Quando comecei a interessar-me por fazer bijutaria, aquilo que mais me atraia era o trabalho exclusivamente em arame, que permite fazer peças lindas e extraordinariamente complexas sem serem necessários muitos materiais ou ferramentas. Umas contas, uns rolos de arame e dois ou três alicates são suficientes.
Fiz na altura muitos pendentes, anéis e brincos com algumas destas técnicas, incluindo tricot e crochet em fio metálico fino. Havia tantas técnicas para experimentar que cada peça era única e diferente da anterior.
Recentemente tenho vindo a desenvolver as técnicas de joalharia, mas esse gosto pelo trabalho em fio metálico manteve-se e hoje em dia estou à procura de formas de conjugar ambas as técnicas em peças hibridas. A pulseira que estou a fazer agora será um exemplo disso mesmo.
No entanto, quando preciso de estar a fazer qualquer coisa com as mãos mas não me apetece ter de estar amarrada à bancada (nomeadamente à noite ou nas horas que passo em salas de espera), tenho feito novas peças só em arame. A técnica que mais me atrai hoje em dia é wire weaving, que é basicamente cestaria com metal só que para fazer pendentes e brincos em vez de cestos 🙂 Acaba por ser semelhante a fazer crochet só que sem precisar de agulha. Dá imenso trabalho e requer uma paciência fenomenal mas acho que o resultado compensa o esforço.
Comecei por tentar seguir alguns tutorials, principalmente para ver como outros artistas resolvem alguns dos problemas técnicos tàpicos destas peças – onde prender um determinado fio, que técnicas usam para prender pedras sem furo, etc. Aprendi muita coisa mas nunca consigo seguir um tutorial do princàpio ao fim. Não é só por não querer copiar, porque copiar é a melhor forma de aprender. É mais porque as minhas preferências se começam a sobrepor e começo a improvisar ou porque o tutorial requer materiais que não tenho e é preciso adaptar e arranjar outra forma de chegar ao resultado que se quer. Essa é a parte melhor. É por isso que duas peças nunca saem iguais, mesmo quando são feitas pela mesma pessoa.
– When I first started making jewellery, my favorite technique was wire wrapping because it requires so few tools for such stunning results.
Recently I’ve been refining my jewellery knowledge but I still love wire work so I’m now working on combining soldering with wire wrapping and weaving, to make hybrid pieces.
On those quiet nights when I have nothing better to do but I’m too tired to sit at my jewelleer’s table, I’ve gone back to working with wire, and especially doing wire wrapped pendants and earrings. It’s a lot of qork and requires a great deal of patience but I feel it pays off in the end.
At first I followed some tutorials to see how other artists solve some of the more typical issues, such as where to tie off certain wires ou how to securely attach an undrilled stone. I learned a lot but I can never follow a tutorial faithfully. My personal preferences get in the way and it starts to bother me how a pendant doesn’t have a bail, for instance, or just because I don’t have the same kind of bead or stone, so I’ll improvise. It’s the great thing about handmade stuff. Unless you make a true effort in that sense, no two pieces turn out alike.