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Art journals e mixed media

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De vez em quando sinto falta de brincar com tintas e fazer layouts. Normalmente limito-me a fazer cartões e isso muitas vezes chega, mas recentemente senti-me tentada a experimentar outros materiais, nomeadamente os acrà­licos, e gostei da ideia de misturar diversos materiais em colagens.

Como tenho andado numa onda steampunk, comprei finalmente uns cortadores de rodas dentadas para a Sizzix e uma série de stencils e atirei-me a uns projectos de mixed media.

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Mixed media não é mais do que um projecto artà­stico onde se utilizam ao mesmo tempo diversas técnicas e materiais – tintas, carimbos, colagem, desenho, inclusão de fotos, botões, caricas, peças metálicas diversas, etc. Basicamente, vale tudo. O aspecto final varia de acordo com o gosto pessoal de cada um. É um conceito altamente libertador para quem gosta de experimentar e divertir-se com a expressão artà­stica mais do que estar preocupado com detalhes técnicos. E apesar de ser conveniente ter algumas noções artà­sticas, nomeadamente a nà­vel de cor e composição, é algo que está ao alcance de qualquer pessoa que se queira aventurar a sujar as mãos com tinta e cola. É uma coisa muito associada ao scrapbooking e que também é usado para fazer telas decorativas, com ou sem fotos.

Os acrà­licos funcionam muito bem como tinta de eleição para este tipo de projecto porque agarram bem a diversos materiais, têm um bom poder de cobertura e secam depressa. O segredo está no uso de gesso acrà­lico como primário antes de aplicar a cor. O gesso acrà­lico é usado na preparação de telas e serve também para criar aderência nos restantes materiais, desde cartão e madeira a plástico e metal. Um pote de 500 ml custa cerca de 10 euros mas dura imenso tempo. Há marcas mais caras, mas para começar, a linha escolar “campus” da Raphael serve perfeitamente.

Quanto à s tintas acrà­licas, a diferença entre as marcas mais baratas e as mais caras é a densidade do pigmento. Ou seja, um acrà­lico comprado na Tiger é altamente transparente, com muito pouco pigmento, enquanto que uma tinta profissional como a “Rembrandt” da Talens tem uma cobertura fantástica logo na primeira camada. A linha “Galeria” de Windsor & Newton é um pouco mais barata do que a Rembrandt e também é bastante boa. É uma questão de ver o orçamento e experimentar algumas marcas até se encontrar a que se gosta mais.

alguns materiais usados em mixed media
alguns materiais usados em mixed media

De qualquer forma, não é necessário começar com muitas cores. Os básicos são azul, amarelo e magenta, branco e preto, mas nem sempre estas são as cores ideais para começar porque varia de acordo com os gostos da pessoa e o que se quer fazer a nà­vel de cor – para uns pode conter só tons pastel, pode ter mais verdes e castanhos para quem gosta de paisagens, etc. Para escurecer as cores deve-se usar um castanho (sienna ou umber) ou uma cor complementar em vez de preto que só faz as cores ficarem lamacentas.

A minha sugestão para uma palete básica é a seguinte:
– Amarelo cádmio médio
– Vermelho cádmio escuro ou médio
– Azul phthalo
– Branco (um frasco grande, porque sai mais económico e usa-se muito)
– Raw Sienna ou Burnt Umber (usado para escurecer as cores)

Quando se quiser expandir a palete pode-se adicionar mais cores como:
– Azul ultramarino ou cobalto (mais arroxeado)
– Magenta
– Amarelo ocre
– Amarelo Limão (mais frio)
– Verde phthalo
– Raw umber
– Cinzento Payne
– outras cores que que se usa muito como roxo, laranja, etc. É mais fácil do que estar sempre a fazer misturas.
– cores metálicas (dourado, prateado, cobre, bronze)

Os sprays são muito usados em mixed media. Inicialmente fiz sprays com gouache mas não gostei porque não mesmo depois de secos continuam a reagir à  água, por isso resolvi usar os acrà­licos para fazer spray. Comprei as garrafinhas vazias (nas lojas chinesas custam uns 60 cêntimos cada uma) e reutilizei sprays que tinha em casa – de perfume, gel para o cabelo, etc.

