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Mês de consultas

Este mês sinto que passei mais tempo em salas de espera do que em casa.

Depois de ano e meio à  espera que me marcassem a ressonância magnética no hospital, fartei-me. Paguei um balúrdio mas fiz o raio do exame. Eu sabia que em princà­pio não era nada de grave mas quando se tem qualquer coisa no cérebro que não se percebe bem o que é, há limites para o quanto se está disposto a esperar. Basicamente o exame diz que tenho um aracnoicodelo intracelar e sela turca parcialmente vazia, o que explica as alterações hormonais e pode ser necessário fazer medicação para o resto da vida para contrariar os sintomas. Nada de grave, portanto, desde que não tenha grandes efeitos secundários da medicação. A médica receitou uns comprimidos diferentes dos que já tinha tomado antes e que aparentemente são usados também por body builders que tomam esteroides para contrair a lactação. Segundo a wikipedia podem ter alguns efeitos secundários interessantes em homens 🙂

No dia 10 passei a manhã numa sala de espera cheia de gente mal cheirosa – seria de esperar que no mà­nimo tomassem banho ou lavassem os dentes antes de ir ao médico, mas nãããããão – de onde trouxe uma magnà­fica bactéria que me deixou de rastos o resto da semana. Ao fim de cinco dias lá tomei antibiótico e a coisa finalmente passou. Tinha ido fazer análises hormonais em preparação para a consulta de endocrinologia da semana seguinte onde passei mais umas horas num corredor à  espera de ser chamada. Se não tivesse o meu Kindle acho que não sobrevivia.

Na terça seguinte foi a vez de uma consulta de cirurgia plástica. Duas horas de espera para além da hora marcada só para assinar a autorização de cirurgia. A culpa não foi da médica que até estava a despachar as pessoas depressa. O problema é que estava sozinha a trabalhar em dois gabinetes diferentes. Chamava de um lado, atendia e depois abria a porta para o outro gabinete e chamava do outro. Não percebo a lógica da coisa.

Vou finalmente tirar o lipoma que tenho por baixo da sobrancelha esquerda e que por qualquer razão resolveu começar a crescer recentemente. A ecografia não mostrou nada  de estranho mas foi a despachar e o homem não ligou nenhuma ao que eu disse. Estou convencida que devia ir fazer outra porque com a atitude “ah, isso não é nada” o homem nem  reparou que isto tem uma segundo altinho por baixo do primeiro, que tem vindo a crescer. É um sí­tio tramado para se ver alguma coisa com ecografia, mas mesmo assim agora é óbvio que são duas coisas e não só uma. Vamos ver quanto tempo demora a marcar a cirurgia.

Ainda falta mais análises de rotina e os rastreios anuais. Eu sei que é importante mas começo a sentir-me um bocado “doente profissional”, como aqueles que vão abancar na sala de espera dos centro de saúde só para ir conversar 😛

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