No sábado, quando nos preparávamos para o passeio diário do Tiago sugeri ‘então e se fossemos à praia’?
Sabia que o sábado não era o dia ideal mas as férias do Pedro já tinham acabado e estavamos sem carro há uns dias por isso era a única hipotese.
Fomos ao fim do dia para evitar o calor, já que o Tiago continua a ser muito pequeno e continua a ser perigoso. Achámos que assim conseguiamos também ir no sentido oposto do trânsito. Para piorar a situação, apesar de ter estado um lindo dia de sol, assim que saimos de casa ficou tudo cinzento. Deviamos ter considerado isso um sinal mas achaámos que até era capaz de funcionar a nosso faver já que com este tempo as pessoas deveriam sair mais cedo da praia. Estavamos redondamente enganados. Demorámos uma eternidade a chegar e pensámos em voltar para casa diversas vezes durante o ensardinhamento na estrada ao longo das praias.
Quando finalmente chegámos levámos o Tiago até à água e sentámo-nos à beira mar. O Tiago meteu os pés e as mãos na areia mas não ligou muito. Ao fim demeia hora fartou-se, começou a chorar e não parou até chegarmos à auto-estrada, algo que só aconteceu passada mais de meia hora dentro do carro – foram 20 minutos só para sair do parque de estacionamento.
Sinceramente foi um pesadelo e não compreendo como é que as pessoas conseguem aguentar isto todos os fins de semana e ainda fralar de praia com aquele ar sonhador. Deve ser como os drogados que só se lembram das partes boas.
Eu até gosto de ir à praia, mas só no inverno, quando não está ninguém. Assim nunca mais.
Tens razão, a praia é algo que o nosso paÃs oferece com abundância mas que poucos, no estrangeiro, imaginam como é de verdade: engarrafamentos, sardinha em lata e nenhuma privacidade. Nós cá em casa só vamos à semana, se pudermos, e bem cedo para que à s 11 já estejamos de novo a levantar arraiais. Mesmo hoje foi uma irritação pois, para de lá sair foi o caos uma vez que, à hora de vir embora é que as pessoas chegavam e isto ainda nem eram 11 e meia!!!