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Life e Pushing Daisies – Life and Pushing Daisies

Vi recentemente estas duas séries, que não conhecia, e fiquei fã. E como acontece com todas as séries de que descubro gostar, foram prontamente canceladas.

A série Life é um drama policial tà­pico, com um caso diferente em cada episódio mas tem 3 coisas de que gostei muito e que, para mim, separaram esta série das restantes do género. O que mais valoriza a série é o personagem principal, interpretado por Damian Lewis, um excelente actor, capaz de ser tão convincente como o vilão mais asqueroso ou o tipo mais simpático mudando, aparentemente, muito pouco. O personagem de Charlie Crews está muito bem escrito e interpretado, com um misto de inteligência, loucura e humor que conseguem salvar algumas situações mais clichés neste tipo de séries.

Também gostei do ‘room-mate’ e da sua relação com a futura madrasta do Detective Crews, Olivia, interpretada por Christina Hendricks, que se eu fosse homem suspeito que consideraria a mulher perfeita, porque não só é lindà­ssima como tem mais curvas que uma estrada de montanha.

Por fim gostei de um ponto muito importante da estrutura da primeira season: em cada episódio a história avança mais um bocadinho em vez de meterem uma série de episódios de encher chouriços pelo meio. A segunda season já não é tão coerente nesse aspecto, o que pode ter contribuà­do para o seu cancelamento.

No geral não posso dizer que a série seja fenomenal mas tem bastantes mais pontos altos do que eu estava à  espera quando experimentei ver e, mais importante que isso, deixou-me um sorriso nos lábios e vontade de a voltar a ver, o que para mim é bastante raro. Geralmente quando está visto, acabou.

A série Pushing Daisies acabei de ver na semana passada e neste momento é uma das minhas favoritas. É do criador do Dead Like Me, outra série que lida com a temática da morte de um ponto de vista baste ao lado do comum e com muito humor.

Os actores são impecáveis e adorei o look retro de cores garridas, o ambiente de comédia romântica antiquada e inocente, a originalidade de algumas das histórias e situações e o toque musical ocasional, com as interpretações sempre interrompidas da fabulosa Kristin Chenoweth, que vai tendo um decote cada vez maior a cada episódio.

O personagem principal é interpretado por Lee Pace, que entrou para a minha lista de actores favoritos. O pobre do Ned tem um ar sempre um bocado encolhido e inseguro, de sorriso ao lado e o poder de reavivar os mortos tocando-lhes, poder esse que só lhe traz complicações porque tem algumas regras em letras miudinhas.

A carreira de Anna Friel já sigo há muitos anos, desde o filme Land Girls e da série Our Mutual Friend, que adorei, e sempre gostei muito dela. Tem um ar alegre e simpático que é perfeito para esta série, apesar de sentir a falta do sotaque inglês. Ela dá ao papel da Chuck um ar muito decidido e despachado que feito por outra actriz poderia ter ficado pelos olhinhos de Bambi e pouco mais.

O actor Chi McBride é um daqueles que sei que já vi em diversas coisas mas só me lembrava dele na série The Nine e os papéis são tão opostos que nem parece a mesma pessoa. É um dos meus personagens preferidos pela sua expressividade.

A série tem o seu universo próprio, um bocado ao lado do nosso, com uma mistura de romance e mistério criminal sempre bem disposta e dando pouca importância a pormenores que não interessam nada – um carro que usa flores como combustà­vel, por exemplo, seria impensável num mundo mais realista mas encaixa que nem uma luva neste – mas continua a tentar ser realista na sua resolução dos problemas, como as questões morais que levanta o poder de decidir sobre a vida e a morte e o problema mais pessoal de não poder tocar na pessoa de quem mais se ama.

É uma série excelente para ver depois de um mau dia e tenho pena que não continue, apesar de não saber durante quanto tempo é que seriam capazes de manter o nà­vel da coisa.

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