O problema é que, apesar do acrà­lico ser solúvel em água, não se deve misturar com demasiada água porque as moléculas de pigmento ficam demasiada afastadas entre si e a tinta não agarra ou cai passado algum tempo. Ou seja, nunca se deve misturar tinta acrà­lica com mais de 30% de água. Por isso, para fazer spray acrà­lico há duas opções: ou comprar tinta là­quida para aerógrafo, que já vem dissolvida na proporção correcta mas sai um bocado cara se quisermos muitas cores, ou comprar um medium là­quido (nas lojas chamam-lhe “médio” mas o termo correcto deveria ser “meio acrà­lico”, como em “meio aquático”, por exemplo) que nos permite fazer os sprays com as tintas que já temos. Não fica particularmente mais barato mas depende da quantidade que se quer fazer de cada cor.

Para os meus primeiros projectos, resolvi decorar umas capas de cadernos. Andava com vontade de fazer um art journal e a capa pareceu-me uma excelente forma de começar.

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Comecei com um caderno tipo Moleskine, de capa dura. O primeiro passo foi cobrir a capa com gesso acrà­lico, mas não é obrigatório começar por aqui. Na verdade, em projectos futuros acho que vou colar os elementos todos primeiro e só depois é que aplico o gesso. Porém, se a capa tiver um desenho prévio pode ajudar ter uma camada branca em vez de montes de cores e desenhos que podem ser difà­ceis de ignorar quando estamos a fazer a composição.

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Usei stencils e pasta de modelar (que pode ser vista na foto acima, ao lado do gesso) para criar alguma textura no fundo. Demora bastante tempo a secar mas tem mesmo de secar ao ar, completamente, antes da fase seguinte. Colei também bocados de gaze com cola branca.

Colei as minhas rodas dentadas, cortadas na Sizzix, e cobri tudo com mais uma camada de gesso. Quando trabalhamos só com papel ou cartão podemos usar cola branca. Quando se incluem peças metálicas, de plástico, resina, Fimo, etc, é que já convém escolher uma cola que funcione com estes materiais. Geralmente uma coisa tipo UHU là­quida serve perfeitamente.

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Pintei com acrà­lico e usei alguns carimbos no fundo. Escolhi uma cor escura para o fundo porque queria dar o toque final com dourado e funciona melhor se o fundo for escuro.

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Apliquei spray turquesa por cima da cor de fundo, para criar alguma variação de cor mas sem ter um ar demasiado controlado. Usar uma esponja também funciona mas pode deixar riscos, se for mal aplicada.

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Acrescentei algumas peças metálicas e de plástico, para dar mais um bocado de textura. Voltei a aplicar gesso nestes elementos e pintei.

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Por fim passei tinta dourada só nas zonas em relevo para iluminar as texturas. Pode-se usar a ponta do dedo ou um pincel achatado, seco.

Este tornou-se o meu art journal. Não é o melhor caderno para o efeito porque as páginas são muito finas, mas tenho feito umas coisas giras com ele. Antes de arranjar uns godés improvisados (caixas de lentes de contacto) custava-me imenso deitar tinta fora quando sobrava. Como o acrà­lico seca depressa, ou se usa logo ou vai fora. Para evitar isso comecei a pintar páginas deste primeiro caderno com as cores que sobravam. Ficava assim com uma cor de base sobre a qual trabalhar. Considerando que sofro muitas vezes do pânico da página em branco, ter algo por onde começar é sempre bom 🙂

O objectivo de um art journal é obrigar-nos a fazer algo criativo todos os dias, nem que seja durante 10 minutos. Na faculdade tive um diário gráfico, que é semelhante mas mais virado para o desenho, especificamente. É uma forma dos alunos se habituarem a desenhar todos os dias e terem sempre consigo papel e um lápis ou caneta para fazer esboços rápidos sempre que encontram algo interessante.

