Tanto em bijutaria como em joalharia é por vezes necessário furar chapa metálica, para introduzir uma argola ou o espigão de um brinco, para passar a serra quando se quer cortar um desenho na chapa ou para introduzir rebites.
Mesmo para quem ainda não se aventurou a soldar mas quer trabalhar com chapa, esta é uma técnica básica mas importante porque permite, entre outras coisas, juntar elementos através de rebites.
Antes de furar deve-se marcar o local do furo com um lápis. depois usa-se um punção, como o da foto acima, para fazer uma pequena cova no sítio a furar para a broca não se desviar. Para tal basta dar uma martelada no punção, tendo o cuidado de o situar precisamente sobre a marca a lápis do furo.
As brocas usadas em bijutaria e joalharia são geralmente muito finas. O mais comum é uma broca de 1 mm mas dependendo do objectivo pode ser necessário utilizar brocas de 0,8 ou 0,7 mm. Isto quer dizer que as brocas são frágeis e se partem facilmente se fizermos muita força.
Há várias ferramentas que permitem furar chapa. A mais tradicional é o pião.
O pião é composto por uma barra central de madeira suspensa por dois cordões presos ao topo de um eixo metálico central. Ao girar a barra central, os cordões enrolam-se à volta do eixo e a barra sobe. Ao puxar a barra para baixo, os cordões desenrolam, fazendo rodar o eixo vertical e consequentemente a broca, causando o furo.
O pião não é uma ferramenta fácil de usar ao inàcio. Requer alguma prática e causa alguma frustração. No entanto tem a vantagem de ser uma ferramenta leve e fácil de controlar quando se apanha o jeito da coisa, o que reduz bastante o risco de partir as brocas. A desvantagem é que demora bastante tempo a fazer um furo, pelo que não é muito prática quando é necessário fazer muitos.
Para quem não quer comprar ferramentas especàficas, um berbequim ou aparafusadora eléctrica serve perfeitamente. Só é preciso que tenha motor de velocidade regulável, de preferência com botão tipo gatilho, porque o furo deve ser feito a baixa velocidade.
É também preciso ter cuidado para não exercer demasiada força sobre a broca. Como a aparafusadora é pesada, é difàcil manter uma posição da broca absolutamente vertical e com o peso extra é muito fácil partir as brocas. Não aconselho com o uso de brocas muito finas.
Porém, a minha ferramenta preferida para furar é o motor de suspensão. Não é tão pesado como um berbequim e tenho mais controlo. A velocidade é controlada por pedal e o punho não tem muito peso pelo que é fácil de controlar e manter estável.
Antes de fazer o furo é necessário lubrificar a broca. A lubrificação serve para que a broca rode melhor e para evitar que a fricção aqueça demasiado a broca o que também pode contribuir para que parta.
Para lubrificar a broca tenho uma caixinha de plástico com uma bola algodão embebida em óleo. Basta bater com a broca no algodão ocasionalmente para a lubrificar. O óleo pode ser daquele que se usa para as máquinas de costura ou, se não tiverem, também se pode usar azeite.
O algodão aguenta-se assim bastante tempo e quando fica demasiado cheio de limalhas, deita-se fora e substitui-se por outro.
O furo deve ser feito sobre uma base de madeira que possa ser furada. Não convém ser directamente sobre uma mesa a menos que a queiram ver cheia de buracos. Também não convêm ser sobre uma base metálica porque a broca pode partir quando sai do outro lado da chapa e bate no metal. Eu uso um barrote de madeira para os furos mas há quem fure directamente em cima da estilheira.
A broca lubrificada deve ser colocada na vertical e deve-se exercer alguma pressão mas sem exagerar. É uma questão de prática.
Como já foi referido, a velocidade tem de ser baixa. A alta velocidade a broca roda em falso e não fura nada. Para saber se está a furar basta ver se estão a aparecer pequenas limalhas no sítio do furo.
