Nunca fui grande fã de feiras. Fartei-me de ir quando era miúda, a feiras de agricultores com os meus avós que iam comprar galinhas, coelhos e sementes, a feiras com carrinhos de choque e algodão doce e acho que sempre me senti um bocado desconfortável com o mar de gente em constante movimento e a confusão em geral.
Quando comecei a fazer artesanato mais a sério, porém, deparei-me com a realidade das feiras de artesanato serem dos poucos sítios onde se pode apresentar regularmente o nosso trabalho a novo público sem ter uma loja. Por isso, desde essa altura que tenho vindo a estudar a hipotese de participar numa.
É claro que ter um bebé pequeno não me permitiu ver essa questão muito a sério durante o último ano e o que lia sobre o assunto ia sempre parar ao mesmo: as feiras estão cheias, é dificil que aceitem pessoas novas e ainda por cima há muita gente a fazer bijutaria o que torna a situação ainda mais complicada.
Quando soube que tinha começado uma feira em Almada achei que vinha mesmo a calhar. Era perto de casa por isso o Pedro podia ajudar-me a montar e desmontar e não era preciso deixar o Tiago com alguém todo o dia. Achei que era bom demais para deixar passar a oportunidade por isso candidatei-me.
Não esperava vender muita coisa. Ia mais numa de mostrar o trabalho a pessoas novas, distribuir uns cartões com o site, divulgar o workshop um bocadinho.
Infelizmente, porém, não apareceu muita gente. Estava um dia particularmente quente e foi toda a gente para a praia ou ficaram em casa e as maioria das pessoas que passaram pela minha banquinha eram pessoas que já me conheciam e que sabiam que eu ia estar lá.
Mas pronto. Pelo menos fiquei a saber como é e até gostei de lá estar. As pessoas que participaram pareceram-me todas muito simpáticas e aproveitei o tempo para fazer umas peças novas. Fiquei um bocado queimadita do sol porque não tinha previsto que ia MESMO precisar de um toldo por isso estive a assar até o Pedro chegar com o dito, mas de resto não me posso queixar porque ia bem preparada com protector solar, chapéu, água, bolachas e material para trabalhar.
Parece que as próximas feiras vão ser à noite, o que faz sentido durante o verão mas tornam a minha participação mais complicada porque o Pedro não pode deixar o Tiago sozinho a dormir em casa enquanto me vem ajudar a desmontar. Mas posso tentar arranjar maneira de transportar tudo sozinha se achar que vale mesmo a pena – com uma mala de viagem com rodinhas e sem precisar do toldo por ser à noite até acho que era capaz de dar. Vamos ver.
E pronto. Deixo-vos com umas fotos do evento.