O art journal é semelhante mas é mais sobre experimentar materiais e técnicas. Há quem o torne uma coisa parecida com um scrapbook, colando uma foto do dia e depois decorando o resto da página, há quem escreva poesia sobre um fundo colorido, quem goste de guardar citações, letras de músicas, frases inspiradoras, etc, como base do layout. Tudo é legà­timo e aceitável e o processo é inteiramente pessoal e livre.

Estas são as primeiras páginas que fiz no meu art journal:

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Primeira página, com o nome da pessoa a quem pertence o diário. Há quem ponha também a morada e telefone, para o caso de perder o livro mas o meu não sai de casa, por isso não é preciso.

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Esta página foi feita no dia em que o Pedro se foi embora. Há dias em que o tema é fácil.

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Aqui diverti-me a fazer o fundo mas não acabei a composição. Não tem de estar tudo feito no próprio dia. A vantagem é mesmo essa – não há regras. É um espaço para experimentar e fazer o que quiser.

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Esta foi uma tentativa de partilhar a experiência com os meus filhos. O Tiago adorou os stencils e os sprays e a Joana queria fazer tudo igual a mim 🙂 Ela ainda participou mais uns dias mas o Tiago não ficou interessado.

Sei que nada disto ficou espectacular mas o objectivo não é esse. É apenas divertir-me e experimentar materiais e técnicas sem medo de “estragar”. Essa liberdade é algo que me custa muito, à s vezes. Tenho uma grande tendência para o controlo e o perfeccionismo, que é óptimo nalgumas coisas mas péssimo para expressão artà­stica e criatividade.

Apesar de ter piada fazer páginas do diário, o que gostei mesmo foi fazer as capas. De tal maneira que agarrei em todos os cadernos que havia cá por casa e comecei a decorar capas em série.

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Este é o meu caderninho da joalharia, onde esboço as peças que vou fazer e tomo notas dos detalhes de construção de cada uma das peças.

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Este é o meu caderno de técnicas, onde tomo nota de todas as informações que possa precisar de rever mais tarde.

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Por esta altura uma colega da joalharia que gostou do trabalho que eu estava a fazer encomendou-me uma capa para um caderno dela. Como o caderno tinha capa flexà­vel, fiz todo o trabalho sobre um cartão que depois foi colado no caderno.

Também usei uma técnica ligeiramente diferente porque ela pediu para as cores serem mais claras. Escolhi uma palete de praia – azul, verde e tom de areia e pintei os elementos a colar separadamente para ficarem com uma cor contrastante do fundo.

Depois, como já não tinha mais cadernos, atirei-me aos do Pedro 🙂

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Estava com os azuis e verdes na cabeça, por isso usei as mesmas cores neste pequeno caderno. Com os do Pedro mantive as coisas mais simples porque são cadernos de desenho e a capa com muito volume dificultaria o uso dos mesmos.

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Este ficou com umas cores giras, parecidas com a primeira capa que fiz mas sem usar spray, só que acho que ficou com pouco contraste entre os elementos em relevo e o fundo. Ainda sou capaz de dar mais um toque.

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Este é o meu favorito. Já tinha o tà­tulo por isso limitei-me a construir o resto, com esse tema em mente. Usei um vermelho escuro de fundo o que torna os highlights em vermelho vivo muito mais nà­tidos. à€ volta escureci com preto.

E pronto. Se quiserem saber mais sobre mixed media podem visitar os seguintes sites:
Finnabair
Such a Pretty Mess

E ver os seguintes và­deos:
Steampunk mixed media journal cover tutorial
Mixed Media Art Journal Cover Tutorial

Art journals and mixed media

Once in a while I miss playing around with ink and paint, and making layouts. I usually just make greeting cards and that’s usually enough, but recently I’ve been tempted to try other materials, especially acrylic paint, and I liked the idea of mixing several different materials in a collage.

Since I’ve been in a steampunk mood lately, I finally bought some gear dies for my Sizzix and a bunch of stencils, so it was time to try out some mixed media projects.

