Como forma de celebrar o nosso décimo quarto aniversário de casamento fomos passar o fim de semana num hotel em Sagres.
Os meus sogros tinham-nos oferecido um daqueles livros com cupões que dão direito a uma noite em diversos hotéis do paàs e depois de muita conversa escolhemos finalmente um deles. A coisa, infelizmente, correu mal. O voucher não vinha no livro que em vez disso tinha uma série de outros repetidos. Para além disso não é muito informativo no que diz respeito à s restrições de marcação pelo que, como marcámos online depois também não dava para usar. É um bocado ridàculo quando se pensa que limitámos a nossa escolha aos hotéis mencionados no livro quando podàamos ter optado por outros recomendados por amigos ou famàlia.
No entanto o hotel é bastante simpático, tirando alguns inconvenientes descritos mais abaixo. Mas para nós qualquer sítio onde pudermos passar dois dias sem gritaria dos miúdos, é o paraàso. Apesar de tão termos utilizado o voucher, o fim de semana foi à mesma particionado pelos meus simpático sogros que, pelo segundo ano consecutivo ficaram com as pestes, prescindido até de dormir na sua própria cama para que as pobres das criancinhas estejam felizes e confortáveis (não sei se era capaz de chegar tão longe) para podermos ter pelo menos uma ou duas noites por ano só os dois. Quando penso que costumava ser sempre assim tão sossegado percebo o choque dos pais que de repente deixam de ter os filhos em casa. É que o nosso alarme interno passa a relacionar silencio com algo errado. Se os filhotes não estão a fazer barulho é porque estão a fazer asneira 🙂
As minhas exigências para um hotel eram ter um look moderno para não sentir que estou em casa de outra pessoa e piscina porque gosto de me deitar a ouvir chapinhar e estar rodeada por aquele azul bonito.
Desse ponto de vista o hotel Memo Baleeira cumpriu inteiramente o pretendido. Está muito bem situado, com uma vista fabulosa e o quarto, apesar de não ser muito grande, é acolhedor. É tudo branco, incluindo o chão e tem imensa luz.
Infelizmente tem também uns problemas que para nós foram muito inconvenientes. O colchão da cama era muito mole, algo que não gosto nada e me deu umas dores de costas horrorosas. Também não estou habituada a colchões de molas por isso cada vez que o Pedro se mexia eu acordava e vice-versa.
O facto do hotel ter apenas um andar tem também o inconveniente de se ouvir por todo o lado (quartos, piscina, etc) o ruàdo do tubo de ventilação situado no telhado. É um som constante pelo que não impede de dormir mas não é muito agradável e destrói um bocado o ambiente pacifico do hotel.
Por fim, a pior parte foi o facto das cortinas não bloquearem bem a luz do sol o que fez com que fosse impossível dormir para além das seis da manhã. Ou seja, descansar, nem por isso.
Fora isso não tive razão de queixa mas quando o objectivo é ver se conseguimos um dia ou dois sem ter de nos levantar à s sete da manhã e acabar por dormir mal e acordar à s seis é altamente frustrante. Especialmente porque agora não há mais durante pelo menos um ano, com sorte.