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Legoland Windsor – dia 2

O segundo dia na Legoland foi muito preenchido. Apesar do cansaço, os miúdos aguentaram o dia inteiro sem grandes protestos e sem ser necessário regressar ao hotel antes da hora de fecho do parque.

Os hóspedes do hotel podem entrara no parque meia hora antes da abertura oficial, mas só uma ou duas atrações – o submarino de Atlantis e o comboio do dinossauros – é que estão abertos a essa hora. Eu e o Tiago fomos dar outra volta no submarino enquanto esperávamos pelo acesso ao resto do parque.

Continuava a estar muito pouca gente, especialmente à quela hora da manhã, por isso daà­ para a frente foi só escolher onde é que eles queriam ir. Eu e o Pedro andámos grande parte do tempo separados, cada um de nós com uma criança porque eles queriam fazer coisas diferentes ou a Joana andava amuada e não queria ir a lado nenhum durante um bocado.

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Desta vez tentámos visitar as zonas onde não tà­nhamos passado no dia anterior. Como a Joana estava pouco cooperante, levei-a à  zona do Lego Friends, que é mais dedicada a meninas. Os edifà­cios estão todos pintados nas cores das casas dos kits mas são mesmo lojas e cafés. Depois fomos à  parte dos Faraós, que tem uma construção gigante de Lego do Tutankamon, que fala quando nos aproximamos, dizendo “who dares disturb my sleep” e outras coisas do estilo.

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O Tiago foi com o pai a uma sala com um jogo de dar tiros em múmias com um laser. Como estava vazio fizeram aquilo duas ou três vezes de seguida. Depois o Tiago foi comigo andar numa roda de balões (tipo London Eye em pequenino) onde ele esteve a gritar “help!” E a fazer de conta que estava com medo até eu insistir para ele parar antes que nos mandassem embora.

Eles foram muito selectivos nas atracções que queriam experimentar por isso saltámos muita coisa que não lhes interessava. A Joana só queria voltar ao parque infantil do Duplo Valley onde tinha passado grande parte da tarde do dia anterior e foi muito complicado convencê-la a deixar isso para mais tarde. O pai ficou com ela a ver se passava o amuo e eu fui explorar com o Tiago. Descobrimos o Fairy Tale Brook onde se anda num barquinho em forma de folha que vai ao longo de um canal e passa por personagens de Lego animatrónicas do tamanho de crianças. Têm cenas dos contos infantis mais conhecidos e achei que Joana ia adorar aquilo portanto terà­amos de voltar mais tarde. Quando regressámos, o Tiago esteve todo entusiasmado a chamar a atenção da irmã para as partes que tinha achado mais divertidas.

Antes de sair do Duplo Valley demos uma volta no comboio que é uma verdadeira piada, de básico que é. Aquele só vale a pena mesmo para bebés que tenham medo de tudo o resto porque dá uma volta minúscula, sem qualquer interesse. O comboio que vale a pena é o da zona do Lego Friends (Heartlake City), onde fomos a seguir. Dá de facto uma volta grande pelo parque mas tem a desvantagem de passar por zonas que atiram água, por isso o uso de um impermeável é boa ideia.

Depois fomos todos à  zona dos vikings porque o Tiago queria ir ao labirinto do Loki. Para entrar nessa zona passámos por uma ponte que é debaixo de uma queda de água. O labirinto em si é pequeno nas é giro, para quem nunca esteve num. No centro há uma espécie de coreto que permite ver a vista de cima. Acho que o Tiago teria achado piada a uma coisa com um pouco mais de desafio porque foi fácil encontrar a saà­da, mas suponho que eles não queiram miúdos a entrar em pânico lá dentro.

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Deixámos o resto dessa zona para mais tarde, porque as outras atracções implicavam ficarmos todos molhados, e fomos à  parte dos piratas. Eles deliraram com a actividade de procurar “ouro” com um prato perfurado, numas caixas com água corrente e areia no fundo. As pepitas metálicas pareciam mais chumbo do que ouro (prateadas em vez de douradas) mas ainda passaram bastante tempo de volta daquilo, a tentar encher o prato. É uma das poucas actividades do parque que é paga à  parte. Para nos darem um pratinho temos de pagar 4 libras, e no fim recebem uma medalha dourada a que eles nem ligaram muito. Mas pelo divertimento da coisa acho que até valeu a pena.

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Almoçámos ali perto de depois escolhemos o que fazer a seguir. Para trás tinham ficado as atracções mais calminhas, para crianças pequenas. O resto era montanhas russas, barris que rodam e chocam uns com os outros e o barco dos piratas que baloiça de um lado para o outro até ficarmos completamente na vertical. Demorou algum tempo a convencer o Tiago a experimentar, mas ele adorou aquilo de tal forma que acabou por voltar mais três ou quatro vezes.

