O Tiago entrou recentemente na fase de fazer puzzles. Isso para mim é óptimo porque adoro puzzles, e quando imaginava ter uma criança a visão consistia muitas vezes em estarmos sentados à mesa a fazer um puzzle ou outras actividades do estilo.
Tudo começou graças a um episódio do ursinho Oso que ensina um menino a fazer um puzzle, separando as peças que têm um lado direito das outras. O Tiago começou a dizer que queria fazer um puzzle e lá fui eu buscar o puzzle do Noddy que lhe tinham dado no Natal. Ficou todo orgulhoso e quando o pai chegou foi logo mostrar-lhe.
Entretanto os avós já lhe deram mais dois puzzles e a facilidade com que ele faz aquilo aumentou brutalmente em poucas semanas.
Outro tipo de puzzles que ele está a aprender a resolver são os de jogos de computador. Tem andado a jogar um com o pai que consiste num robot a ter de resolver um problema para passar ao ecran seguinte – semelhante aos jogos do Myst, Monkey Island ou Sam and Max que eu adorava jogar há uns anos quando ainda conseguia arranjar tempo para essas coisas.
A verdade é que ele já consegue fazer muito daquilo sozinho, precisando de ajuda só naquelas partes em que é necessário acertar nos tempos.
Aquilo que se ouve muito são mãezinhas indignadas com o tempo que as crianças passam a ver televisão ou a jogar no computador mas isso a mim continua a parecer um bocado ignorância porque, desde que os pais cumpram a sua função de monitorizar aquilo a que as crianças acedem para ter a certeza que tem algum valor pedagógico, até agora só tenho encontrado vantagens nos programas de TV e jogos que o Tiago gosta. Acho que tem aprendido bastante sem ter a sensação que lhe estamos a tentar impingir algo ou a forçar algo, o que num menino bastante teimoso e que gosta de ser do contra é uma enorme vantagem.