceu a meio da tarde para fazer baby-sitting enquanto eu estava basicamente knock-out. Ocasionalmente ouvia a gritaria do Tiago, que ao terceiro dia já estava bastante recuperado, e depois apagava outra vez. Não sei se é da idade ou da frustração de não estar a conseguir  cumprir as minhas obrigações de mãe mas não me consigo lembrar de alguma vez ter estado assim tão mal.

Na terça mandei o Pedro trabalhar e resolvi que já me safava apesar de continuar com febre e com a maldita dor de cabeça que não passava com medicamento nenhum, mas pelo menos já conseguia andar. A minha mãe voltou cheia de boa vontade para ajudar a tomar conta dos miúdos mas sinceramente a ajuda foi pouca porque em vez de eu estar quietinha no sofá acabei de pé de um lado para o outro, fiquei cheia de dores de garganta do esforço de falar e ainda tive que arrumar a cozinha porque os meus pais resolveram almoçar cá em casa. Oh well… É a intenção que conta, certo?

à€ noite foi a Joana que começou com febre e eu passei o tempo a acordar ou com tosse ou febre.

Na quarta de manhã achava que estava finalmente a melhorar. Consegui brincar com as crianças de manhã mas à  hora de almoço comecei a sentir-me pior outra vez. Quando a Joana acordou da sesta estava com 39.3 e eu lá perto, com 38.8. Estive na cozinha a preparar comida para eles a sentir-me a ferver e cheia de arrepios e tonturas. Cheguei ao ponto de meter o número de telefone do Pedro em speed dial e explicar ao Tiago como ligar se eu por acaso caà­sse para o lado e batesse com a cabeça. OK, se calhar foi um bocado demais mas da maneira como me sentia naquele momento achei que mais valia prevenir.

Esta noite foi mais do mesmo, com a minha tosse a não deixar ninguém dormir e febre à  1 da manhã. 4 dias de febre alta para uma simples gripe? Nunca na vida!

Hoje senti-me finalmente melhor mas aprendi a lição: é só de manhã portanto mais vale aproveitar. Estive a por em dia as tarefas em atraso de uma semana – mudar lençóis das camas, por os babetes da Joana de molho e lavar, mudar as pedras dos gatos, etc.

Tal como previsto, ao meio dia voltaram as dores várias e a tosse parece ter decidido que ainda não estava irritante o suficiente e multiplicou os seus esforços. Pelo menos não voltei a ter febre.

Na sexta feira passada tinha decidido qual o rumo a seguir no que diz respeito a trabalho e mudança de carreira (ou tentativa de mudança, pelo menos – vamos ver se funciona). Entretanto já perdi uma semana em que não consegui fazer absolutamente nada. O universo anda a gozar comigo.

Passeios, danças e livros de pintar

Agora que já anda com confiança, a Joana não quer outra coisa. Até já experimentei deixar o carrinho em casa porque ela quer mesmo é andar a pé. O problema é que demoro o triplo do tempo a fazer o percurso.

Também está na fase de gostar muito de dançar e cantar, faz os gestos das músicas que aprende na escola e começa logo a abanar-se quando pomos música a tocar. Continuo, porém, a achar que o Tiago a dançar NIN era muito mais divertido, especialmente porque a Joana parece preferir as músicas do Panda.

No fim de semana fomos à  procura de livros de pintar porque o Tiago começou finalmente a interessar-se por isso, passando bastante tempo sentado à  mesa com marcadores ou lápis de cor. Cometemos o erro de ir ao Toys’r’Us. Não encontrámos nada de jeito e a Joana começou a agarrar todos os brinquedos que encontrava pelo caminho. Se tentava voltar a arrumar os mesmos puxava gritando ‘Meu!’ e eventualmente desatava a berrar. Estando mal habituados com o Tiago que mexia nos brinquedos mas nunca pedia nada, estamos lixados com a menina Joana.

Joana, 18 meses

A Joana chega aos 18 meses toda independente. Quer fazer tudo sozinha sem ajuda – comer, andar na rua e até descer escadas. Por razões óbvias isto causa algumas birras (especialmente as escadas, claro – a miúda é um perigo).

Recusa-se a comer se não for ela de colher na mão e já nem aceita que eu tenha outra para lhe dar umas colheradas nos intervalos, que isso é para bebés. Já come os cereais de pequeno almoço (estrelitas com leite) sem qualquer ajuda, o puré de fruta só comigo a segurar na embalagem para não tombar e até quer comer a sopa sozinha, algo que me causa algum desconforto por causa da porcaria. Mas tenho que deixar porque de outra forma ela não come nada. Quanto a sólidos, está na fase do pão. Já sabe dizer pão e água por isso percebe-se logo quando tem fome ou sede. O problema com os sólidos é que, tal como o irmão, quando já não quer mais vira o prato ao contrário e usa-o como chapéu e lá vai o resto da comida para a mesa, calças ou chão. É a fase da porcaria.

