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Oxford e regresso

No domingo, último dia antes do regresso, deixámos os miúdos com o meu irmão e a minha cunhada, que amavelmente se ofereceram para fazer babysitting à s crianças exaustas para nos dar um dia de passeio sem interrupções constantes, e apanhámos o comboio até Oxford. A viagem dura meia hora e dentro da cidade não se pode andar de carro, por isso o comboio é mesmo a melhor opção. Aliás, pelo gigantesco parque de bicicletas que existe à  saà­da da estação, dá para perceber qual o método de locomoção preferido da zona.

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Oxford é uma cidade universitária muito antiga, com edifà­cios de diversas eras, desde a época medieval até ao presente. A zona das universidades, que inicialmente estavam ligadas à  igreja, é mesmo aquilo que se vê nos filmes do Harry Potter, com edifà­cios lindos cheios de textura e pátios interiores onde apetecia sentar e passar um bocado. Aliás, o refeitório dos filmes do Harry Potter é o Great Hall de Christ Church, onde estudou Lewis Carroll. Como a história de Alice in Wonderland teve origem em Oxford, essa temática está um pouco por todo o lado na cidade, especialmente nas lojas e restaurantes. Infelizmente, como fomos em altura de férias, não era permitido entrar nos colleges e tivemos que nos contentar com espreitar aqui e ali. No centro da zona universitária fica situada a biblioteca, que é um edifà­cio cilà­ndrico lindà­ssimo.

O castelo é pequenito quando comparado com outros de cidade maiores. Foi convertido em prisão durante alguns anos e hoje é museu e restaurante. Subimos ao morro onde já existiu uma torre de vigia mas não tem altura suficiente para se ter uma verdadeira vista por cima da cidade.

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Há também uma zona mais industrial, em tijolo vermelho, tà­pico da época vitoriana, que também tem algum interesse. E ainda visitámos um cemitério muito antigo, daqueles em que as pedras tumulares já estão inclinadas cada uma para seu lado, onde encontrámos um senhor que pediu ao Pedro para ver se ele percebia como se punha música a funcionar no seu novo telefone. Era dia do pai e acho que o telefone tinha sido prenda.

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Adorei passear ao longo de um dos diversos canais da cidade e atravessar as pontezinhas. Pareceu-me que não era difà­cil encontrar um recanto bonito e sossegado nesta cidade, mesmo numa altura em que está cheia de gente. Gostava de ter planeado melhor a viagem e de ter visto alguns dos edifà­cios por dentro, mas mesmo assim foi um dia bem passado.

Nessa noite fomos jantar num pub de Lemmington para despedida e na manhã seguinte apanhámos o comboio de regresso a Londres seguido de autocarro para o aeroporto, que demorou uma eternidade e quase nos fez perder o avião. Tivemos de correr, com malas, Joana ao colo e tudo, e fomos dos últimos a entrar. Ainda por cima irritei-me com um dos assistentes de bordo da Ryanair que foi altamente desagradável e mal educado e que me fez jurar não voltar a usar essa companhia. Para piorar as coisas, o Tiago teve imensas dores nos ouvidos por causa da pressão do avião, na descida. Ficou sem grande vontade de repetir a dose tão cedo.

Chegámos a Lisboa estafados mas felizmente o meu pai foi super simpático e foi buscar-nos ao aeroporto, o que tornou tudo muito mais fácil, especialmente com miúdos exaustos.

Apesar dos altos e baixos, sempre foram umas férias diferentes e uma experiência nova. Para uma viagem com crianças, nem me posso queixar muito.

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