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Destralhar para mulheres casadas

O ano novo deu-me para limpezas e arrumações. Nada de obsessivo nem em grande escala. Mais uma desculpa para fazer aquelas tarefas ocasionais que passo o tempo a dizer “um dia destes tenho que…”.

Comecei por limpar os filtros dos aparelhos de ar condicionado. Estranhamente não estavam tão maus como temia. Os dois que se usam mais  – sala e quarto – estavam mesmo a precisar mas os restantes nem por isso.

Depois foi a vez de começar a organizar o roupeiro. Ainda tinha para ali roupa de grávida, sotiens de amamentar e montes de coisas que não uso há anos.

Aquilo que é desconfortável e sei que não vou mesmo voltar a usar foi fácil de meter no saco do lixo. No entanto, quando olhei para o molho percebi que estava muito mais pequeno do que devia e o impacto nas gavetas e prateleiras era mà­nimo. E agora, se eu não consigo decidir o que mais deitar fora, como é que resolvo isto?

Comecei então a pensar em formas mais criativas de fazer uma escolha e ocorreu-me um plano que é capaz de funcionar. Infelizmente requer a colaboração do homem cá de casa que não é grande fã de arrumações.

A ideia é a seguinte:

1. Agarrar numa gaveta de roupa

2. Agarrar no marido

3. Por o dito a separar a nossa roupa em duas pilhas (modo realista: mostrar-lhe as peças uma a uma em pequenas doses ao longo de vários dias) :

Pilha A –  OK

Pilha B – coisas que me fazem repensar a decisão de casar contigo

No caso de um marido particularmente reticente, sugiro vestir as peças em questão e desfilar.

Se nada disto funcionar e o gajo ainda gritar “deixa-me em paz sua chata”, sugiro a opção de deitar fora o marido e ficar com a roupa.

 

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