Na rua demoramos uma eternidade a chegar a qualquer lado porque a Joana só quer andar a pé, sem dar a mão. É muito giro vê-la a andar mas custa um bocado demorar 10 minutos para chegar ao carro que está estacionado a 5 metros. E o pior é que anda sempre com o seu coelhinho a arrastar no chão e depois vai mete-lo na boca, claro.

Continua a demonstrar comportamentos tà­picos de menina e apesar de brincar com carros e aviões como o Tiago nota-se que adora bonecas e animais de peluche, algo a que o Tiago nunca ligou. Na passagem de ano andou para lá de bebé ao colo a dar biberon. Nunca pensei que as miúdas nascessem logo assim. Estava convencida que isso era puramente influencia da educação e falta de disponibilidade de brinquedos mais ‘masculinos’ para as meninas, mas cá em casa isso não é verdade e o comportamento dela é claramente diferente do do irmão na mesma idade.

Gosta muito de dançar e 8infelizmente para mim) já conhece e adora a músicas todas do Panda que dança já tentando fazer os gestos e tudo. Mas pronto, eu na primária também cantava músicas das Doce com uma vassoura a fazer de microfone. Faz parte.

A Joana também tem uma grande obsessão com sapatos – cheguei a ter de descalçar os sapatos que tinha escolhido para usar na passagem de ano porque ela não me largava os pés – e ao contrário do irmão que só quer é andar descalço, a Joana não descansa enquanto não tiver calçado os sapatos. Agora que tem mais do que um par é ela que decide quais é que calça. Parte disso é da idade – tentar calçar-se sozinha – mas não é só. Também gosta muito de vestir o casaco, que vai buscar para a ajudarmos a vestir, e a que chama ‘cacaco’. Outras palavras novas são ‘papéu’ (chapéu), Tati (o coelhinho dela), ta-tai (sentar) e caiu. Ontem disse ‘lasagna’.

Aos 18 meses a Joana tem já 10 dentes: 4 à  frente em cima, dois em baixo e mais 4 molares (2 em cima e 2 em baixo).

Joana, 17 meses

A Joana chega amanhã aos 17 meses. Está cada vez mais alta, como seria de esperar, com cerca de 80 cm, continua bem disposta e muito faladora. O seu vocabulário continua a aumentar aos poucos e parece fazer um esforço por repetir as nossas palavras e dizê-las bem. Diz ‘pão’, mão’, ‘agua’ e depois mais uma série de outras palavras que não se percebem tão bem. Quando quer sair da mesa ou colo diz ‘ama’ que presumo que seja a sua forma de dizer ‘anda’.

Achei interessante o facto de dizer rapidamente que sim com a cabeça quando lhe faço uma pergunta mesmo quando não percebe bem o que estou a perguntar. O Tiago dizia primeiro que não a tudo – são completamente opostos numa série de coisas. Mas a Joana também já sabe dizer que não e é algo que faz com toda a confiança se não quer algo.

Graças ao irmão e aos fins de semana de cheat day das dietas, anda a descobrir novos sabores tal como cheetos, donuts e outras coisas do estilo. Para ela é tudo pão – pão, bolachas, donuts, qualquer bolo, massa, arroz – por isso já tive uma situação em que ela estava à  mesa a pedir pão, fui buscar e ela abana logo a cabeça com um não. Queria era o donut que estava guardado na prateleira.

O que é bom é que já come tudo sozinha, até os cereais de pequeno almoço à  colher. Na fruta ainda ajudo – ela tem uma colher e eu tenho outra – mas é mais para evitar que vá tudo parar ao chão acidentalmente. Esta parte é um alà­vio. Não há nada melhor do que eles começarem a conseguir fazer tudo sozinhos.

Desde que começou finalmente a andar que não quer outra coisa e nunca mais gatinhou. Já só quer andar sozinha na rua, sem dar a mão nem nada. Está naquela fase de independencia que é um perigo porque há alturas em que se aproxima da estrada ou quer subir ou descer escadas sozinha e farta-se de berrar em protesto quando a vou lá buscar.

Nas brincadeiras, já há algum tempo que domina os jogos de enfiar argolas no poste ou encaixar formas simples. Fica frustrada facilmente mas com algum feedback (palminhas quando consegue, etc) lá vai repetindo e tentando novamente.

