Durante a semana entre o natal e o ano novo o Pedro esteve de férias, o que cá por casa quer sempre dizer que esteve doente – não me perguntem porquê mas nunca falha – e os miúdos também.
Depois de ter passado o fim de semana bem, a Joana voltou a ter febre na segunda feira e todos os dias seguintes até quinta, mas só ao fim do dia, mais ou menos de 24 em 24 horas. Go figure. O Pedro também andou de rastos e até eu andei um bocado mais mole que o normal, mas felizmente seja lá que virus for, não me atingiu com a mesma intensidade e consegui aguentar-me.
Depois da confusão do natal passei dias a arrumar a casa e lavar roupa, incluindo uma reorganização completa das caixas de brinquedos do quarto do Tiago e alguma mudança de móveis (não pode passar um ano sem mudarmos qualquer coisa de sítio). Pode parecer uma forma de auto-tortura mas é também uma maneira de lidar com o facto de ter as crianças a casa e não saber já o que fazer aos quilos de tralha que eles largam pela casa toda. Achei que fazendo caixas temáticas – carros, aviões, armas, bakugans, etc – também se tornaria mais simples para mim arrumar o que vou apanhando pelos cantos.
Pelo meio fomos vendo uns filmes de desenhos animados, o Pedro foi jogando PS3 com o Tiago e eu fui brincando com ele durante as sestas da Joana porque se nota que ele precisa de atenção exclusiva de vez em quando.
A passagem de ano foi em casa dos meus sogros, como é costume. Tem a vantagem de uma varanda virada para o rio Tejo de onde podemos ver o fogo de artifàcio sem ser preciso ir gelar para a rua. O Joana aguentou até à s onze e depois teve que ir dormir. O pior foi acordá-la para voltar para casa e depois outra vez para sair do carro. Quando finalmente aterrou na cama esteve longos momentos a expressar o seu descontentamento sob a forma de uma grande gritaria mas lá acabou por adormecer outra vez, coitada. O Tiago esteve acordado até chegar a casa mas assim que entrou foi para o quarto, vestiu o pijama e deitou-se sozinho. Não há cá ir à casa de banho nem lavar os dentes, queria mesmo era ir dormir.
No dia de ano novo é que as coisas se complicaram. Acordei com o Pedro aos gritos agarrado à cabeça, com uma dor tão forte que nem conseguia falar comigo de forma coerente. Fiquei um bocado assustada e sem saber o que fazer. Fui buscar-lhe os comprimidos para as dores que ele costuma tomar e liguei aos meus sogros para lhes dizer o que se passava e saber se podia fazer mais alguma coisa. Eles ficaram igualmente preocupados e vieram ver o Pedro que passou o dia na cama a contorcer-se com dores, sem conseguir suportar luz ou sequer virar os olhos. Eu fiz o que pude, tentando manter os miúdos entretidos e alimentados mas o Tiago estava obviamente preocupado.
Ontem as dores continuavam apesar de já ter melhorado um bocadinho mas foi preciso umas doses cavalares de analgésicos, injecções disto e daquilo e o resto é tempo e paciência. Que inàcio de ano fantástico, de facto. O coitado do Pedro já vai na terceira semana consecutiva com uma doença qualquer. Espero que fique por aqui.