Por vezes chegamos a uma certa altura do furo, especialmente em chapas mais grossas ou de materiais mais duros, como o latão, em que a broca parece que já não está a fazer nada. Nestas alturas costumo dar mais uma pancadinha com o punção porque faz uma cova mais cónica do fundo, o que permite à broca perfurar mais um bocadinho. Também se podem dar pequenos movimentos circulares à broca, mas só se a largura do furo não tiver de ser absolutamente rigorosa porque isto pode alargar ligeiramente o topo do furo.
No final é comum ficarmos com um altinho na parte de trás da chapa, à volta do furo. Este deve ser limado até a chapa ficar lisa. – In jewellery making, sometimes you need to drill holes in metal sheet, to insert a jumpring or earring post, to pass the saw through so you can cut larger designs or to use rivets.
Even for those who have yet to venture into soldering but want to work with sheet metal, this is a basic but important technique to acquire because it allows you, among other things, to join several elements through the use of rivets.
Before drilling you should mark the puncture location with a pencil and then use a metal punch, like the one pictured above, to make a small indentation in the metal so that the drill doesn’t skid away. Just tap the punch with a hammer over the pencil mark.
The kind of drill used in jewellery making are usually very thin. The most common is probably 1mm thick but according to the project it may be necesarry to use 0,8 mm or 0,7 mm drills. This means the drills are fragile and easy to break if you put too much pressure on them.
There are several different tools that allow you to drill sheet metal. The most tradicional one is the pump drill,
The pump drill has a horizontal bar attached to a central drill Shaft by two bits of cord. When you turn the horizontal bar, the cord wraps around the central shaf. By pulling down the bar, the shaft spins, causing the drill to spin as well, creating the hole.
The pump drill is not an easy tool to use at first. It requires some practice and can cause some frustration. However, it has the advantage of being a very light tool and easy to control, once you get the hang of it, which reduces greatly the risk of breaking any drills. The main downside is that it takes too long to drill a hole, so it’s not very practical when you need to make several of them.
For those who don’t want to buy any specific tools, a simple electric drill or dremel will do. Just make sure it has adjustable speed, if possible with a trigger type button, because the drill works best at low speed..
It’s also important not to put too much pressure on the drill. Since an electric drill is somewhat heavy, it’s harder to maintain it perfectly vertical throughout and with the extra weight it’s much easier to break the thinner drills.
My favorite drilling tool, however is the flex shaft. It’s not as heavy as a drill and gives me a lot more control. The speed is managed by a pedal and the hand piece isn’t heavy so it’s easy to keep it steady.
Before drilling it’s necessary to lubricate the drill so that it spins better and to prevent it from heating up too much, which might also contribute to a break.
To lubricate the drill I keep a small plastic box with an oil soaked cotton ball. All I have to do is touch the drill to the cotton ball and it’s lubricated. The oil can be clear machine oil, like the kind used for sewing machines, or even olive oil.
Drilling should take place over a wood surface that you don’t mind poking a hole through. So it’s not a good idea to drill directly over a table, unless you have no love for it. You shouldn’t drill over a metal surface because the drill may break on contact with the metal. I use a section from a thick wood beam for all my drilling but some people drill directly over the bench pin.
The lubricated drill should be kept vertical and you should apply mild pressure but not too much. Too much pressure or changing the angle of the drill may break it, especially if it’s thin. It’s a matter of practice.
As I’ve mentioned before, the drilling speed should be low. At high speed the drill spins but doesn’t really remove any metal. To know if you’re actually drilling you should look for metal shavings coming out of the hole.
Sometimes you get halfway through the hole and the drill doesn’t seem to be doing anything anymore. This happens mostly with thicker metal or harder metals such as brass. In these situations I like to tap the punch into the hole once more. it seems to help the drill go a little further. You can also turn the drill in a small circular motion but only if the size of the hole doesn’t need to be too precise because it may stretch it a bit at the top.
Once you’ve drilled to the other side of the metal it’s common to have a little bump at the back. This bump should be filed away until the sheet is smooth and straight.