Outra diferença obvia em relação ao irmão é que a Joana adora bonecos. Anda sempre agarrada aos peluches e adora todos os bonequinhos, desde as Bratz que eram minhas aos bonecos do Ben 10 do irmão. Se tem cara ela gosta. O Tiago nesta idade só ligava a carros e,  tirando o seu ursinho de dormir, não ligava nenhuma aos peluches. Por outro lado, agora gosta imenso de brinquedos que normalmente são de menina – Jewel Pets, Vamprincesas, etc.

Ontem fomos à  primeira festa de Natal da escola da Joana. Ela esteve bem, sem chorar, sentada no seu sí­tio. Abanou-se muito ao som da música e bateu palminhas e tirando a ocasional expressão de ‘WTF?’ pareceu divertir-se mais do que eu esperava. Não fez os gestos da coreografia (tem 1 ano, o contrário é que seria de espantar) mas também não amuou a um canto como o irmão faz todos os anos. Vamos ver se continua assim ou se ganha aversão ao palco.

Joana, 15 meses

Aos 15 meses a Joana já dá uns passos sem apoio nem ajuda mas sempre com o olho no próximo ponto onde se pode agarrar. Se se distrai anda sem problemas mas parece que lhe falta a confiança noutras situações.

Em termos de alimentação, é um bocado como o Tiago. Come pouco e não vale a pena insistir. Quando acha que já chega empurra o prato e diz ‘já está’. A partir daà­ só lhe consigo dar mais comida se for uma coisa diferente que a tente. Se a conseguir distrair o suficiente para lhe dar mais uma colherada e ela não quiser, cospe tudo fora. Apesar de tudo, geralmente não come mal. Come bem a sopa, geralmente come a fruta, e se os sólidos forem algo que lhe agrade também vão. Muitas vezes é só metade da quantidade que tinha no prato mas desde que seja um bocadinho de cada coisa já não é mau. Tem é de comer sozinha dentro do possível ou pelo menos ter uma colher na ão para tentar.

A diferença maior em relação ao Tiago é que a Joana não gosta de leite. Como teve de andar 6 meses a comer papas com o leite hidrolisado, quando mudámos para o outro, apesar de já não vomitar, nunca se habituou ao sabor e recusa. A solução foi dar-lhe iogurtes e pão em vez de papa. Começámos agora a tentar introduzir outro tipo de cereais de pequeno almoço, para ser mais parecido com o que o irmão come, mas vai demorar até se habituar.

No desenvolvimento da linguagem vamos bem. A Joana acrescentou Tiago, ‘já tá’, anda, e o incontornável não à s palavras que já dizia regularmente. Adeus é ‘ta’ que não sei se será uma tentativa de dizer ‘tchau’.

Fomos à  consulta na passada sexta feira, a meio do que tem sido uma fase de doença constante. Ela tem andado com febre dia sim dia não, teve um fim de semana de vómitos e diarreia mas parecia estar a ficar bem no final da semana passada, tirando o nariz ranhoso que é mais ou menos permanente nesta idade. Não tosse, não se queixa e geralmente está de bom humor excepto quando a febre sobe, altura em que fica com aquele olhar mais vidrado, mas até agora não se tinha determinado nada que indicasse mais do que os virus tà­picos da creche e mudança de estação.

A Dra. Paula examiou-a de cima a baixo e não viu nada fora do normal, ao ponto de dar indicação para fazermos as vacinas ao fim de uns dias. Infelizmente, logo no dia seguinte, a Joana acordou muito mal disposta, fez uma birra monumental ao pequeno almoço e à  tarde estava com febre outra vez. No domingo já não tinha nada outra vez. Na segunda acordou com 37.5 pelo que teve de ficar em casa novamente mas à s 10 da manhã já estava OK sem eu lhe ter dado medicação nenhuma e esteve bem o resto do dia. Nessa noite a coisa voltou a piorar, com febre acima dos 38.

Os meus sogros sugeriram que poderia ser uma infecção urinária, cujos sintomas nos bebés são mais difà­ceis de identificar, mas quando passaram cá ao final do dia ficou estabelecido que tinha mas era uma amigdalite. Não me espanta. Já estava fraquinha das viroses e passa a vida a chuchar nos coelhos que, por mais que eu lave, devem acumular bactérias ao kilo.

Começou ontem o antibiótico, que é quase impossível de dar sem ela cuspir tudo, e fica em casa o resto da semana para ver se agora aguenta pelo menos uma semana ou duas antes de apanhar outra porcaria qualquer.

