Já me queixei muitas vezes dos vizinhos de cima, especialmente da mulher que é uma histérica. Ora na noite de domingo para segunda voltou a ter uma das suas crises de gritaria à uma da manhã. Eu já estava na cama e demasiado cansada para me chatear muito com o assunto, mas o Pedro que tem vindo a ficar cada vez mais furioso com a situação foi finalmente lá acima bater à porta a ver se conseguia convencer a mulher a calar-se para podermos dormir. O resultado foi ser insultado de todas as maneiras possàveis e por a gaja ainda mais histérica, isto sem sequer lhe ter dirigido uma única palavra porque a mulher nem abriu a porta – foi a correr até à porta, desatou a berrar insultos que ecoaram pela escada mesmo através da porta, e retomou a gritaria com as filhas logo a seguir. Eu acho que numa situação destas provavelmente ficava tão irritada que desatava aos pontapés à porta ou voltava a casa para ir buscar uma faca de cozinha just in case, mas o Pedro passa o tempo a insistir que não é boa ideia porque não quer ter de criar o Tiago sozinho. Oh well.
No dia 13, quando voltámos do jantar de aniversário do meu irmão, estava a decorrer a reunião de condomànio do prédio. Por isso o Pedro subiu com o Tiago e foi dar-lhe o banho e eu fiquei. Foi decidido finalmente avançar com a impermeabilização do prédio para ver se se acabam as infiltrações e no final, quando perguntam se há mais alguma coisa a acrescentar, começou toda a gente a falar dos vizinhos do 9º andar. Fiquei muito feliz por descobrir que não sou a única pessoa do prédio com raiva a estes gajos. Aparentemente, para além de serem barulhentos, está toda a gente farta dos pequenos actos de vandalismos que as miúdas (gémeas adolescentes) gostam de cometer e pior ainda, a mulher atira comida pela janela. Eu pensava que era por sacudir a toalha depois das refeições mas aparentemente é mais que isso porque estiveram a descrever, entre outras coisas, uma vez em qua atirou um saco cheio de arroz cozido, que acabou por rebentar quando atingiu uma árvore, bombardeando o carro que estava por baixo. Isto juntamente com pessoas fartas de ter a sua roupa lavada atingida por bocados de esparguete e molho de tomate é mais do que suficiente para os aldeões irem buscar as tochas (onde será que se arranjam tochas hoje em dia?).
Mas pronto, o administrador comentou que não pode ensinar civismo a ninguém, e claro que tem razão, mas ficou de falar com o dono do apartamento sempre que lhe chegar uma queixa, o que já não é mau.
Agora resta saber se aquela coisa de eles se irem mudar sempre era verdade porque o Pedro todos os dias fala em mudar de casa para fugir a estas bestinhas.
sinceramente, isso não é normal, devia haver maneira de despejar gente assim dos prédios…
espero que desandem rapidamente.
bjs, ana
Há sempre a hipótese da queixa à polÃcia municipal.
Não fazem grande coisa, mas há-de chegar uma altura em que lá terão tantas, que pelo menos lhes há-de aguçar a curiosidade.
Eu já o fiz em relação à minha vizinha de cima, que atirava, justamente, sacos com comida para os gatos, e enchia a minha roupa de nódoas. Dessa vez resultou. Os sacos de comida deixaram de sair pela janela.
Da segunda vez, lavou as persianas com lixÃvia, e estragou-me um estendal inteiro de roupa, e ainda teve o descaramento de culpar a vizinha do lado. Aqui já a polÃcia não fez nada, mas a queixa ficou lá. E mais virão…