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A mixed media project means that you can use several materials and techniques in layers to achieve interesting textures – stamp pads, paint, collage, drawing, photos, buttons, bottle caps, bits of metal, shells, and so on. Basically, anything goes. The final look varies according to your personal taste. It’s a very liberating concept for those who enjoy experimenting and having fun with artistic expression more than getting caught up with technical detail. And even though some artistic notions are useful, especially in terms of colour combination and layout, this kind of project can be done by just about anyone willing to jump in and get their hands dirty (with paint and glue). Mixed media projects are often associated with scrapbooking and are also used to make decorative canvases, with or without photographs.

Acrylics work well with this kind of project because they stick to all kinds of materials, especially if you use a primer, they dry quickly, can be layered and have good coverage capability. The trick is to use acrylic gesso before laying down the colour. Gesso is a primer created to coat canvas before painting but can be used over pretty much any material, from cardboard to plastic or metal. A 500ml jar costs around 10 euros but lasts a long time. There are some more expensive brands, but the “student” lines, like Raphael’s “campus” work just fine for beginners.

When it comes to acrylic paint, the difference between cheaper and more expensive brands and lines is pigment density. A cheap acrylic will probably be more transparent, with a lot less coverage than artist quality paints. Talens “Rembrant” line has great coverage on the first coat. Windsor&Newton’s “Galeria” line is not as expensive but also very good. I’ve been using Royal Talens “Amsterdam” line which has both student and artist quality paint and they’re both great and fairly inexpensive for the quality. It’s a matter of figuring out what you can afford within your budget and trying out a few brands until you find out which you like best. You should also be aware that light colours are usually more opaque because they are mixed with titanium white, which is pretty opaque.

alguns materiais usados em mixed media
some materials used in mixed media projects

Whatever brand you choose, there’s no need to start with a lot of colours. the basics are cyan, yellow, magenta, black white and black but you may not want to start with those. The colours you pick should reflect your preference and what feel you want for your project. A custom palette may include only pastel colours or have more greens and browns if you want landscape colours. To darken the colours you should use a brown (sienna or umber) or a complimentary colour instead of black, which makes the colours look muddy.

My suggestion for a basic palette is this:
– Medium cadmium yellow
– Dark or medium cadmium red
– Phthalo blue
– White (a large bottle)
– Raw Sienna or Burnt Umber (to darken colors)

Colours can be mixed to create new ones.

When you want to expand your palette, you can add other colours like:
– Ultramarine or cobalt blue
– Magenta
– Ochre yellow
– Lemon yellow (colder)
– Phthalo green
– Raw umber
– Payne grey
– other colours you use more often, so you don’t have to keep mixing them, such as purple, orange, ad so on.
– metallic colours (gold, silver, copper, bronze)

Spray versions are used often in mixed media. At first I mixed my sprays out of gouache and water but I didn’t like that solution because gouache will react to water if you get it wet again, so I chose to make acrylic sprays. I bought inexpensive mechanical spray bottles and reused some I had at home (from perfume, hair products, etc.)

The problem is that, even though acrylic paint is water soluble, it shouldn’t be mixed with too much water because the pigment molecules are driven too far apart and the paint won’t stick to the surface and can flake off after a while. You should never mix acrylic paint with more than 30% water. For this reason, I had two choices for making my sprays – either buy the liquid version or mix the acrylics with liquid medium. I liked this option because I was able to use the colours i already had. It’s not that much cheaper but it depends on the amount of colour you wish to mix.

For my first few projects I decided to decorate notebook covers. I felt like making an art journal and what better way to begin.

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I started with a Moleskine type notebook, with a hard cover. My first step was to coat the cover with white gesso but you don’t have to start here. In fact, in future projects I may glue all my cardstock elements first and apply gesso later. However, is the cover has a busy design, it can help to create a neutral background to make the layout decisions easier.

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I used stencils and modelling paste to create some texture on the background. Modelling paste takes a long time to air dry but it should be completely dry before starting the next stage. I also glued some gauze with white glue.

I cut some gears with my Sizzix and added them to the layout before covering with more gesso. When you work with cardstock or cardboard you can use white glue to assemble the layout. If you plan to include metal, plastic, resin or polymer clay elements you should use a glue that works with these materials or gel medium.

