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Ecografia

O dia começou com muita chuva. Fomos até à  clà­nica para a ecografia das 12 semanas e chegámos cedo, apesar de termos apanhado um autocarro avariado pelo caminho, mesmo num cruzamento. Felizmente iamos no smart e foi possível fazer uma manobra e sair dali.

Só que quando chegámos fomos informados que o médico também apanhou um autocarro avariado, só que desta vez em Lisboa, e não sabia quando é que conseguia sair dali. Esperámos, cada vez mais ansiosos.

Por volta das onze lá chegou e pouco tempo depois entrámos. Mas para além das duas pessoas do custume tivemos também a presença de um tipo que estava a ensinar a trabalhar com a nova máquina de ecografia, e portanto servimos um bocado de cobaia.

Assim que ele ligou a máquina e vi o batimento cardà­aco acalmei-me um bocado. Depois ainda estive um bocado apreensiva porque o médico estava a fazer demasiadas perguntas sobre o funcionamento da máquina, mas ele acabou por ter o mesmo cuidado de sempre e por causa da experiência até tivemos uma ecografia mais longa que o costume. Como eu acho que ficava ligada a uma coisa daquelas 24 horas por dia se pudesse, nem me importei nada.

Mas o tempo que demorou não foi só por causa da máquina mas também porque o raio do bebé se recusava a por-se na posição certa. Fui abanada diversas vezes e nada. Mas lá se acabou por ver o que era preciso e parece estar tudo bem e com as dimensões correctas.

Agora tenho de ir fazer nova análise de sangue para a semana e daqui a duas semanas devo ter os resultados do rastreio bio-quà­mico que espero que venha normal desta vez. Pelo menos não foi tão complicado conseguir tirar o sangue desta vez.

A senhora que me fez o rastreio pelos vistos passou por exactamente o mesmo que nós – perdeu o bebé à s 39 semanas e também era um rapaz. Continuo com dificuldades em acreditar na frequencia com que estas coisas acontecem. É demasiado horrà­vel.

Mas pronto, tenho de começar a acreditar que as coisas vão correr bem desta vez porque o stress também não deve ser bom para o bebé.

Daà­ a bocado tenho de ir ver a cassete com calma (nós já nem tinhamos o video VHS ligado a lado nenhum, estava arrumado a um canto).

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Fomos então ver a cassete à  hora de almoço e não funcionou. Tentámos tudo – 3 videos diferentes, um deles comeu a fita e teve de ser desmontado para se tirar a cassete lá de dentro. Desmontei a cassete para ver se encontrava alguma peça defeituosa, mudei o rolo de fita para outra cassete, enfim, tudo o que me consegui  lembrar, e nada. Começa a tocar e ao fim de um bocado a bobina prende, aquilo chia um bocado e depois pára. Escusado será dizer que comprámos a cassete na fnac, reino dos produtos defeituosos. Enfim. Sei que cassetes VHS são coisas do século passado e nunca foram muito fiáveis, mas é irritante saber que acabei de perder a primeira ecografia do bebé. Considerando que a única prova que o primeiro existiu são as gravações das ecografias, deixa-me um bocado triste. Mas também se for só isto a correr mal que se lixe.

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2 Comments

  1. Dee:

    Um dia de cada vez, para poderes controlar essa ansiedade. Daqui penso positivo e envio-te muita luz para esse bebé. Não vou dizer «Deus queira que», porque Deus, para quem perdeu um filho (e até para quem não perdeu…» é uma entidade duvidosa. Vou dizer apenas que tentes estar calma para que esse bebé que tens contigo aproveite o melhor possível a estadia na barriguita da sua mãe. E para que seja uma criança tranquila e feliz.

    Beijinhos,
    Catarina.

  2. Oi, Dee!

    Não te conheço pessoalmente mas tenho acompanhado a tua história e espero que desta vez corra tudo bem!
    Entendo-te perfeitamente pq tb estou ansiosa para ter um filho, apesar de ainda não ter conseguido!
    Se quiseres saber mais sobre mim, visita o meu blog:

    http://a-cegonha-que-nunca-mais-chega.blogspot.com

    Bjs

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