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Fim de semana

No sábado acordei a pensar que já não ia à  Gulbenkian há imenso tempo. Falámos nisso mas o tempo vai passando e nada. Precisava desesperadamente de algo diferente, de fugir à  rotina, por isso fomos.

gulbenkianO Tiago andou felicà­ssimo pelo jardim a explorar todos os caminhos que encontrava, o que me causou algum nervosismo porque ele desaparecia e era preciso andar atrás dele a chamá-lo. Foi daà­ que nasceu a conversa de arranjar GPS para os miúdos. Presumo que no futuro já nasçam com eles incorporados mas até lá temos de nos safar de alguma maneira. Seja no casaco ou nas cuecas, à s vezes parece essencial, especialmente porque eu não posso perseguir o Tiago mais depressa sem deixar para trás a Joana que só tem 4 anos e pernas pequeninas.

Depois de uma grande volta pelos jardins, que teria sido mais agradável sem vento mas não foi má, tivemos um intervalo para lanche e casa de banho antes de visitar o museu. Eles estavam interessados no inà­cio mas depressa se cansaram e estavam mais interessados em sentar-se do que olhar para arte.

Há muitos anos que já não visitava o museu e gostei de rever algumas obras e ver com outros olhos a exposição do Lalique que tem peças fabulosas com pedras lindà­ssimas.

Foi só uma manhã mas voltámos para casa com duas crianças estoiradas e vontade de regressar quando o tempo estiver mais simpático.

No domingo tive um impulso semelhante, mas desta vez em relação a marcar finalmente as férias deste ano. Começmos a falar nisso quando regressámos do Gerês no verão passado, e até agora não tinhamos decidido nada. Tinhamos falado em Paris e ir à  Disney mas sinceramente não me estava a apetecer. Gosto mais de Londres e estava com vontade de regressar. Como o meu irmão vive em Inglaterra e está farto de nos convidar para fazer uam visita, fazia sentido juntar as duas coisas. E como já não vamos à  Disney e a Joana ia ficar decepcionada, que tal visitar antes a Legoland? Ou seja, um plano que tem um bocadinho que agrade a cada um para não me sentir demasiado egoà­sta por querer ir a Londres. Tà­pico.

Em teoria a coisa era simples. Hoje em dias faz-se tudo online – reservas de hoteis, aviões, bilhetes e comboios. O pior é que é uma burocracia fenomenal. É preciso criar conta em cada site das companhias aéreas, a Legoland não deixa marcar o hotel pelo site se não se tiver um código postal do paà­s e foi preciso fazer tudo por telefone, e escolher uma combinação de preço, hora de và´o e aeroporto que funcione, é uma dor de cabeça. No total gastámos umas 5 horas e para o fim eu já só queria desistir, chorar ou saltar da janela. Já para não falar que o custo da brincadeira implica que não há mais férias durante os próximos 7 ou 8 anos. Mas pronto, ao fim de 8 anos fechados em casa a limpar rabinhos, lavar roupa, etc, acho que já merecà­amos umas férias decentes.

Sei que a Joana se vai cansar facilmente e o Tiago vai passar o tempo a dizer que é tudo uma seca, mas não quero saber. É o que disse ao Pedro: em ultima análize fazemos turnos de Babysitting e vamos dar uma volta pela cidade alternadamente. O importante é ter um objectivo. Precisava de qualquer coisa para planear, para sentir que há algo bom no futuro. Sem isso não sei o que faria.

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