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I painted the background colour with brown acrylic paint and added some stamps. I chose a dark colour for the background because I knew I wanted to paint the highlights in gold and it works best against a darker background for contrast.

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I added some turquoise spray over the background colour, for some interest and contrast without controlling the placement of colour too much. You can also apply colour the paint with a sponge but it’s less random and it can leave streaks.

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I glued some metal and plastic components for added texture and covered these nem elements with gesso and then painted them.

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Finally, I applied gold paint only on the raised areas, to highlight the texture. You can use your fingertip or a dry brush.

This notebook became my art journal. It’s not the best notebook for the job because the paper is so thin, but I’ve done some fun things in it.

Before figuring out my improvised paint storage (contact lens cases), I had a really hard time throwing out leftover paint. Because acrylic paint dries so fast, you either use it right away or you have to throw it out. To prevent this waste I started painting whole pages with whatever colour I had made too much of. This gave me a bunch of backgrounds over which to work. Considering how panicked a blank page sometimes leaves me, having a place to start was a good thing. It made e think of colour schemes and mood for the page, according to what colour I had painted first.

The point of an art journal is to do something creative each day, even if it’s only for 10 minutes. In art school I had a graphic journal, which is similar but more focuses on drawing. It’s a way to make students practice their drawing everyday without a strict theme or project. The idea is to always have some paper and pencil (or pen) with you to make quick sketches whenever you see something interesting.

An art journal is similar but it’s more about trying out different techniques mad materials without having to make a perfect work of art every time. For some people it’s close to a scrapbook where they add a picture each day and then decorate the rest of the page, others write poetry, song lyrics, quotes, or anything else that will give them an idea or theme for the page and then decorate it. Everything is acceptable and the process is entirely personal and free.

These are the first pages I made on my art journal:

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First page, with the name of the owner. Some people also add their address and phone number in case they lose it, but mine won’t leave the house, so I don’t need to.

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This page was done on the day my husband left for a long trip. Some days the theme is easy.

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Here I had fun making the background but didn’t finish the layout. A page doesn’t need to be completes on the same day. That’s the advantage – there are no rules. It’s a place to try out whatever you want.

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This page was an attempt to share the experience with my children. My son loved the stencils and sprays and my daughter wanted to repeat everything I did. She still did a few more pages with me the following days but he wasn’t that interested.

I know none of this looks amazing but that wasn’t the point. I just wanted to have fun experimenting, and trying out my new tools ad paints without fear of messing it up. This freedom is something that’s really hard for me sometimes. I have a tendency to want to control everything and to make it all perfect, which is great for some things but terrible for artistic expression and creativity.

Although I had fun making some journal pages, what I really loved about the whole experience was making the covers, so I gathered all the notebooks I could find and subjected them to the same treatment.

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This is my jewellery notebook where I sketch my pieces and take notes of the process as I’m making them.

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This is my techniques notebook, where I take note of important information I may need later on.

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After showing some of my work to my colleagues, one of them asked me to make a notebook for her. Since the one she chose had a thinner, flexible cover, I did all the work over some cardstock that I later glued onto the cover.

I also used a slightly different method because she asked for lighter colours. I chose a beach palette – blue, green and a sand tone – and painted all the elements separately, before gluing them on, so they would have a contrasting colour to the background.

When this one was done, and since I didn’t have any more notebooks of my own, I started on my husband’s drawing pads.

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I still had blues and greens on my mind, so I used the same colours in this one. I kept these simpler because they are for drawing and the cover should not become a hindrance when using the pads. Too much volume would be a problem.

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This one was similar to the first one I made but without using any sprays. I just think there isn’t much contrast between the top elements and the background. I may still do something else to it later on.

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This is my favourite. I had already done the title, so I just built the rest around it, with the zombie theme in mind. I used dark red for the background and bright red for the highlights, which really pop. I sponged some black around the edges to add depth.

And there you have it. If you want to learn more about mixed media, I suggest you visit the following sites:
Finnabair
Such a Pretty Mess

And watch these videos:
Steampunk mixed media journal cover tutorial
Mixed Media Art Journal Cover Tutorial

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