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Final Push

Queriamos aproveitar o fim de semana seguido do feriado de 5 de Outubro para fazer a mudança com alguma calma, mas como não nos ligaram o gás a tempo tivemos de adiar. Aproveitámos então o fim de semana para embalar o máximo que conseguimos.

A casa está um verdadeiro caos e mal se consegue andar sem bater em caixotes. A cozinha, sala e uma das varandas estão prontas a seguir, o nosso quarto está quase, o escritório também. Falta o quarto do Tiago, que deixámos para o fim para ele continuar a ter um mà­nimo de normalidade enquanto estamos aqui, e a outra varanda pelo simples facto de se ter acabado o espaço para caixas.

Pelo meio vai muita coisa fora. Algumas ficam já cá e outras serão deitadas fora já na outra casa porque para acabarmos de embalar tudo a tempo não deu para vasculhar papel a papel e fica para quando formos arrumar.

Na segunda feira fomos ao IKEA comprar o roupeiro, que só entregam para a semana. Vamos ter de viver de uma mala de viagem durante alguns dias. Dava mais jeito que tivessem entregue o roupeiro antes da mudança porque tinham mais espaço para o montar, mas não se pode ter tudo. Pelo menos vou ter um roupeiro novo, maior que o actual, e vou fazer os possà­veis para me divertir a arrumá-lo. Depois de todo este trabalho preciso de um girly moment 🙂

Na terça não avançámos muito porque tivemos um almoço de famà­lia. Ainda nos escapámos para a casa nova durante uns minutos que me deram tempo para montar o puxador que faltava no movel da cozinha e ver o estado da obra no sótão mas recebemos em pouco tempo um telefonema dos meus sogros a dizer que o Tiago queria ir para casa e tivemos que regressar.

Na quarta foram finalmente montar o contador e ligar o gás. A inspecção correu sem problemas mas ainda tive uma confusão por causa do termo de responsabilidade da alteração da instalação que dizia ‘reparação’ em vez de ‘alteração’ e vai ser preciso um novo. Para além disso hoje em dia pelos vistos eles obrigam não a uma mas a duas inspecções: uma da instalação, ainda sem o gás ligado e outra quando vão ligar o gás. O inspector vai ver precisamente a mesma coisa nas duas vezes mas eles acham boa ideia fazer-nos pagar a dobrar. Há coisas que me dão vontade de encontrar o imbecil que criou tal lei e dar-lhe um par de estalos. Vamos ver se ainda nos arranjam mais problemas por causa disto ou se nos deixam em paz. Senão é o que o Pedro diz: arranjamos um termo-acumulador e acaba-se o gás de vez.

Marquei então a mudança. Das empresas que contactei, só uma é que veio cá e entregou orçamento mas era muito caro. As restantes disseram que ligavam ou apareciam e nada. Liguei de volta a uma delas e perguntei ‘então? Disseram que os dados que dei por telefone não eram suficientes para fazer orçamento e que tinham de vir cá mas afinal não apareceram. Estão interessados ou não?’ A senhora foi ver e disse que os dados que tinham eram suficientes e não via nada sobre uma visita agendada. Disse-lhe que nesse caso precisava que me dessem um valor porque precisava de marcar a mudança nesse dia. A resposta foi 50 euros por hora, 2 homens, carrinha e motorista, dois dias para a mudança. WTF? 2 dias? Isso não pode ser. Lá foi a senhora falar com o colega. Quando voltou já eram 4 homens, uma carrinha grande com motorista, 60 euros por hora. Ficou marcado. As outras empresas que custavam 25 ou 30 euros por hora e eram só dois homens por isso achei que ia dar ao mesmo.

Entretanto as coisas começaram a correr mal. Os algerozes estam rotos e começaram a infiltrar água na placa e a pingar na nossa sala. A pintura do tecto já está toda estragada e vamos ver se o chão não começa a saltar. Os algerozes recolhem a água de um lado do telhado, correm ao longo de toda a placa e vão sair nas traseiras. Nós já sabiamos que a casa tinha problemas com os algerozes quando a comprámos porque as paredes por baixo dos pontos de entrada e saà­da dos algerozes estavam em muito mau estado. Só que agora começou a chover e a coisa está pior do que o esperado. O empreiteiro tentou resolver rapidamente a situação antes que o estrago piorasse, fazendo o algeroz sair logo pela fachada do prédio mas isso implica andaimes para montar o tubo do telhado até ao chão. E aqui começa a confusão porque é uma obra que mete a administração do prédio ao barulho e, como é óbvio, quando há mais gente envolvida a coisa começa logo a derrapar.

O administrador é um homem com bastante idade e muito doente que não está em condições de administrar coisa nenhuma, por isso é a filha que tem de tratar de tudo. Já tentei ir lá bater à  porta para discutir os assuntos pessoalmente mas apanhava sempre o homem e não era possível ter uma conversa coerente com ele por isso desisti e passámos a comunicar por cartas colocadas na caixa do correio.

Hoje liga-nos a filha a dizer que não pode ser nada, que é preciso uma reunião de condomà­nio para decidir fazer alterações ao algeroz e que um tubo na fachada do prédio ‘não lhe parece bem’. Estamos lixados. Temos uma situação urgente para resolver e a resposta do condomà­nio é que ‘pode tentar marcar uma reunião ainda este ano’. Estão a gozar comigo.

Entretanto o empreiteiro resolveu borrifar-se para tudo isto e desatou a montar andaimes prédio acima para montar o tubo. Já estamos em guerra com o prédio e ainda nem fomos para lá morar. Dissemos que é a única solução de momento e que é uma coisa temporária até se arranjar uma solução melhor. Vamos ver o que dá. O stress até esta questão se resolver vai estar no vermelho.

Entretanto só temos hoje para acabar de empacotar tudo. Oh boy…

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