Eu sempre detestei o Carnaval, que é algo que os Portugueses adoram. Imaginam então que Halloween era uma coisa que nem sequer aparecia no meu radar, a não ser como referência em séries de TV. É claro que depois tive filhos.
O ano passado o Tiago disse que não estava interessado em participar, mas quando chegou à escola e estava toda a gente mascarada sentiu-se deslocado. Aliás, a culpa disto tudo é das escolas que aderiram em massa e tornaram a coisa mainstream de um ano para o outro. Quando o fui buscar ao fim do dia vinha a dizer que no dia seguinte se queria vestir de vampiro. Tarde demais, claro.
O fato de vampiro ficou para o Carnaval, uns meses depois. O que só mostra que a coisa causou impacto, para ele ainda se lembrar disso ao fim de tanto tempo.
Depois de fincar firmemente os pés no chão durante vários anos e me recusar a ser levada pela onda do Halloween e do Carnaval, este ano fui forçada a deixar-me de tretas e levar a coisa pelo que é – um dia para os miúdos se divertirem e terem desculpa para emborcar doces até vomitar. Porque senão somos apenas os velhos pais chatos que estão sempre a deitar abaixo as coisas giras e que não se sabem divertir.
Lá tratei de arranjar um fato de ninja para o Tiago, e a Joana depois de ver o irmão também quis, portanto foi uma fada. Não é bem o espàrito da coisa mas eles não querem saber e eu também não. Bruxas, múmias e vampiros já há a pontapé.