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Urgência

No último mês foi necessário enfrentar uma situação familiar que não deixa ninguém calmo.

A minha mãe ficou gravemente doente e está internada há uma semana. Este internamento veio uns dias depois do diagnóstico, numa fase em que os sintomas eram já bastante graves.

Antes de ir à urgência, a minha mãe quis ir passar uns dias no Alentejo em famà­lia, aproveitando o facto do meu irmão estar em Portugal. Pode parecer estranho adiar o internamento e nós também fizemos alguma pressão para ela ir ao hospital mais cedo, mas compreendemos e aceitámos a decisão. Ela sabia que quando fosse ao hospital era para ficar e o que vem a seguir não é agradável. Queria uns dias de normalidade para se preparar mentalmente para o sofrimento que se segue.

Ontem fui visitá-la depois da cirurgia que, àsegunda tentativa, correu bem, mas ainda falta um longo caminho pela frente com mais cirurgias e tratamentos.

As visitas nesta altura são muito estranhas. Ela tem de vir à porta e fica do lado de dentro e nós do lado de fora. Com as máscaras e o barulho das ambulâncias a passar atrás de nós, mal se ouve o que dizemos. Mas pronto, é o que se pode fazer neste momento.

Estamos a passar um dia de cada vez e com esperança do melhor resultado possível, enquanto ela lá está no hospital, bem tratada mas naquele ambiente de barulho constante, exames e análises frequentes (a do covid para além das outras que necessita) e pouco descanso.

Que raio de verão que vamos todos ter este ano.

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