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Daà­ para a frente, quanto mais depressa melhor, por isso foi com o pai ao castelo para andar na montanha russa do dragão. Também andou umas duas ou três vezes e mais uma comigo. Foi a parte que ele mais gostou.

Eu entretanto fiquei com a Joana que tinha medo de experimentar estas coisas. Ainda a convenci a andar no dragão mais pequeno mas ela não gostou muito da experiência por isso não insisti.

Em termos de montanha russa, o dragão é uma coisa relativamente básica. Sobe, desce, vira para os lados e pouco mais. Não faz loops nem sobe a alturas exageradas, por isso não assusta. Dá a volta a uma grande secção do parque, que é giro ver de cima, apesar de ser depressa, mas acaba rapidamente. Ou seja, as atracções do parque são destinadas a crianças mais do que a adolescentes e adultos, o que não quer dizer que não possa ser também divertido para mais velhos. Simplesmente não é tão desafiante como poderia ser.

Junto ao castelo havia outro parque infantil, onde a Joana aterrou e já não queria sair. Ali perto havia uma zona de piquenique, com mesinhas, onde nos sentámos um bocado a descansar. O Tiago bebeu o seu primeiro slush. Andava desejoso há imenso tempo.

Voltámos à  zona dos vikings para andar noutro barco que também sobe e desce enquanto roda simultaneamente, mas comparado com o dos piratas não tinha metade da piada.

Debatemos se valia a pena ir à  maior atração dos vikings, que consiste num barril que anda aos encontrões por um canal com água bastante selvagem. Pelo caminho passamos por várias quedas de água e até uma zona com uns bonecos que despejam um caldeirão cheio de água em cima das nossas cabeças. A Joana não queria ficar molhada, por isso adiámos.

Subimos no comboio que termina perto da saà­da (porque aquilo é a subir a pique) e fomos à  exposição de Lego Star Wars. Entre os personagens em tamanho real tem umas cenas com montanhas de figuras bastante elaboradas, naves que mexem, que abrem, etc. A Joana não gostou dos barulhos e do facto de estar escuro pelo que não demorámos muito tempo.

Fomos então à  molha dos vikings e até foi giro, mas de facto só com impermeável e num dia quente. Para quem não gosta de andar molhado, eles têm uns secadores de corpo inteiro. Parecem uma bocado caixões verticais, sem porta, que mandam ar quente. Custam 2 libras por sessão. Também vendem uns impermeáveis amarelos que são basicamente uns casos de plástico com um buraco para a cara. Acho que custavam umas 4 libras cada um. Ou seja, mais vale ir prevenido porque tudo lá dentro sai caro.

Com a Joana já muito cansada, fui à  Miniland tirar umas fotos. Ela sentou-se num banquinho enquanto eu dei uma volta mais calma para ver as construções. Por fim lá fomos ao parque infantil do Duplo Valley para ela brincar mais um bocado até à  hora de fechar. A única recordação desagradável que tenho da Legoland foi desta altura. Uma famà­lia tinha acabado de sair das Splash Towers, mesmo ali ao lado. O miúdo, pequenino, queria ir brincar nos escorregas mas estava ainda com o fato de banho vestido. A mãe despiu-o para lhe vestir a roupa normal e o funcionário veio ter logo com eles e com um tom muito agressivo disse-lhes que aquilo não era sí­tio para exibicionistas e que não podiam despir a criança ali. A mãe até tinha o miúdo embrulhado numa toalha e tudo, e chamar exibicionista a um miúdo de 3 ou 4 anos parece-me excessivo. Toda a cena me pareceu desnecessária e absurda mas o tipo tinha mesmo ar de quem gostava de andar armado em polà­cia, pela forma como correu com as pessoas quando chegou a hora de fechar.

Voltámos para o Hotel, onde eles brincaram até à  hora do jantar, no parque infantil que existe do lado de fora do restaurante. Ainda fui espreitar a piscina, que parecia muito gira, mas não chegámos a ir lá.

Como parque de diversões acho que a Legoland vale a pena e o hotel é caro mas simpático. No entanto, como já tinha dito antes, acho que é mais direccionada para crianças dos 4 aos 10 do que para mais crescidos. A duração de cada uma das atracções é tão curta que de facto só vale a pena se não for preciso esperar muito tempo na fila, ou seja, evitem as alturas de férias escolares inglesas. E lembrem-se do comboio que sobe o monte até à  entrada do parque, como forma de chegar à s atracções que estão mais lá para cima sem ter de sofrer muito a trepar. Vimos imensa gente a subir aquilo a pé, até a empurrar carrinhos de bebé, com ar de quem estava prestes a desistir, quando tinham um comboio mesmo ali ao lado que faz o trabalho todo e ia quase vazio.

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