Hoje saà de casa a correr, já em cima da hora do Tiago sair da escola, porque tinha estado a tentar por os downloads da loja a funcionar. A parte do download ficou a funcionar mas pelo caminho fui descobrindo outros problemas para resolver e aquilo nunca mais acabava. Aliás, não acabou porque ainda faltam coisas.
Tudo isto porque de manhã estive a fazer o primeiro tutorial de bijutaria e queria po-lo online. Afinal descobri também que ainda falta uma secção mas não é grave e é fácil de fazer.
Quando cheguei à escola recebi a informação de que o Tiago tinha enfiado as mãos na fralda suja e depois resolveu andar a pintar as paredes com o cocó. É nestes dias que as creches merecem o dinheiro que lhes pagamos…
Eu até estava toda contente porque ele ter feito xixi no bacio de manhã. Mas suponho que não é surpresa nenhuma porque sei perfeitamente que ele gosta de mexer na porcaria que faz. Devia filmar para usar como chantagem quando ele se tornar um adolescente irritante 🙂
Depois do jardim infantil, onde se fartou de correr e brincar, voltou a amuar. Deixei-o sentar-se no chão para descansar um bocado e ver se passava. Mais uma vez não percebi o que deu origem ao amuo.
Como ele não saia dali, fartei-me e peguei-lhe ao colo. Começou a berrar como se estivesse com dore – soluçava de tal forma que durante um bocado o som nem saàa! Realmente o colo pode ser uma tortura enorme para uma criança de dois anos.
Tentei po-lo no chão uma ou duas vezes mas ele começava logo a atirar-se para o chão por isso carreguei-o durante um bocado. Desta vez nem foi à saco de batatas, debaixo do braço, foi colinho a sério – virado para mim, sentado no meu braço – mas a única coisa que ele fazia era sacudir-se e tentar atirar-se ao chão.
Quando me fartei lá o consegui por a andar. Por essa altura ele queria o ursinho, que é o objecto de conforto quando a mamã está a ser má, mas quando o tentei dar, umas duas ou três vezes, ele recusava-se a aceitá-lo (provavelmente porque era eu a dar – malditos conflitos). Então guardei o boneco e disse-lhe que só o tinha de volta quando parasse de chorar. Foi o caminho todo a ginchar, com um braço esticado à frente como se estivesse a tentar alcançar o boneco, mas andou até como um burro com uma cenoura à frente do nariz.
Negar-lhe o ursinho pode não parecer muito grave mas garanto que é o objecto mais precioso que ele tem e o sofrimento deve ter sido atroz. No entanto não parece ter sido o suficiente para se calar antes de chegar à porta de casa.
Felizmente por essa altura lá se acalmou, devolvi-lhe o boneco e comecei a conversar normalmente sobre o lanche para ver se não repetia a cena no elevador.
Esteve tudo bem até eu lhe pedir para lavar as mãos. Quando recusou voltei a retirar-lhe o boneco e ele lá foi obedientemente para a casa de banho. Também me deu a oportunidade de lavar o raio do urso que já estava todo porco. Normalmente espero por um momento em que ele não sinta a falta do boneco mas assim também funciona.
Enfim, vai devagarinho mas espero que vá melhorando com o tempo.
A mania de mexer nos fluidos corporais, por outro lado, tenho a sensação que está para durar. Em ultima análise ponho-lhe uns baldes de tinta e umas telas ao pé do bacio e chamo-lhe arte.
Epá…Freud explica isso muito bem!
“Devia filmar para usar como chantagem quando ele se tornar um adolescente irritante”
ok, absolutamente genial!! é capaz de funcionar sim, dica fabulosa, esta!
imagina mais tarde ameaçares de publicar no youtube pros amigos dele verem. aposto de atina logo lolll
Aposto que quando ele for adolescente o Youtube já não existe. 🙂