A penúltima peça de joalharia do primeiro ano do curso foi um anel com 3 ametistas.
O objectivo do exercàcio era fazer uma anel em chapa com bata. A curvatura e a forma geral eram ao meu critério. Optei por um anel mais estreito atrás, por uma questão de conforto. Para tal corta-se a chapa em losango que depois é encurvado na embutideira e soldado na zona mais fina, formando o corpo principal.
As batas (fio que dá espessura ao anel para não ficar apenas uma chapa fininha) foram feitas com fio de 1mm quadrado e soldadas por dentro da chapa, uma de cada lado. Não é um processo fácil devido à curva da chapa. As batas devem encaixar na chapa mas geralmente tendem a descair. Convém amarrar tudo com fio de ferro para ter a certeza que não descaem quando a solda começa a correr.
Convém também que a soldadura da bata coincida com a soldadura da chapa do anel, para a eventualidade de ser necessário serrar o anel (apara alterar o tamanho, por exemplo) se poder serrar tudo de uma só vez.
Para maior segurança na soldadura, comecei por colocar apenas um palhão de solda e depois de ter a bata presa por esse ponto, acertar a curvatura e só então soldar o resto. Tentar fazer tudo de uma vez tem mais tendência para dar problemas.
Nesta altura fiz alguma limpeza da superfàcie e arredondei as arestas. Foi um passo necessário porque depois de soldar mais elementos em cima da base torna-se mais difàcil corrigir certas imperfeições. O problema é que ao retirar o excesso de solda cedo demais, corre-se o risco da solda mexer quando se aquece outra vez e ficar com pequenas zonas por preencher. Mesmo utilizando o corrector para proteger as soldaduras anteriores, isso tem tendência para acontecer. A melhor forma de o evitar é usar solda com diferentes pontos de fusão – começar com uma com menos cobre para as batas e depois usar outra com mais cobre para o resto.
Com a base do anel completa, fiz virolas para os cabochons de ametista. As virolas são feitas com uma tira de prata com 0,3 mm de espessura para ser fácil de pressionar sobre as pedras. A base teve de ser limada até seguir a curva da chapa, antes de soldar. Amarrei as virolas à base com fio de ferro para as manter no lugar durante a soldadura. Com as virolas no sítio, fiz um furinho na chapa de base, no centro de cada uma, e serrei o excesso de metal para que a luz passe através da pedra.
Fiz duas alianças de fio redondo e dois S que coloquei como elementos decorativos, por cima e por baixo das virolas. Depois lixei a superfàcie, satinei com a fresa de diamante para dar alguma textura àsuperfàcie e assim permitir ao oxido uma melhor fixação, e cravei as pedras.
Por fim oxidei a peça. Para oxidar uma peça parcialmente, o método mais simples é aquecê-la ligeiramente (se as pedras forem resistentes à temperatura) e aplicar o óxido com um pincel fino. Depois é só polir as zonas que não ficaram oxidadas e dar apenas uma breve passagem nas zonas oxidadas para que fiquem com um pouco de brilho mas sem retirar a cor.
English:
One of the last pieces from the basic jewellery course I’m attending was an amethyst ring.
The goal of the piece was to make a domed ring with an inner wall. This adds a certain dimension to the band without the need to use heavy gauge sheet. The curvature and general shape of the ring were up to me. I chose to taper the ring toward the back, so it fit more comfortably on the finger. I’m not used to wearing such wide bands, so this was my compromise.
To make the ring band I cut a lozenge shape out of 0,5 mm (24 AWG) silver sheet, curved in on a doming block, sized it and soldered the thinner end together. The size should be a little larger than the intended finished size because the inner walls will take up some room on the inside of the band.
The inner walls were made from 1 mm (18 AWG) square wire, formed into two circles and then curved until they followed the edges of the ring band, which in this case had a slight curve to it, due to the tapered shape. The walls must fit perfectly inside the ring band.
Due do the domed shape of the band, these inner walls tend to slip into the ring rather than stay put at the edges like intended. I used iron binding wire to secure them in place while soldering. The best technique is to find one spot where the wall meets the band in the exact place you want it and add some solder to that spot only. Once this spot is secure you can more easily manipulate the walls to fit better all around before soldering the rest.
It’s also a good idea for the join of the walls to coincide with the join on the band so that, in case you need to saw it open (to adjust size, for example) you saw the whole thing over the soldered join rather than risk cutting the walls into bits that could move when the ring is re-soldered.
At this point I did some cleanup and rounded the edges of the ring. After soldering other elements on top it gets harder to reach certain areas and might be impossible to correct certain imperfections. On the other hand, when possible I only clean solder joins at the end because when I solder again the solder may move and create pits or small gaps. The best solution for this problem is to start with hard solder for the structure of the ring and then move on to medium.
Once the ring base was done I made bezels for the amethyst cabochons I had chosen for this piece. The bezels were made from a silver strip 0,3 mm thick (28 AWG) so they were thin enough to easily bend over the stone. The base of the bezels had to be filed until it conformed to the dome shape of the ring. I tied the bezels to the ring shank with iron binding wire to secure them before soldering. After soldering the bezels in place I drilled a hole in the center of each one and sawed off excess sheet metal from underneath the stones. This is done so that light can shine through the stone. It also helps if you need to push out the stone at some point.
I made another two circles out of 0,9 mm (19 AWG) round round wire that fit over the edge of the band on both sides. I also created some decorative S shapes to solder on the sides of the cabochons.
Once all the soldering was done I sanded the ring with 400 and 600 grit sandpaper and used a diamond burr to add texture to the outer surface of the ring. Liver of sulfur, used to darken the metal, adheres better to a textured surface.
I set the amethyst cabochons. I used a burnisher to finish polishing the bezels after setting.
Finally I applied the LOS (liver of sulfur). To partially oxidise the piece, the best method is to heat it up just a bit with the torch and then apply the patina with a thin paintbrush. I did a final polish to remove any patina stains from areas that should be bright and buffed the oxidised area briefly to bring out some shine.