Andamos nós a pagar quase um salário mà­nimo nacional para a creche e depois ela passa quase o mês todo em casa. E eu ainda com coisas para tratar do fecho da empresa, que têm de ser resolvidas até ao final do mês…

Mais um virus vencido

No domingo acabámos por não ir almoçar a casa do meu irmão, para limitar o contacto deles com o virus da Joana. Passámos lá só um bocadinho mais tarde, para cantar os parabéns ao Gabriel e dar as prendas. A Joana vomitou durante a viagem de carro e esteve muito rabujenta e o Pedro também se começou a sentir mal, por isso viemos embora o mais depressa possível.

Na noite de domingo para segunda eu comecei a sentir dores no està´mago e assim que me levantei percebi que também tinha apanhado a virose. Como o Tiago ainda não tinha dado sinais de problemas, resolvemos levá-lo à  escola, nem que fosse para estar longe do contágio por umas horas, mas já não fomos a tempo. Duas horas depois liga a educadora a dizer que ele tinha vomitado.

E foi tudo o que fez durante a segunda feira. Não aguentava nada no està´mago, nem água dada à s colherinhas. Ao fim de uns minutos vinha tudo fora. Felizmente não chegou a ter diarreia e na terça já parecia bem, cheio de fome e bem disposto. Eu também só estive mal um dia e a Joana ontem também já não tinha nada.

O Pedro parece ter sido o único que não se safou intacto desta treta porque ficou com o està´mago todo lixado e passou o dia de hoje cheio de dores. Lá acabou por ir ao posto médico ao fim do dia, porque já não sabia o que fazer mais, e voltou medicado. Parte da medicação parece ser leitinho com chocolate frio e gelado – que chatice, não é? 🙂 Acho que o Tiago teria gostado deste remédio (se não fossem as dores brutais, claro).

Hoje as crianças já voltaram à  escola e parece que correu tudo bem. Aproveitei o dia para acabar de refazer a home da Nitro que já não fazia sentido como site de empresa e mais uns detalhes de design aqui e ali que ainda andavam pendurados.

Ainda falta fazer etiquetas com o novo logo, para levar umas peças para a loja de Lisboa e depois é atirar-me à s peças novas que o tempo até ao Natal já começa a ser pouco. Perder duas semanas com viroses lixou-me o calendário todo.

O Pedro escreveu sobre isto aqui.

Raios que está outra vez doente

Pois é, a Joana está a sofrer o resultado do primeiro mês de creche. Esteve com febre no fim de semana passado, voltou à  escola dois dias e hoje acordou com vómitos e diarreia.

Quando a fui buscar ao quarto vi logo que ela não estava bem porque estava com um choro insistente e agudo sem razão aparente. Quando chegou à  cozinha só queria era beber à gua. Depois de um copo cheio vomitou tudo fora. Foi mudar de roupa e depois tentei dar-lhe comida mas ela não estava muito interessada. A única coisa que aceitou foi um iogurte. Depois veio a fralda, indescrità­vel, que implicou mudar-lhe a roupa toda.

Ao almoço parecia finalmente interessada em comida, depois dormiu uma hora e quando acordou vomitou o almoço por digerir, seguindo-se nova diarreia. Pronto, aceitámos a situação e vamos fazer o melhor possível.

Fiz um chazinho com açucar, que ela não aceitou muito bem, continuando a preferir beber água e ao lanche lá comeu um bocado de banana mas mais nada. De vez em quando lá vinha mais um cocó là­quido, mas em quantidade mà­nima porque não tinha comido nada.

Ao jantar foi uma questão de lhe meter tudo à  frente e deixá-la escolher: arroz, torrada, banana, chá, água… Foi um bocadinho de cada coisa, seguida de mais um cocó, ainda là­quido mas em maior quantidade. É mau pela desidratação mas pelo menos quer dizer que a pouca comida lá passou do estomago.

O problema destas coisas com os nossos filhos é que eles já são magros e quando passam uns dias assim perdem imenso peso. Nós tentamos não os forçar a comer, preferindo dar-lhe coisas que eles gostem sempre que possível para as refeições não serem um campo de batalha mas mesmo assim não posso dizer que comam grande coisa a maior parte do tempo. Quando se trata de um bebé com pouco mais de um ano, a coisa complica-se ainda mais e é difà­cil não ficar preocupada com a desidratação e perda de peso.

Ainda por cima amanhã é suposto irmos ao aniversário do meu sobrinho e agora não sei se dá. Já o ano passado o Tiago ficou doente nesta altura e agora é a Joana. Por um lado não quero ir espalhar o và­rus mas por outro não queria perder mais um aniversário do Gabriel, meu único sobrinho. Vamos ver como corre a noite e a manhã…