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Mais uma reunião de condomà­nio

No espaço de um mês esta já é a quarta reunião de condomà­nio do prédio. A primeira foi porque os inquilinos não estavam satisfeitos com o trabalho da empresa que geria o condomà­nio e resolveram votar acabar com o contrato e quem é que os iria substituir. A segunda foi para os mandar embora. A terceira foi para eleger oficialmente o substituto e decidir o que era preciso fazer este ano e a quarta foi ontem.

Como o Pedro foi à s 3 primeiras para ter a certeza que o problema da chaminé ficava como prioridade ontem fui eu. Agora que as reuniões são só vizinhos a discutir uns com os outros, tornaram-se brutalmente longas e muito pouco eficientes. Acaba por se votar a mesma coisa duas e três vezes e ninguém se entende.

Ontem ficou decidido que se vai avançar com a obra das chaminés, partindo os andares todos um a um para trocar os actuais tubos de plástico por tubos novos. Vai ser coisa para durar o resto do ano, se ficar pronto este ano e entretanto continuamos em risco de um dia destes morrer intoxicados. Mas pronto, se se fizer já não á mau.

Entretanto as vizinhas de baixo continuam a moer-me o juizo com a história da infiltração. Uma diz que tem a parede amarela mas que parece seco e a outra tem fungos e uma mancha amarela no sí­tio do tubo de esgoto do prédio mas continua a insistir que vem de cima porque não quer voltar a partir a sua casa de banho. Pelo meio recusa-se a admitir que quem lhe fez a obra era nabo porque devia ter partido ali para confirmar se havia ruptura e também se recusa a admitir que me mentiram descaradamente dizendo que não havia canos naquele sí­tio. Ainda por cima receberam quase 500 euros do meu seguro, que era para estucar e pintar a parede, e em vez disso meteram uma placa de pladur que deve custar uns 50 e usaram o resto para pagar a remodelação que decidiram fazer porque lhes apeteceu.

Ontem aproveitei para esclarecer a questão o mais que pude mas estas pessoas vivem na sua cabeça e estão completamente em negação. Por mais lógicos e racionais que sejam os argumentos a reação é sempre meter os dedos nos ouvidos e gritar ‘lalala não fui eu’ (metaforicamente falando, claro).

Pelo menos deixei claro que enquanto não me provarem que o problema vem mesmo da minha casa não parto nada e agora façam o que entenderem.

Com tudo isto cheguei a casa bastante depois da meia noite, muito irritada e sem tempo para me sentar um bocadinho a acalmar.

Odeio ter vizinhos.

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